Dia do Corretor Cris Turela, o corretor de imóveis que é um facilitador imobiliário Atualizado 30 de agosto de 202111 de março de 2022 AutorAna Clara Tonocchi Compartilhar: Quando eu era criança, tinha uma coisa chamada “caixinha de tesouros”. Era, essencialmente, uma caixa cheia de cacarecos: pedras, conchas, folhas secas. Não preciso nem entrar em detalhes sobre como essa caixinha era especial, né?! Pois começo esse texto assim já que o entrevistado de hoje, Cris Turela, com certeza deve ter uma caixinha de tesouros recheada de dicas de como lidar bem com pessoas. É que essa é a paixão de Cris: gente. O mercado imobiliário envolver tanta gente foi uma das coisas que o atraiu para o setor. Cris Turela Os ensinamentos de uma cidade turística Cris nasceu em Soledade, Rio Grande do Sul, mas ainda bebê se mudou para Gramado com os pais. “Em Gramado eu aprendi a ser gente. Morei lá por 30 anos e comecei a trabalhar aos 14, como garçom. Fui de servente até instrutor de esportes de neve – um dos poucos no país”, conta. Em Gramado também conheceu a esposa, que o trouxe para o litoral gaúcho, em Capão da Canoa. Com tantos anos morando em uma cidade turística, Cris teve que aprender a lidar logo cedo com a diversidade. “Gramado recebe gente de todo Brasil… até mais, do mundo todo! Então, quando entrei no mercado imobiliário, já estava formado na arte de lidar com as pessoas”, brinca. Foi o padrinho dos seus filhos, que é corretor de imóveis, que lhe apresentou o mercado imobiliário. “Talvez por entrar no mercado com outra cabeça, sempre fui muito ligado ao relacionamento e ao digital”. Suas duas primeiras vendas refletiram exatamente isso: sua primeira aconteceu pois Cris foi ajudar um casal atravessando a rua com sacolas. Papo vai, papo vem, o tal casal comentou que queria trocar de apartamento e rolou o primeiro negócio. Já o segundo negócio foi feito totalmente pelo celular, com um cliente do Rio de Janeiro. O Cris e a Qub Hoje, é difícil falar do Cris sem falar da Qub, imobiliária onde ele atua. “Conheci os meninos da Qub em São Paulo e pensei ‘eu preciso trabalhar com eles’. Demorei 3 meses para convencê-los e hoje estamos aqui”, conta. É que Cris e a Qub trabalham com o mesmo propósito: mais qualidade, menos quantidade. “Hoje, nosso negócio é de curadoria imobiliária inteligente. Só trabalhamos com casas em condomínios fechados, com foco em qualidade, relacionamento com o cliente e curadoria. Ou seja, não quero só vender e tirar a comissão: quero que o cliente me convide para comer um peru de Natal na casa nova dele”. A premissa do negócio também passa pela presença constante nas redes sociais. Por isso, Cris investe no seu Instagram. “Com o meu trabalho nas redes sociais, o cliente já chega me conhecendo e conhecendo minha essência. Eu não uso terno e gravata, por exemplo, uso tênis e camiseta. Mas aí o cliente me procura e já pergunta como estão meus filhos, ele já conhece minha vida e meu trabalho”. Inclusive, Cris usa outro nome para sua profissão: facilitador imobiliário. “O nome já diz: nós facilitamos a vida do comprador, do vendedor e, também, a nossa ao fazer um gerenciamento melhor do nosso tempo”, analisa. “Na minha opinião, a venda não acontece só no momento da assinatura do contrato. Vem de antes, ao ouvir o cliente, talvez se reunir em um momento mais descontraído, fazer um churrasco, entender a demanda dele, da sua família… E depois, rende mais ainda. O cliente indica para amigos, família e mantemos o relacionamento”. Ser corretor não é barbada “Minha parte preferida do meu trabalho hoje são as pessoas. Eu amo gente e isso não tem preço. Mas minha profissão começou na minha adolescência, quando fui garçom pela primeira vez. Minha jornada é longa e a vida de corretor não é barbada, é punk”, comenta Cris. Por isso, quando questionado qual dica daria para um novo profissional, Cris lembra da importância de acreditar no que você está fazendo. “Acredite em você e na escolha que você está fazendo. Se especialize em uma área e mergulha: quer trabalhar com aluguel? Leia, estude, saiba tudo que tem sobre locação. Eu sempre acreditei na presença digital e já fui muito zoado por colegas corretores. Fazia vídeos nos imóveis e acabava caindo em grupo de WhatsApp, com os caras fazendo piada. Eis que veio a pandemia e todo mundo se digitalizou”, conta. Confiando no processo e no seu trabalho, o objetivo de Cris é se especializar cada vez mais em casas na praia: “Quero muito que, quando as pessoas pensem em comprar uma casa no litoral gaúcho, pensem em mim”. Se 2020 foi ano de plantar, criar relacionamento e cultivar seu trabalho, 2021 está sendo de colher. Não só profissionalmente: foi nesse ano que nasceram Lucca e Matteo, seus filhos gêmeos. “2021 está sendo um ano que não sei nem definir em palavras. Hoje, alterno a vida de corretor com pai de gêmeos. As pessoas perguntam: como você dá conta? Eu brinco que eu não dou conta – eu me permito ser pai e me permito ser corretor de imóveis. Agora, eu estou sendo corretor. Daqui a pouco, vou pra casa ser pai”. Cris Turela é embaixador Ibrep e seu nome para este perfil foi indicado pelo Ibrep, a quem agradecemos pela recomendação.