Gigantes do varejo eletrônico puxam “boom” do mercado de galpões
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Gigantes do varejo eletrônico puxam “boom” do mercado de galpões

19 fev 2024
Carlos Simon
Carlos Simon
3 min
Gigantes do varejo eletrônico puxam “boom” do mercado de galpões

Nomes conhecidos do comércio eletrônico foram os grandes responsáveis pelo ano bastante positivo para o mercado de galpões logísticos no País.

Segundo estudo da consultoria Cushman & Wakefield, especializada em serviços imobiliários corporativos, o mercado logístico classe A e A+ do estado de São Paulo (que representa 73% do volume nacional) registrou 1,223 milhão de m² líquidos absorvidos no ano passado, um aumento de 22,1% em relação a 2022. Foi o maior volume já registrado em toda a série histórica do Estado. 

A absorção líquida, vale lembrar, é a diferença entre as áreas locadas e as áreas devolvidas em determinado período.

Já o Estado do Rio de Janeiro dobrou sua absorção líquida em relação ao período anterior, fechando 2023 com 52,2 mil m². Minas Gerais também merece destaque, com total de 244,5 mil m² de absorção líquida.

Em São Paulo, as regiões que apresentaram maiores absorções líquidas anuais foram Guarulhos (373 mil m²), Barueri (327 mil m²) e Cajamar (248 mil m²). Entre expansões e novos empreendimentos, o Estado registrou a entrega de 20 ativos durante o ano, totalizando 1,102 milhão de m².

Um dos grandes destaques no último ano foi o grande apetite das plataformas de comércio eletrônico oriundas do Sudeste Asiático. A Shein contratou mais de 215 mil m², crescimento de 766% na comparação com 2022. A Shopee, que assim como a concorrente também tem sede em Singapura, não ficou atrás, com locação de mais de 266 mil m². 

Porém, os números ainda são tímidos perto de gigantes nacionais, como Casas Bahia e Magazine Luiza, que encerraram 2023 com 957 mil m² e 648 mil m², respectivamente.

Taxa de vacância em queda

A taxa de vacância do mercado de galpões logísticos de alto padrão ficou em 10,26% no final de 2023, queda de 1,2 ponto porcentual em relação ao fechamento do ano anterior “É notável que a busca por imóveis novos segue aquecida, deixando alguns ativos obsoletos mais tempo vagos no mercado em determinadas regiões”, ressalta Eric Ammirati, gerente de transações industrial e logística da Cushman & Wakefield.

A média de preço pedido dos galpões de alto padrão do Brasil foi de R$ 23,55/m² no fechamento do ano, ficando 1,7% acima do encerramento do ano anterior. Analisando isoladamente as regiões, o Norte apresentou o maior aumento (22,9%) em seu preço médio pedido na comparação anual, chegando em R$ 27,31/m². “Essa alta foi devido à ocupação total de um dos empreendimentos com preço pedido bem abaixo da média da região, que tinha aproximadamente 30% de área vaga no segundo trimestre”, conclui Ammirati.

Estudo da JLL reforça bom momento do setor

Outro estudo, da consultoria imobiliária JLL, confirma o crescimento do setor. Segundo a empresa, a absorção bruta (total de áreas locadas em novos os novos contratos =) de galpões logísticos no Estado de São Paulo chegou a 2,2 milhões de m² no acumulado do ano passado, 10% a mais que em 2022, que até então detinha o recorde neste quesito.

O levantamento da JLL apontou ainda que a taxa de vacância dos galpões em São Paulo foi de 11,5% em 2023, uma queda de 2,1 pontos porcentuais em relação ao final do ano anterior.

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