Como atenderam as 10 empresas do mercado imobiliário com mais queixas em 2018
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O portal Reclame AQUI listou as empresas do setor imobiliário com mais queixas registradas por consumidores em 2018. A MRV Engenharia lidera o ranking, com 2.235 reclamações e um índice de resolução de 20,5%. O volume de queixas é o dobro da segunda colocada no levantamento, a Cury Engenharia, com 1.113 queixas e taxa de resolução de 83,7%. Completam o TOP 5 as construtoras Tenda, Living e Gafisa.
O Reclame AQUI avaliou a performance de construtoras, incorporadoras e imobiliárias. Na comparação com o ano anterior, caiu o número total de queixas de consumidores entre as empresas do setor. Foram 15.242 reclamações em 2017 contra 14.178 reclamações, uma queda de 7%.
Já os motivos para as queixas oscilaram bastante. Problemas com o financiamento e demora na entrega das chaves permanecem como as principais dores dos consumidores, embora o número de reclamações envolvendo essas complicações tenha diminuído. Também caiu a quantidade de queixas quanto a mau atendimento e vazamentos nas unidades. Apenas dois problemas geraram mais queixas no ano que passou do que no anterior: cancelamento de contrato e propaganda enganosa.
Ainda em se tratando de rankings, mas desta vez dos portais imobiliários. Dados do SimiliarWeb demonstram que o Grupo ZAP recebe um terço da audiência dos sites imobiliários no Brasil.
VivaReal e Zap Imóveis lideram, na ordem, o ranking dos portais mais acessados. Na sequência, vêm os sites Imovelweb e WImoveis, ambos do grupo Navent, que responde por 10% do share da audiência imobiliária na internet brasileira.
No quinto lugar do ranking, chama a atenção o portal Nestoria. Ele é um buscador vertical, uma espécie de site de pesquisa, como o Google e o Bing, só que focado num único tema, o imobiliário. O Nestoria inclusive exibe resultados de imóveis anunciados nos portais líderes.
AGENDA
E por falar em Grupo ZAP, está aberta a venda de ingressos para o Conecta Imobi, o principal evento de marketing, vendas e tecnologia do mercado imobiliário na América Latina. A sexta edição do Conecta acontece nos dias 24 e 25 de setembro, em São Paulo. Se você perdeu a edição de 2018, aqui vai uma resenha comentando as principais tendências do último ano.
Outro evento que rola em breve é o ConstruTech Conference. Será no dia 29 de março, em São Paulo. Também em março, acontece o primeiro CUPOLA Diving, evento exclusivo para clientes da CUPOLA, agência especialista em marketing imobiliário e produtora deste ImobiReport. E nesta quinta, 29, tem edição do Congresso VGV em Santa Catarina, em Balneário Camboriú.
ALUGUEL
O QuintoAndar chegou a Curitiba com ares de mudança de estratégia. Depois de se apresentar como alternativa às imobiliárias tradicionais, a startup agora emite sinais de que o modelo antigo de locação tem pontos fortes a serem considerados. Além de uma ampla campanha publicitária para ativação da marca na cidade, a startup abriu diálogo para parcerias com imobiliárias locais. Em entrevista recente ao StartSe, o diretor de Marketing do QuintoAndar, João Gonçalves, confirmou a intenção de “combinar o que o QuintoAndar e algumas imobiliárias têm de melhor”. O formato da parceria permanece indefinido, mas deve envolver a abertura da plataforma do QuintoAndar a imobiliárias e, possivelmente, a compra de carteiras de imobiliárias tradicionais.
Agora, já são 17 as praças de atuação do QuintoAndar, incluindo 7 capitais. Em São Paulo, o QuintoAndar tem mais de 5.000 imóveis anunciados. No Rio, cerca de 1.000 e, em Belo Horizonte, pouco mais de 400. A próxima praça a ser atacada pelo QuintoAndar deve ser Florianópolis, para onde já há vagas abertas no LinkedIn.
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TRENDS
A construtora Vitacon lançou uma nova e competitiva modalidade de investimento. Trata-se de um CDB com retorno de 12,8% ao ano. O título de renda fixa é emitido pelo Banco Topázio para aplicações de R$ 1.000, com prazo de 24 meses para resgate. A liquidez dos empreendimentos, que são desenvolvidos por meio desses investimentos, é o que garante a taxa de rendimento atraente, de acordo com o CEO da Vitacon, Alexandre Frankel. O crowdfunding imobiliário é bastante comum nos EUA e na Europa e, por aqui, a Vitacon foi pioneira na modalidade, em 2015.
CONSTRUÇÃO CIVIL
Rachaduras e problemas estruturais no imóvel fazem parte da rotina de qualquer imobiliária que atua com locação. Mas e quando um bairro inteiro está sob ameaça de afundar? Pois é. Está acontecendo no bairro do Pinheiro, em Maceió. As primeiras rachaduras apareceram há cerca de um ano, após uma chuva forte, e novas ocorrências foram registradas com os passar dos meses. Em janeiro deste ano, também após fortes temporais, o piso de um apartamento afundou de repente. Cerca de 700 alunos de escolas municipais da região serão transferidos para outras unidades, enquanto não se tem uma solução.
Segundo o portal G1, a Defesa Civil identificou três fissuras principais, com cerca de 1.500 metros de extensão, afetando 2.480 moradias. Metade das famílias que moravam em cerca de 800 imóveis localizados nas áreas de risco mais críticas já deixou suas casas. O movimento tem exigido das imobiliárias jogo de cintura para atendimento emergencial a inquilinos e proprietários. Apesar dos estudos em andamento, as causas do afundamento ainda não foram esclarecidas.
VENDAS
Uma decisão da Justiça de primeira instância gerou a polêmica inicial envolvendo a nova Lei do Distrato, que entrou em vigor neste ano. O juiz Senivaldo dos Reis Junior, da 7ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, usou a nova lei para reforçar sua decisão em uma ação sobre o tema. O problema? A ação em questão foi ajuizada antes das regras atuais entrarem em vigor. E aí evidenciou-se a controvérsia: o texto sancionado em 2018 não definiu claramente para quais contratos a nova regra é válida.
O Secovi-SP defende que a nova regra deve ser aplicada a todas as ações pendentes de decisão. Já a Associação dos Mutuários de São Paulo (Amspa) avalia que a nova lei se aplica apenas a novos contratos. Em entrevista à Folha de S. Paulo, o presidente da comissão de Direito Imobiliário do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), Arnon Velmovitsky, entende que a única possibilidade de aplicação retroativa da lei é na questão penal, quando beneficiar o réu. Ele embasa essa leitura em decisão do STF sobre a nova Lei de Planos de Saúde. Na ocasião, o Supremo decidiu que as novas regras não se aplicam a contratos firmados antes de sua vigência.
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