Imobi Report

Construção civil aquecida reflete nas prévias de incorporadoras

Dados do Ipea apontam que a construção civil passou a operar no maior nível desde dezembro de 2017. Apesar de sofrer baixas no início da pandemia, desde maio o setor vem em uma crescente. Ainda segundo a instituição, o que impulsionou esta melhora foram as obras residenciais.

Já o balanço mensal da Abrainc mostra um aumento de 58% nas vendas de novos imóveis em julho, comparado ao mesmo período de 2019. É o melhor resultado mensal do indicador desde 2014. O levantamento também aponta que os lançamentos foram retomados: houve uma alta de 38,2% em julho.

As boas novas refletem nas prévias das incorporadoras. A MRV, a Direcional e a Moura Dubeux, por exemplo, tiveram recordes de vendas no 3º trimestre do ano. O caso da MRV é emblemático, com um salto de 99% nos lançamentos em relação ao segundo trimestre de 2020.

A Even, com seu recém-lançado IPO, teve alta de 124% nos lançamentos do 3º trimestre, na comparação anual. Já a Mitre registrou um crescimento de incríveis 638% nas vendas líquidas ante o segundo trimestre.

Consultores do mercado financeiro, inclusive, sugerem apostar nas construtoras focadas na classe média, mas afirmam que a retomada do setor imobiliário é inteira positiva para quem quiser apostar nas ações de incorporadoras na B3.

A pedra (e areia) no sapato da construção civil é o aumento no preço dos insumos. Em setembro, as vendas de cimento cresceram 4% e a inflação da construção no mês fechou em 1,44%, segundo o IBGE.

Imobiliárias

O preço de venda dos imóveis residenciais teve a maior variação dos últimos seis anos, no Brasil. De acordo com o Índice FipeZap, Brasília e Curitiba foram as capitais com alta mais acentuada (1,97% e 1,39%, respectivamente), mas o metro quadrado mais caro continua sendo o do Rio de Janeiro (R$ 9.347/m²). Três fatores explicam a alta: recuperação da demanda por imóveis, nível de confiança da população e busca por espaços maiores por causa da pandemia.

De forma geral, os clientes estão mais interessados em comprar do que alugar. Dados de setembro do Imovelweb apontam que 63% dos consumidores preferem comprar do que alugar – somente os 37% estão considerando a locação como primeira opção. 

Essa alta na intenção de compra é reflexo da queda da taxa Selic, que está favorecendo os clientes que buscam crédito imobiliário. De acordo com pesquisa da Abecip, o número de imóveis financiados teve aumento de 42%, de janeiro a agosto. Mas será que, para o cliente, vale a pena mesmo trocar o aluguel por um financiamento? Para responder essa pergunta, o Valor Investe publicou uma matéria bem completa sobre o assunto, fazendo uma análise comparativa entre as duas possibilidades.

Para quem opta pelo aluguel, o seguro fiança é um grande aliado. Aliás, essa garantia traz benefícios não só para os inquilinos, mas também para imobiliárias e proprietários. No Imobi Report, criamos uma lista com as cinco principais vantagens em optar pelo seguro fiança. 

Passados mais de seis meses desde o início do isolamento social, agora que a economia volta a dar sinais de recuperação, o número de ações por falta de pagamento de condomínio está em queda. Balanço divulgado pelo Secovi-SP indica que foram ajuizados 931 processos em agosto, número 14,1% inferior às 1.084 ações ajuizadas em julho. Em comparação com o mês de agosto do ano passado, o recuo foi de 8,3%.

Techs

Com menos de um ano de existência, a startup Alude vai receber um aporte de R$ 3,3 milhões, por meio de captação junto aos fundos Global Fouders Capital, Maya Capital, Ribbit Capital e Y Combinator, além de investidores individuais. A startup oferece análise de crédito de inquilinos, segundo um dos fundadores, a preço de custo: R$ 10. A Alude ganha quando o usuário contrata um seguro, que revende de outras seguradoras.

Profissionalizar a locação de curta duração de imóveis compactos. Essa é a proposta da startup Yogha Gestão e Hospitality, criada em 2016. A história da Yogha foi contada em perfil publicado no portal Amanhã. 

Com imóveis pela metade do preço, os leilões imobiliários têm aparecido com força durante a pandemia. Desta forma, nasceu a startup Faber Magna Investments, focada em ajudar investidores que buscam oportunidades de investimentos no mercado de imóveis, especialmente por meio de leilões. Quer entender como funciona? A Istoé Dinheiro explica

Com VGV de R$ 96,6 bilhões em oferta, a Beemob se apresenta como a principal plataforma de parcerias imobiliárias do país. Somente durante os meses de pandemia, a startup registrou aumento de 60% no número de usuários, ao oferecer a possibilidade de unir proprietários de imóveis a possíveis compradores.

Outra startup que também cresceu bastante durante a pandemia foi a Fix, que oferece um aplicativo que conecta pessoas a serviços de manutenção, conserto e instalação em imóveis, como um “Uber de reparos”. Com a população passando mais tempo em casa por conta das medidas de isolamento social, a startup registrou crescimento de 200%.

Você sabe o que é a expressão software as a service? Também conhecido como SaaS, é uma categoria de plataformas que oferecem suas funcionalidades como um serviço, não como um produto (e é daí que vem a expressão software as a service). No mercado imobiliário, uma das empresas que atua com soluções sob demanda é a RuaDois. No Imobi Explica, explicamos tudo sobre SaaS e a imobiliária digital as a service.

As vantagens da assinatura digital em tempos de pandemia foram destaque no G1, nesta semana. A matéria traz vários exemplos de aplicação dessa ferramenta em diferentes tipos de negócios. Já o portal Inforchannel mostra como a tendência de utilização da assinatura digital deve ser mantida mesmo após a pandemia.

Transformação digital

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Porto Seguro Soluções para Locação

Na última semana, aconteceu o painel de Comunicação Empresarial e Cultura Digital do Fórum de Comunicação Corporativa, promovido pela Aberje (Associação Brasileira de Comunicação Corporativa). No Valor, você pode conferir destaques da participação de grandes empresas, como a Vivo, 99, Uber, Volkswagen e Coca-Cola sobre cultura digital e transformações necessárias frente à Covid-19.

Um novo estudo da consultoria Capgemini aponta que o volume de transações digitais cresceu 14% no último ano, totalizando US$ 708,5 bilhões. Além disso, 50% das empresas entrevistadas aderiram a bancos digitais e 30% já utilizam serviços de pagamento de gigantes de tecnologia, como Google, Facebook, Amazon e Apple.

No Brasil, até 2022, os investimentos em transformação digital deverão chegar a R$ 345,5 bilhões, segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom).

Um levantamento da TCS com líderes de empresas do mundo todo avaliou a relação entre transformação digital e a pandemia da Covid-19. Nove em cada 10 entrevistados afirmaram ter mantido – e até mesmo aumentado – o orçamento para transformação digital. Entre as mudanças de gasto com tecnologia devido à pandemia, cresceu o uso de tecnologias colaborativas, cibersegurança, tecnologias nativas da nuvem e analytics avançado.

Falamos muito sobre transformação digital, mas o que vem depois que uma empresa já passou por essa transformação? É a maturidade digital. A integração de diferentes tecnologias, promovendo maior rentabilidade e negócios mais assertivos pode adicionar US$ 70 bilhões ao PIB brasileiro, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Google em parceria com a Mckinsey.

Mundo

Em Hong Kong, o valor dos aluguéis recuou 9,2% em agosto, comparado a agosto de 2019. Porém, continua sendo o lugar mais caro do mundo para comprar um imóvel e o terceiro com aluguéis mais caros, estando atrás de Nova York e Abu Dhabi. O MSN traduziu uma reportagem da Bloomberg, que mostra como a crise sanitária agravou a crise imobiliária em Hong Kong, levando mais pessoas a morar nas ruas.

Em Dublin, proprietários que priorizavam locar seus imóveis para turistas, através de plataformas como o Airbnb, retornam ao mercado tradicional, de locação de longa duração. Com isso, inquilinos estão se beneficiando e conseguindo locar imóveis que não estavam disponíveis até então.

Em Portugal, plataforma Keezag começou a atuar em Porto, mas já tem planos de vir para o Brasil e atuar nos EUA. O modo da operação é um pouco diferente: o proprietário coloca seu imóvel na plataforma e depois recebe propostas de corretores para atendê-lo na compra ou venda. 

Estamos de olho

Você consegue lembrar de outros programas habitacionais brasileiros antes do Minha Casa Minha Vida e do Casa Verde e Amarela? Na semana passada, mostramos aqui no Imobi Report que o déficit habitacional continua alto no país, isso porque as iniciativas de política habitacional tiveram pouco impacto na resolução do problema. Para relembrar os programas brasileiros mais antigos, fizemos uma linha do tempo com informações sobre eles, para quem quiser entender o contexto histórico da política de habitação no país

Outras questões precisam ser discutidas se o país realmente quiser reduzir o déficit habitacional, de acordo com a opinião de especialistas. Algumas delas são a regularização fundiária (em breve, falaremos mais detalhadamente sobre isso) e o aluguel social como possibilidade de solução.

Novamente, os jovens são os mais afetados pela recessão e o desemprego provocados pela Covid-19. Dados do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV Social) apontam que, entre o primeiro e o segundo trimestre deste ano, brasileiros de 15 a 19 anos perderam 34,2% da renda, enquanto o grupo formado por indivíduos entre 20 e 24 anos tiveram perda de 26% no período. Os grupos já foram os mais atingidos pela crise de cinco anos atrás, com perdas de 24% e 11%, respectivamente. 

Nos Estados Unidos, a pandemia obrigou mulheres a abandonar seus empregos e ficar em casa com os filhos. Uma pesquisa realizada pelo Escritório de Estatísticas americano aponta que 30,9% das mulheres de 24 a 44 anos não estavam trabalhando, no período de 16 a 24 de julho, por causa do fechamento das escolas. Entre os homens, esse índice era de 11,6%. 


Você sabe o que é empatia e como ela pode contribuir com suas vendas? Em artigo publicado no Imobi Report, a consultora especialista em marketing imobiliário Kariny Martins demonstra como a empatia pode ser a melhor técnica de vendas não só neste setor, mas também em outros segmentos.