Crédito Real rompe a fronteira do RS e busca protagonismo nacional
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Se em grande parte dos segmentos econômicos é normal uma grande empresa expandir a atuação para outras cidades e Estados, no mercado imobiliário esse movimento é visto com ousado. Afinal, estabelecer-se em praças diferentes da matriz demanda um esforço para mapeamento do novo território, imersão na cultura local – já que cada cidade tem uma dinâmica própria em vendas e em locação – , investimentos em marketing e branding para tornar a marca conhecida e perseverança até consolidar a operação.
Pois a Crédito Real, uma das maiores imobiliárias do Brasil, fundada há quase 90 anos e com presença consolidada em Porto Alegre e no Rio Grande do Sul nos ramos de venda de imóveis, locação, administração de condomínios e seguros, está avançando esse sinal e prepara-se para inaugurar operações em Santa Catarina e São Paulo.
A primeira unidade fora do Rio Grande do Sul será aberta ainda neste mês de março, em Florianópolis (SC). Logo depois será inaugurada a loja de Garopaba (SC). Nos meses seguintes, o projeto contempla a abertura de sedes no entorno da capital catarinense, no Sul do Estado (Criciúma e Tubarão), no Litoral Norte (Balneário Camboriú e Itapema) e em Joinville. Ainda no primeiro semestre, a imobiliária planeja montar a primeira unidade no maior mercado do País, a capital de São Paulo.
O modelo a ser adotado é o de franchising, que a Crédito Real utiliza desde 2019. Hoje a companhia conta com 51 unidades no Rio Grande do Sul, entre filiais próprias e franqueadas – mais da metade delas abertas entre 2021 e 2022.
Para o diretor-superintendente da Crédito Real, Carlos Eduardo Ruschel, o pilar que sustenta o projeto de expansão é o entendimento de que, embora os mercados de venda e de locação já tenham uma jornada quase toda digital, a atenção direta ao cliente, cara a cara, ainda é fundamental.
“Temos a visita ao imóvel, a questão da vistoria, a atenção às necessidades do cliente… claro que você pode fazer isso de uma forma digital, mas a presença física, o atendimento pessoal ele faz parte da atenção ao imóvel. Então, para se ter sucesso num novo mercado, é preciso pensar de maneira física e digital, o famoso ‘figital’. Ter presença física de qualidade, com representantes da marca, pessoas que valorizam e têm em mente os valores da Crédito Real; e ao mesmo tempo ter um conjunto de ferramentas digitais que permitam que a experiência do cliente seja mais produtiva e atualizada tecnologicamente”, afirma Ruschel.
Essas novas lojas serão inauguradas num modelo que a Crédito Real chama de “franquias hibridas”. As lojas são montadas no mesmo padrão de franquias tradicionais, nas quais o franqueado recebe um pacote de benefícios (treinamento, branding, marketing) e paga à franqueadora uma taxa fixa e um percentual do faturamento (royalties).
Ao mesmo tempo, dentro desse mesmo espaço físico do franqueado, a Crédito Real instala um núcleo para tocar outra unidade de negócio. Por exemplo, se o franqueado é especializado em locação, a empresa pode instalar ali uma filial focada em vendas e em administração de condomínios para aproveitar a sinergia entre os negócios.
“Assim otimizamos espaço, reduzimos custos e geramos um fluxo entre um negócio e outro, o famoso cross-selling, que acaba acontecendo por essa proximidade do negócio do franqueado e da franqueadora”, comenta Ruschel.
A Crédito Real não divulga o número exato de franquias que pretende abrir fora do Rio Grande do Sul. Mas ela nutre metas ousadas com o projeto de expansão nacional: a imobiliária, que já possui uma das maiores carteiras de imóveis administrados do Brasil (quase 20 mil), tem divulgado a intenção de se tornar em breve “a maior rede de imobiliárias do Brasil”.
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