Wealth management
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O que é o wealth management imobiliário?

Uma das vertentes que está ganhando espaço no mercado imobiliário é o wealth management, também conhecido como gestão de patrimônio.

De maneira geral, a gestão de patrimônio é um serviço de administração de bens, direitos e passivos de uma pessoa, família ou empresa. Isso também pode acontecer por meio de uma consultoria, em que a gestão em si não é transmitida para um profissional especialista.

Como se trata da gestão de riqueza, costuma-se exigir um valor mínimo de patrimônio para a contratação do serviço, sendo R$ 500 mil um patamar de corte comum. Para a gestão de imóveis, o cenário é diferente e os clientes devem possuir várias residências em carteira.

Na gestão de patrimônio imobiliário, o objetivo das administradoras e consultorias é cuidar do patrimônio residencial dos clientes com a mesma eficiência das gestoras especializadas em ativos líquidos.

Gestão de patrimônio: o que faz um wealth manager?

A gestão de patrimônio imobiliário é dirigida para qualquer pessoa que possua imóvel e que precise fazer a sua administração. 

Carlos Corsini

“É certo que quanto maior o portfólio desta pessoa ou empresa, maiores serão os problemas e a necessidade de você ter uma gestão imobiliária profissional. Na maioria das vezes, a gestão de imóveis é realizada pelo proprietário deste imóvel e não pelo profissional habilitado para este fim”, explica Carlos Corsini, Diretor da WIT Real Estate, empresa especialista na gestão de patrimônio sediada em Campinas (SP).

Ele destaca ainda que a profissionalização da gestão imobiliária pode evitar problemas e dores de cabeça para o cliente. “É importante que a gestão imobiliária seja feita por empresa especializada em administração e que tenha conhecimento de todas as obrigações fiscais, legais e contratuais deste tipo de serviço”, aponta Corsini.

Gestão de patrimônio imobiliário vale a pena?

Se o cliente procura confiar a administração de seu bem a uma empresa de visão voltada ao macroeconômico, confiar imóveis a uma empresa especializada em wealth management pode ser uma boa decisão.

“As imobiliárias, na maioria das vezes, são empresas comerciais, especialistas na promoção, divulgação e realização de vendas e locações de imóveis. Já as administradoras são empresas que administram ativos e têm equipe e foco diferente no exercício de suas atividades, mas sem deixar de lado aspectos como manutenção física, promoção comercial no mercado e administração dos recebíveis. É importante que os investidores identifiquem em seus fornecedores de serviços qual a estrutura destas empresas, para que encontre o serviço mais adequado ao seu perfil”, orienta Corsini.

A visão ampla do mercado de investimentos é outra vantagem ao procurar uma empresa de wealth management, segundo Joaquim Rocha Azevedo, CEO da Sequóia Properties, companhia de investimento imobiliário.

Joaquim Rocha Azevedo Foto: Leo Martins

“Além da gestão patrimonial, atuamos nos segmentos de incorporação e gestão de fundos, e nossos clientes se beneficiam de uma visão ampla do mercado e das oportunidades que surgem dessa atuação 360º, seja para otimizar carteiras de imóveis já constituídas, seja para realizar movimentos de reciclagem destas carteiras ou novos investimentos”, destaca Azevedo.

Quanto custa o serviço de wealth management?

As taxas variam conforme a política de cada empresa. De maneira geral, vão incidir a taxa de administração e taxa de performance, que varia conforme rentabilidade da carteira de imóveis. 

“Na WIT, não há valor mínimo para este serviço. Basta o cliente possuir um imóvel e ter interesse em receber este serviço. A taxa média de administração varia de 6% a 10% do valor da receita que aquele imóvel produz. A variação da taxa ocorre em função de mercado (cidades) e serviços agregados que as administradoras oferecem, tais como garantia de aluguel, desconto dos recebíveis, entre outros”, ressalta Corsini.

O perfil do cliente que busca o serviço é variado, o que confirma que o modelo de negócio pode ser interessante para patrimônios de diferentes montantes.

“Temos entre nossos clientes desde famílias com 2 ou 3 imóveis até holdings patrimoniais e grupos com um patrimônio imobiliário bem superior a R$ 100 milhões, e, em todos os casos, procuramos fazer uma gestão eficiente, de acordo com os objetivos de cada cliente e baseada em três princípios: segurança, renda consistente e preservação do valor do patrimônio”, detalha Azevedo, da Sequóia.

Wealth management no Brasil

Há diferenças no modelo aplicado à gestão de patrimônio imobiliário no Brasil e nos mercados estrangeiros?

De acordo com Corsini, a diferença existe e se deve a alguns aspectos. “O mercado brasileiro tem uma estrutura e cultura de investimento em imóveis diferentes de outros países. Na essência, os serviços são os mesmos, onde se contrata uma administradora de bens para administrar estes ativos, entretanto, o perfil dos investidores é diferente e com características específicas”.

Azevedo afirma que a especialização da empresa é o principal diferencial para uma gestão de patrimônio eficiente e rentável. 

“Há diversas empresas com atuação global que se dedicam à gestão de portfólios imobiliários a partir de uma perspectiva de asset management, com visão estratégica, mas sem a capacidade de cuidar dos aspectos operacionais do portfólio. Outras empresas, com perfil de property management, se dedicam mais a esses aspectos operacionais”.