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Retrofit ganha espaço com obras rápidas e econômicas

Com o uso crescente de tecnologia e a própria maturação da técnica do retrofit, as construtoras têm avançado nessa prática com obras cada vez mais rápidas. Assim, reduzem custos e tornam esses projetos mais acessíveis ao público, retroalimentando esse mercado. 

O retrofit, vale lembrar, é a revitalização de edificações antigas, cujo objetivo é modernizar o espaço e melhorar a infraestrutura da construção, preservando suas características arquitetônicas e históricas originais.

Esta semana, a construtora Piemonte inaugurou com uma solenidade a modernização do Hotel QOYA – antes, sob a bandeira Four Points by Sheraton – no valorizado bairro do Batel, em Curitiba. A obra, que a empresa considerou “desafiadora”, foi executada em apenas 7 meses e teve como foco a adequação da construção às exigências atuais, a ampliação da vida útil do edifício e a modernização de todas as instalações. 

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Retrofit do Hotel QOYA

“A primeira fase do retrofit contemplou a demolição, readequação estrutural, acabamentos e decoração de toda a área de lobby,  bar, restaurante, centro de eventos e pavimentos de quartos, incluindo a suíte presidencial”, explica Rafael Medeiros, diretor de engenharia da Piemonte, construtora fundada em 1999 e que desde 2020 vem ganhando know-how em construções para terceiros – núcleo que gerou mais de R$ 80 milhões em obras contratadas nos últimos 12 meses.

Um dos trunfos da Piemonte para agilizar obras como o retrofit do Hotel QOYA foi a criação do Centro de Armazenamento e Logística Piemonte (CALP), utilizado para estocagem de materiais de maior relevância ao custo das obras. “As negociações globais que envolveram a criação do CALP vão beneficiar também nossos clientes terceiros, gerando uma redução significativa no custo de obra”, comenta Medeiros.

Pinheiros, anos 60 

Também nesta semana, a plataforma de moradia Yuca lançou seu primeiro prédio inteiro revitalizado em São Paulo, no bairro de Pinheiros. O retrofit do edifício agora chamado Yuca Maranta foi concluído em apenas 5 meses, e a um custo total (de compra e reforma) para os investidores abaixo de R$ 12.000/m2. Segundo a empresa, o valor é cerca de 30% inferior ao preço de mercado de novos prédios nos arredores. 

A proptech afirma que o objetivo foi modernizar o imóvel respeitando a estética do bairro na época da construção original. “Temos uma preocupação muito grande em conservar a história e arquitetura da cidade. Por conta da revitalização, conseguimos manter as principais características dos anos 60 do prédio, mas também trazer novos elementos, principalmente dentro das unidades que tornam a experiência de moradia ainda mais completa”, explica Rafael Steinbruch, co-fundador e head de Real Estate da Yuca.

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Minimercado no Yuca Maranta

O projeto foi selecionado entre os 10 finalistas na categoria Retrofit do GRI Awards 2022. O edifício conta 37 apartamentos, que já estão disponíveis no site da Yuca para pré-locação, com mudanças previstas para setembro. 

A proptech, que já captou mais de R$ 200 milhões através de aportes de fundos de Venture Capital e de retornos do seu Fundo de Investimento Imobiliário, YUFI11, já anunciou que irá expandir sua atuação para o retrofit de prédios inteiros. O fundo associado à Yuca já fez uma segunda captação de investimento com foco nesse propósito.