Conecta Imobi ON
Imobi Report

Conecta Imobi ON: juntos, mas separados

Na última semana, aconteceu a primeira edição do Conecta Imobi ON, versão online e digital do Conecta Imobi. Respeitando as questões de isolamento social, o evento teve de ser adaptado para uma plataforma digital, mas sem perder seus principais diferenciais: conteúdo de qualidade, networking e acesso facilitado a empresas e novas plataformas. 

Com os últimos dois meses (com muitas imobiliárias batendo recordes de vendas), taxa Selic baixa, anúncio do programa Casa Verde e Amarela, o tom do evento foi otimista. Palestrantes e participantes vislumbraram como a reinvenção e adaptação do mercado, durante a crise sanitária, poderá resultar em ares ainda melhores que os pré-pandêmicos.

Já no keynote de abertura, Flávio Augusto da Silva, empresário fundador da WiseUp, trouxe para pauta a educação contínua e a busca constante por conhecimento. No final do primeiro dia, o futurista Sohail Inayatullah também trouxe o tema: “Temos que aprender a aprender”. E afinal, o objetivo maior do Conecta não é a disseminação de conhecimento e informação?

Com a adoção do home office, a atenção do líder deve se voltar ainda mais para suas equipes. Mais de uma mesa trouxe essa questão, sobre retenção de talentos, importância da valorização dos funcionários e com a compreensão: são os colaboradores que fazem uma empresa. Equipe feliz, consumidor final feliz.

O uso de novas tecnologias vem sendo aperfeiçoado. Várias ferramentas já estavam à disposição, mas as empresas que deixavam a transformação digital para depois tiveram que acelerar o movimento. Aí, entra a importância do líder comprar a ideia da transformação digital, aplicar na sua cultura e transmitir para sua equipe.

Há alguns temas que já são conhecidos e debatidos pela sociedade, mas ganharam força nesta edição do Conecta, como sustentabilidade, o futuro das cidades, diversidade e respeito às diferenças. A palavra “colaboração” também esteve presente em mais de um momento. É sintomático: sem colaboração, não há como se recuperar da crise sanitária. Então, continuamos juntos, mas separados (ou, pelo menos, usando máscara).

Ah, e se você perdeu o Conecta Imobi ON ou quer retomar alguns pontos que comentamos, nossa equipe produziu uma ampla cobertura e o conteúdo está disponível no portal Imobi Report. Outra oportunidade é acompanhar o webinar da CUPOLA com as principais lições do Conecta 2020, na próxima quinta-feira. Acompanhe @AgenciaCupola no Instagram e saiba mais.

Imobiliárias

Dados da Abecip apontam que o volume de financiamentos em julho foi 16,7% maior em relação a junho e 61,5% maior em relação ao mesmo período de 2019. Foi o maior número desde 2013.

No aluguel, as renegociações continuam e a preocupação com a inadimplência permanece. A Exame traz dados do Tribunal de Justiça de São Paulo que mostram que, em julho, foram protocoladas 1.600 ações relacionadas a locações na capital, totalizando um aumento de 24% em relação a junho.

A Ademi-PR, através da Academia Ademi-PR, está oferecendo três cursos curtos e online para os meses de setembro e outubro, sobre financiamento imobiliário, customer experience e gestão estratégica de inovação.

Incorporadoras

A oferta pública de ações de subsidiárias da Cyrela continua sendo pauta na imprensa. Ao longo da semana, diversas matérias sobre o assunto foram publicadas nos principais jornais e portais brasileiros. O Estadão mostrou como esse movimento pode reduzir a geração de fluxo de caixa em um primeiro momento. São três as subsidiárias que estão com oferta pública de ações: Plano & PlanoCury e Lavvi

Outras empresas do mercado imobiliário também movimentaram a Bolsa. Nesta semana, dois nomes de peso apresentaram seus pedidos de IPO à Comissão de Valores Imobiliários, a loteadora Urba, subsidiária da MRV, e a startup de aluguel de imóveis Housi, subsidiária da Vitacon. Em breve, outras empresas do setor também devem abrir capital, como a Exto Incorporação Construção. Por sua vez, além da proposta de fusão feita à Tecnisa, a Gafisa viu suas ações caírem, depois de anunciar compra de parte dos ativos da construtora Calçada SA.

Reportagem do jornal O Globo mostra seis cenários econômicos que mudaram durante a pandemia. A construção civil integra um deles, é claro. No Estadão, artigo de Marc Stalder, sócio do Demarest Advogados, faz uma análise sobre home office e mais questões urbanísticas e regulatórias que podem afetar os fundos de investimento imobiliário.

Techs

Após sofrerem grandes impactos no início da pandemia, as startups de coliving estão se recuperando mais rápido do que era esperado. De acordo com reportagem de Pequenas Empresas & Grandes Negócios, Housi e Yuca são exemplos de como o segmento está conseguindo se reerguer e até retomar níveis pré-pandemia

Seis startups brasileiras estão na lista das 250 fintechs mais promissoras do mundo, feita pelo CB Insights. Entre elas, estão Creditas, EBANX, Gorila Invest, Nubank, Xerpa e QuintoAndar.

O Facebook está com planos de expansão no Brasilmudando para uma nova sede, bem maior do que a atual, até o fim do ano. Para isso, a empresa alugou um espaço de 15,6 mil m² no B32, edifício corporativo localizado em plena Faria Lima, em São Paulo. O espaço ocupado pelo Facebook representa 30% do projeto, que conta com 32 andares e ainda está em construção. 

Quem também tem planos de expansão pós-Covid é a Amazon. Com o aumento de suas transações no mercado americano, a empresa pretende abrir escritórios em diversas cidades dos Estados Unidos, para não ficar somente nos polos tecnológicos, como Vale do Sicílio, Seattle e Nova York. Algumas das cidades que devem receber unidades da Amazon em breve são Detroit, Dallas e Denver.

Mundo

A Exame entrevistou o futurista britânico Ray Hammond e trouxe algumas análises sobre o futuro pós-pandemia. Destacamos: “O impacto sobre os imóveis comerciais será significativo e duradouro, e essa mudança também afetará adversamente a infraestrutura comercial que foi construída em torno dos bairros comerciais da cidade — cafés, bares, restaurantes e transporte público. Essa mudança levará de 10 a 15 anos para se tornar permanente, mas os distritos comerciais centrais nunca mais serão os mesmos”.

Nos EUA, após uma série de manifestações, o governo estendeu as medidas de proteção contra despejos até o final do ano.

No país, padrões migratórios podem ser observados em cidades como Nova York, que vem perdendo habitantes. Gregory Daco, economista-chefe da Oxford Economics para os EUA, para o Money Times: “Temos visto maior mobilidade nos estados, impulsionada pelo medo de viver em áreas densamente povoadas, por uma percepção de que o ‘velho normal’ de se deslocar para o escritório ainda é uma possibilidade distante e por se darem conta de que o trabalho remoto pode ser uma opção eficaz e de longo prazo”.

Ainda sobre os Estados Unidos, no portal Realtor.com, discute-se a sustentabilidade do mercado imobiliário da Califórnia. A terra do Vale do Silício é conhecida por seus valores altos de compra e venda. Já estava vendo uma evasão de moradores por conta da pandemia e no verão americano ainda sofreu com uma série de incêndios. Especialistas acreditam que o mercado imobiliário local não se sustentará, mas há quem esteja disposto a arcar com os custos da região. Vale a leitura (em inglês).

Estamos de olho

Levantamento do IBGE aponta que o Brasil registrou queda de 9,7% no PIB, no segundo trimestre do ano, em comparação com os três primeiros meses do ano. Com isso, pode-se dizer que o país entrou em recessão, em consequência da crise sanitária causada pela Covid-19. O tombo, entretanto, é menor do que os 11,1% inicialmente previstos em maio. 

Já imaginou São Paulo sem os Jardins como conhecemos? Esta é uma ideia que está sendo discutida durante a fase de pré-campanha para as eleições municipais na capital paulista. A justificativa é de que que as regras vigentes para construções nesses bairros excluem os mais pobres e promovem um “apartheid social”. 

Segue forte a tendência de instalação de minimercados dentro de condomínios, já mostrada anteriormente aqui no Imobi Report. Reportagem da Exame mostra como empresas que viram seu faturamento cair bruscamente na pandemia acabaram se recuperando ao propor soluções assim, como a Vendify.

É possível usucapião urbana de apartamento? Artigo publicado no site Conjur esclarece a questão e mostra todas as implicações jurídicas em casos como esses.