Paulistanos trocam apartamentos por casas em bairros residenciais do centro expandido
Resumo
Em artigo no Imobi, Camila Raghi, sócia da imobiliária Refúgios Urbanos fala sobre a crescente demanda por casas em bairros residenciais.
Receba as principais notícias do mercado imobiliário
-
Ler uma amostra.
Temos observado um movimento bastante significativo e crescente, iniciado no contexto da pandemia, de as pessoas buscarem por imóveis que entregassem um viver bem na cidade grande. De modo geral, as pessoas passaram a se atentar mais para suas moradas à medida que têm passado muito mais tempo dentro delas e, por isso, estão buscando por espaços mais generosos, iluminados, ensolarados, aconchegantes e com espaços ao ar livre, como casas em bairros residenciais.
E é aí que entra uma notável mudança de comportamento do mercado imobiliário, que é o aumento da busca por casas em bairros residenciais. As casas surgiram como uma opção bastante atrativa para os que buscam mais tranquilidade e privacidade.
Os dados das vendas gerais da Refúgios Urbanos confirmam o crescimento da procura por casas. Em 2020, o primeiro ano pandêmico, 10% de nossas vendas foram de casas; em 2021, este número subiu para 14% e, até o momento, em junho de 2022, já alcançamos o patamar de quase 17%. Ou seja, o número de vendas de casas dentro da RU quase dobrou nos últimos dois anos.
Certamente, é uma tendência que veio para ficar: as casas ganharam novamente o coração dos nossos clientes. Nossa experiência mostra ainda que o movimento acontece de forma mais intensa nos bairros residenciais que giram em torno do centro expandido de São Paulo.
Na Zona Oeste, por exemplo, temos uma alta procura pelos bairros de Alto de Pinheiros, Lapa, Vila Madalena, Vila Beatriz, Sumaré e Pacaembu. O Jardim Europa também é bastante requisitado, apesar dos preços elevados. E o Butantã é uma grata surpresa, pois conta com casas com terrenos bastante generosos por um custo-benefício bastante atrativo se compararmos aos demais bairros do lado de cá do rio. Na Zona Sul, o movimento também é observado: Vila Mariana, Aclimação, Campo Belo, Brooklin e Alto da Boa Vista também são bairros com alta concentração de casas e tiveram as buscas intensificadas.
Casais na faixa dos 30 e 40 anos, com ou sem filhos, representam a maior parte do público que está movimentando essa mudança de comportamento. Muitos moram atualmente em apartamentos menores, trazem na bagagem uma vivência anterior de morar em casas, quando viviam na casa dos pais, e querem proporcionar a mesma experiência para os filhos: ar livre, quintal e natureza em casa.
O perfil dos imóveis também mudou. Até então, as casas mais buscadas eram as casas de vila ou de condomínio, muito por conta de questões atreladas a uma suposta segurança maior. No entanto, a partir deste ponto de inflexão que foi o início da pandemia, vimos uma busca crescente por casas implantadas soltas no terreno, com bastante quintal e áreas verdes. Quanto mais área externa não pavimentada, melhor.
De forma geral, a busca é sempre por um lugar ao sol, com muito verde, seja uma casa, um Garden ou uma cobertura.
Por Camila Raghi, sócia da imobiliária Refúgios Urbanos
Tudo certo! Continue acompanhando os nossos conteúdos.
As mais lidas
Imobi explica: expressões do mercado financeiro
Inovação e colaboração: Apê11 anuncia reposicionamento no mercado imobiliário
Imobiliárias celebram cenário positivo para o mercado no 82º encontro da ABMI
Construtoras capitalizadas para a retomada
Receba as principais notícias do mercado imobiliário
-
Ler uma amostra.