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Marketing imobiliário: confira as principais tendências para 2024
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Marketing imobiliário: confira as principais tendências para 2024

22 jan 2024
Rodrigo Arend
Rodrigo Arend
6 min
Marketing imobiliário: confira as principais tendências para 2024

O marketing imobiliário passa por transformações constantes para seguir incorporando novidades tecnológicas e atendendo às crescentes expectativas dos consumidores. Algumas tendências estão redefinindo a experiência do cliente, o que gera mais agilidade no atendimento, amplia a capacidade de interação e transforma a rotina dos profissionais do setor.

O dia a dia dos profissionais de alta performance não é mais o mesmo de pouco tempo atrás – e isso vale desde os corretores de imóveis até executivos de imobiliárias e incorporadoras.

A estratégia de supernicho, o avanço da inteligência artificial e o aprimoramento de ferramentas são pontos de atenção para que os profissionais não fiquem para trás em um cenário marcado pelo dinamismo e alta competitividade pela preferência do cliente.

O Imobi Report conversou com quatro especialistas do segmento para entender quais são as principais tendências para o marketing imobiliário em 2024 e como o mercado pode explorá-las.

Rodrigo Werneck, CEO e estrategista-chefe da CUPOLA, hub de inteligência do mercado imobiliário

“Dentro de um contexto de encarecimento do Custo de Aquisição do Cliente (CAC), especialmente com o custo de mídia digital cada vez maior, a única saída que vejo para os profissionais do mercado imobiliário (imobiliárias, corretores e profissionais de venda em geral) é a atuação no super nicho. 

Trata-se do foco em apenas um segmento de mercado. Por exemplo, dizer ‘eu sou do alto padrão’ é algo que já não basta mais. Você terá que fazer recortes cada vez mais específicos de público. A redução do público-alvo vai permitir que você seja entendido com maior relevância, proporcionando um investimento em marketing controlado, com um retorno de investimento (ROI) positivo.

O CAC está condenado a crescer muito em função da convergência dos investimentos em marketing para o digital. É sintomático que placas de outdoor estejam com uma vacância muito grande e que meios tradicionais (como TV aberta, rádio e jornais) estejam em declínio, pois tudo está indo para o digital e tornando este caminho caríssimo. 

Na mesma linha, outro ponto de atenção é a hiperestimulação do consumidor, que já não consegue discernir entre produtos e serviços. Ele levanta um muro de desconfiança em relação a tudo que é ofertado a ele e isso também só pode ser contornado com a estratégia de supernicho, que foca muito na dor deste cliente ideal e consegue enxergar o mundo pelos olhos dele”.

Guilherme Diamante, CEO da SQUAD Realty, empresa focada no crescimento das incorporadoras e da CELER, ferramenta para aceleração de vendas no mercado secundário

“Entramos em 2024 com a certeza de um consumidor cada vez mais movido pelas emoções, pelo imediatismo e que tem seus interesses captados pelo impacto visual. Não à toa, os dados evidenciam que 90% das informações absorvidas pelo cérebro são mesmo visuais.

A relevância do digital cria a necessidade de encantar os clientes à distância e permitir que os compradores percebam o real potencial do imóvel. Isso é determinante na decisão de compra. Atributos visuais (olha a palavra-chave aí) influenciam positivamente na negociação. Por isso, cresce a importância de investir em decorados virtuais, ferramentas que possam mostrar aos clientes como os ambientes podem ficar.

O aumento na geração de leads é certo, desencadeando em mais visitas e fechamentos. A exclusividade também entra na lista das vantagens, já que isso se torna um diferencial muito assertivo para conquistá-la junto aos proprietários. 

Com a criação da Celer, por exemplo, estruturamos uma ferramenta que se firma como tendência e conta com a curadoria de uma equipe de arquitetos e designers para oferecer esse serviço. Vejo que o olhar apurado de profissionais é um diferencial neste sentido, em conjunto com os avanços da IA, que vem para contribuir com esse processo e agregar na inteligência humana – sem substituí-la! 

Por último, e não menos importante, ferramentas que dão apoio na aceleração das vendas e otimização da rotina serão cada vez mais buscadas pelo setor imobiliário, já que o tempo continuará sendo o bem mais valorizado do mercado”.

Priscilla Jacovani, CEO e cofundadora da Imox.ai, startup dedicada a integrar inteligência artificial ao marketing imobiliário

“Identificamos uma lacuna significativa na aplicação prática da inteligência artificial (IA) no setor imobiliário. Desde o início, nosso foco tem sido democratizar o acesso à tecnologia avançada para corretores e imobiliárias. Os resultados têm sido notáveis, com aumento na eficiência da criação de conteúdo, maior engajamento em plataformas digitais e, o mais importante, o crescimento e satisfação de clientes.

A humanização e a IA não são mutuamente exclusivas. Acreditamos que a IA pode amplificar a capacidade humana, especialmente em tarefas repetitivas e analíticas, permitindo que os profissionais se concentrem em aspectos mais criativos e interpessoais de seu trabalho. 

Usamos IA para isentar os corretores de tarefas repetitivas, permitindo que eles se concentrem mais na construção de relacionamentos e na personalização de suas abordagens. A IA pode processar dados e padrões em uma escala que é humanamente impossível, mas as decisões finais e os toques pessoais são sempre guiados pela sensibilidade humana. Isso cria um equilíbrio perfeito entre eficiência e empatia, crucial para o mercado imobiliário.

O profissional autônomo iniciante pode começar a usar IA com custo bastante acessível e soluções práticas, como geração de conteúdo para redes sociais, email marketing, WhatsApp e websites.

Algumas outras tendências do mercado imobiliário podem entrar no pacote de soluções com apoio da IA, como a recomendação personalizada de imóveis, análise de dados e marketing personalizado, precificação dinâmica, processamento de documentos e análise de crédito. Diante do aumento da relevância destes dados, outro tema indispensável para 2024 é a cibersegurança em dados imobiliários”. 

Kariny Martins, diretora de atendimento e sócia da CUPOLA

“As tendências do marketing imobiliário para 2024 estão moldadas por mudanças significativas no cenário digital e nas preferências dos consumidores. 

Além da IA, que já está sendo integrada às ferramentas de rotina, outros tópicos mais conhecidos do digital seguem muito relevantes. O SEO permanece crucial, mas o foco está na criação de conteúdo de alta qualidade e direto. A necessidade de conteúdo bem escrito e relevante não desapareceu; pelo contrário, tornou-se ainda mais essencial.

Enquanto isso, o WhatsApp é uma ferramenta poderosa para otimizar as vendas com conversas personalizadas. A concorrência digital está aumentando, e as pessoas esperam agilidade e interações eficientes. O uso adequado do WhatsApp é crucial, pois mensagens não solicitadas, por exemplo, podem prejudicar a marca.

Pensando em posicionamento, um assunto indispensável é o branding. A criação de uma marca forte e reconhecível é frequentemente negligenciada no mercado imobiliário. O investimento em branding pode ser mais eficaz em tempos de crise, construindo relações emocionais com os clientes. Em tempos difíceis, uma abordagem humanizada e empática fortalece o relacionamento com os clientes e gera gratidão a longo prazo.

Para fechar, vale destacar a importância da atenção com a mudança geracional. A sociedade tornou-se cada vez mais diversa, com diferentes grupos etários adquirindo poder de compra e expectativas distintas. Os Millennials buscam experiências de vida, valorizando o humor e a ironia como ferramentas de engajamento. 

Já a Geração Z consome principalmente conteúdo em vídeo e exige posicionamentos claros das empresas em questões relevantes. A Geração Alpha, mesmo jovem, demonstra sensibilidade para questões sociais e ambientais, apresentando um desafio para as marcas estabelecerem uma conexão autêntica com esse público. 

Cada um desses públicos, no contato com o mercado imobiliário, criará laços por meio de estratégias diferenciadas, o que reforça a relevância da abordagem de nicho”.

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