Gigante da incorporação quer criar “Airbnb dos escritórios” na onda do trabalho híbrido
Resumo
De olho no formato de trabalho pós-pandemia, a BoxOffice, futura Bravve, quer se tornar um “Airbnb de escritórios.”
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O fim da pandemia de covid-19 já se vislumbra em curto prazo no Brasil, com o avanço da vacinação e a redução dos casos da doença. E o mercado imobiliário se movimenta para incorporar as mudanças que se desenham no formato do trabalho pós-coronavírus. Uma dessas novidades é a reformulação da proptech BoxOffice, plataforma de locação de gestão de espaços corporativos flexíveis, que está de olho no crescimento do trabalho híbrido e planeja tornar-se a “Airbnb dos escritórios”.
Impulsionada pelo poderio da gigante Tecnisa, que comprou 25% da startup em julho último, a BoxOffice prepara a mudança de nome para Bravve. A troca de identidade é parte do plano da empresa de se tornar uma grande plataforma de locação de espaços corporativos por períodos flexíveis.
A carteira de salas e escritórios da Bravve será composta por imóveis que já faziam parte do estoque da BoxOffice (“minioffices” em shopping centers, em lobbies de lajes corporativas e em faculdades), espaços de outras empresas de coworking que poderão se conectar à plataforma e ainda por pontos de trabalho compartilhado desenvolvidos pela própria Tecnisa, sob o selo WorkPod.
Inicialmente o formato será implantado somente na capital paulista, mas a empresa planeja estendê-lo para outras grandes cidades brasileiras.
A aposta no modelo em que parte dos funcionários trabalha no escritório e parte a distância vem respaldada por dados colhidos no mercado. Uma pesquisa com mais de 2 mil pessoas, divulgada em outubro pelo Great Place to Work (GPTW), mostrou que 46,8% dos entrevistados trabalham em empresas que já adotam o modelo híbrido. Outros 37,1% atuam totalmente remotos e somente 16,1% estão de forma integral no presencial.
Outro dado relevante é que 30,2% dos respondentes afirmam que as empresas onde atuam já anunciaram mudanças permanentes no formato de trabalho. Desses, 77,7% adotarão o modelo híbrido no pós-pandemia.
O público-alvo da Bravve são justamente as empresas que terão seus escritórios remodelados no pós-pandemia e pretendem disponibilizar aos funcionários estações de trabalho presencial em locais distintos. O plano de negócios prevê que empresas comprem um “passe” para os funcionários escolherem onde querem trabalhar entre os espaços disponibilizados pela startup.
“Os espaços a serem oferecidos em conjunto e as áreas de trabalho intermediadas pela plataforma vão contribuir para menos deslocamento por parte de funcionários das empresas que utilizarem os serviços”, comenta a presidente da Bravve, Roberta Carvalho de Souza.
Ainda de olho no crescimento do home office, a Tecnisa planeja transformar imóveis desenvolvidos como “studios” em áreas de trabalho compartilhado. Esses coworkings poderão ser utilizados por moradores dos prédios residenciais da incorporadora ou mesmo locados a terceiros.
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