Opinião

Como descobri que venda não é minha praia e reinventei meu papel na imobiliária

Iniciei uma carreira como corretor de imóveis na Infinity Imobiliária Digital em 2016, sem nenhuma experiência anterior em vendas e menos ainda na construção civil. Meu perfil se encaixava na busca dos sócios da imobiliária, que tinham como objetivo ensinar e moldar um futuro corretor, dentro da cultura inovadora da empresa.

No primeiro ano, quando as dúvidas costumam atingir as pessoas em qualquer profissão, busquei ouvir e analisar muito mais do que agir, além de pontuar quando sentia que realmente não possuía conhecimento. Tínhamos uma meta anual estabelecida em equipe e outra individual. E as duas foram ultrapassadas no meu ano de estreia. 

Atingindo o objetivo do primeiro ano, foi natural dar um passo além, foi quando as metas aumentaram para o ano seguinte, em 2017. O meu perfil sempre foi de observador e com uma ótima memória (o que gerou até brincadeiras de que meu cérebro era um HD da imobiliária), mas o contato humano, as relações com clientes e construtores – fundamentais para quem atua com vendas – permaneciam uma dificuldade para mim. 

Era muito conteúdo armazenado e pouca ação. O resultado foi um ano em que minhas vendas foram um desastre: cumpri apenas 30% da meta individual, o que influenciava até a minha vida particular. Mas a capacidade de organização, a vontade de aprender e a disposição em ser sempre prestativo com a equipe favoreceram minha permanência no time da Infinity, ainda que reinventando a minha posição. 

Diante de uma dificuldade, surgiu a oportunidade: novas demandas, com o digital chegando com mais força no mercado imobiliário. Nós já tínhamos uma base do projeto Descubra Torres, e estávamos aprendendo sobre construção da autoridade nas redes sociais. A inatividade é o mesmo que a morte, então, em fevereiro de 2018, me tornei um funcionário “CLT” da Infinity.

Com a facilidade que tenho com o mundo digital, iniciei dividindo tarefas com uma colega, a Annelise, na organização do nosso CRM, no cadastro de imóveis captados e dos lançamentos, no planejamento e criação de conteúdo para as redes sociais, interface com agência de marketing, entre outras ‘missões’ para evoluir com todos da equipe. A dificuldade de se relacionar e se comunicar foi aos poucos substituída pela sensação de sentir-se útil ao resolver problemas para meus colegas e não diretamente dos clientes. Daí veio a decisão de sair das vendas, de forma definitiva. 

Passar por novas experiências em cursos, eventos e conteúdos relacionados ao marketing me dava uma direção. O misto de anos na corretagem com o conhecimento teórico do mercado imobiliário foi o alinhamento perfeito para se manter na Infinity com confiança e mindset positivo. Parei de somente aprender e comecei a aplicar, entendendo que, para participar do ecossistema do mercado imobiliário, não é obrigatório vender imóveis. Vender é muito importante, mas para isso acontecer, muitas coisas devem ser bem feitas nos bastidores. 

É importante dizer que não busquei facilidade em tudo o que faço. A verdade é que coloquei energia e foco nas poucas coisas em que tenho facilidade. A liberdade foi conquistada através da minha personalidade para usar com criatividade novas soluções, que influenciam a venda e fazem a engrenagem da Infinity funcionar, desde o serviço mais simples até o mais complexo.


Bruno Larssen
Head de conteúdo criativo na Infinity, imobiliária de Torres, no litoral norte do Rio Grande do Sul. A Infinity é case nacional em gestão comercial e humanização do atendimento, criadora do Descubra Torres.