Mercado imobiliário aquecido? 5 fatos confirmam a tese
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Desafios não faltaram ao longo de 2022, mas a reta final do ano revela evidências de um mercado imobiliário ainda aquecido.
Alguns obstáculos estão na ponta da língua: inflação, taxa de juros acima dos dois dígitos, o rentismo em alta. Além disso, a redução de aportes e a crise em várias proptechs também chamaram a atenção.
Porém, para cada uma destas dificuldades, surgem contrapontos que reforçam a pujança do imobiliário.
Listamos 5 fatos e argumentos que confirmam a resiliência do setor ao longo do ano, também com uma projeção positiva para 2023.
1. Vendas de imóveis em estabilidade
O segmento de vendas de imóveis segue bastante resiliente no Brasil. Os dados dos primeiros três trimestres de 2022 mostram variação de 0,1%, com pouco mais de 225 mil vendas realizadas. O levantamento foi divulgado na semana passada pelo Secovi-SP, que comparou os dados de 199 cidades brasileiras com o mesmo período de 2021.
Em um ano marcado por expectativas quanto a taxa de juros, eleições e até mesmo Copa do Mundo, a estabilidade das vendas é um indicativo importante. Vale destacar que, no mesmo período, os lançamentos tiveram queda de 8,5%, afetados pela alta dos materiais de construção e outros fatores conjunturais.
“O próximo ano tem tudo para ser parecido com 2022, mas dependemos do andamento da economia. Isso passa pelas primeiras decisões do governo eleito”, ressaltou o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci.
De início, a principal diferença esperada é o reaquecimento da construção civil – e não apenas no segmento econômico. Um exemplo disso é a expectativa do Grupo A.Yoshii, construtora e incorporadora focada no alto padrão e que atua em diversas praças do país, com mais de 4.500 colaboradores. O grupo anunciou que pretende ampliar o quadro com a abertura de 100 novas vagas no ano que vem, para o administrativo e operacional.
2. PIB da construção de 2022 destaca mercado imobiliário aquecido
O PIB da construção civil deve fechar o ano com elevação significativa, de 7%, na previsão do Sinduscon-SP. Para 2023, a expectativa também é de crescimento na ordem de 2,4%, resultado acima da projeção do PIB nacional. A perspectiva é do SindusCon-SP.
Em 2021, a taxa de crescimento anual (já revista) foi de 10%. Ainda para o próximo ano, estima-se que o setor contará com um cenário mais favorável em relação aos preços dos insumos.
“Se por um lado há desaceleração do ritmo de alta da atividade, por outro, nota-se que o setor ainda se sustenta em um patamar bastante elevado de crescimento”, destacou a coordenadora de Projetos de Construção do FGV/Ibre, Ana Maria Castelo.
No terceiro trimestre do ano, a construção cresceu 1,1% na comparação com o trimestre anterior – a quinta alta consecutiva. No ano até setembro, o setor acumula expansão de 8,2%, bem superior à média do crescimento das demais atividades – o PIB nessa mesma comparação teve aumento de 3,2%.
3. Investidores de olho no tijolo
Expoente do mercado de investimentos, a XP está dando passos firmes na direção do imobiliário. A corretora já conta com R$ 13 bilhões em ativos imobiliários, espalhados por 16 fundos, e está prestes a lançar um novo pool voltado para a incorporação.
O fundo captará R$ 500 milhões para desenvolver projetos imobiliários de residências, galpões e revitalização, junto de incorporadoras parceiras.
Nos últimos dois anos, a corretora já movimentava estes segmentos através de três fundos menores que somam R$ 360 milhões.
4. O crescimento robusto da maior construtora de capital fechado do Brasil
A paranaense Plaenge totalizou R$ 2,14 bilhões de VGV de janeiro a setembro, um impressionante aumento de 51% sobre o mesmo período de 2021. Em vendas líquidas, a empresa atingiu R$ 1,55 bilhão.
A receita líquida da construtora, que atua com foco no segmento de alto padrão, atingiu R$ 1,06 bilhão entre janeiro e setembro deste ano, aumento de 31% sobre o mesmo período de 2021
A perspectiva da Plaenge, maior construtora de capital fechado do país, é continuar subindo. A carteira da construtora, que avançou para praças como o Centro-Oeste brasileiro e o interior de São Paulo, prevê nada menos que R$ 8,7 bilhões em VGV a serem entregues nos próximos anos.
Segundo a própria empresa, o resultado obtido no trimestre “é a soma de eficiência operacional, assertividade de planejamento e bom momento do mercado imobiliário”.
5. Com desemprego em baixa, intenção de compra ganha força
O Brasil vive um ciclo de redução no desemprego, com uma taxa de 8,7% ao final do terceiro trimestre de 2022, segundo dados do IBGE. Este é o patamar mais baixo do indicador no país desde junho de 2015. Ao mesmo tempo em que estimula o consumo, o quadro dá tração para o brasileiro correr atrás do sonho da casa própria.
Segundo pesquisa da Brain/Abrainc, a intenção de compra de imóveis em novembro de 2021 era de 31% entre os entrevistados. Destes, 11% já estão em busca ativa pelo imóvel. Além disso, segundo 49% dos participantes da pesquisa, o aumento da própria renda pode implicar a compra de um imóvel.
Junto disso, a sinalização do governo eleito frente às moradias populares é promissora. O desejo de consumo, aliado a políticas de estímulo para os imóveis econômicos, pode representar uma janela de bastante potencial já no curto e médio prazo.
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