Dinheiro no banco ou imóvel? Rentabilidade do mercado imobiliário ultrapassa renda fixa em praças como Curitiba

Para quem pretende investir em imóveis em 2025, o ano iniciou com três desafios importantes: a alta nos juros de financiamentos da Caixa Econômica Federal, a curva de elevação da Selic e a insegurança com relação à inflação. Mas, sobretudo, se o plano é apostar no mercado imobiliário, o cenário é bem favorável à compra de imóveis em algumas praças, como Curitiba, por exemplo. Para compreender o resultado da comparação, é preciso fazer algumas contas. Com o preço médio do metro quadrado 80% maior do que há dez anos, na faixa de R$ 10.700, a capital paranaense é, sem dúvida, um dos mercados imobiliários mais promissores do país. A valorização dos imóveis na cidade, que, em 2024, liderou o índice FipeZAP com alta de 18%, é uma tendência desde a pandemia. E Curitiba já é considerada a quarta cidade brasileira entre as melhores para investir em imóveis para locação, segundo o ranking da MySide. Com uma rentabilidade anual média de 13,5% entre 2019 e 2024, Curitiba passa por um “ajuste de preços”, que estavam abaixo dos valor real, considerando a qualidade da cidade, na comparação com outras metrópoles como São Paulo e Rio do Janeiro, do ponto de vista da infraestrutura urbana, oferta de oportunidades e estilo de vida. Para calcular a rentabilidade com investimento em imóveis, é preciso pensar no longo prazo. Considerando a valorização imobiliária média dos últimos 10 anos em Curitiba, de quase 17% ao ano, o aumento da demanda por locações e novos modelos de moradias, que têm atraído investidores, é fato que o retorno do investimento no mercado imobiliário continua mais vantajoso do que renda fixa. Se calculada a soma da valorização com o rendimento médio de aluguel, que está em cerca de 6% ao ano em Curitiba, a rentabilidade anual extrapola as principais opções de aplicação, atualmente, com rendimento máximo de 12% ao ano. Além da prerrogativa do percentual de ganhos, o investimento em imóveis se destaca pela capacidade de geração de renda passiva e segurança diante das oscilações econômicas. Isso significa mais qualidade de vida nas duas situações: quando se deixa de pagar aluguel e quando se tem um ou mais imóveis para locação. Com o aumento da demanda por locações em Curitiba, o crescimento da oferta de produtos imobiliários voltados aos aluguéis convencionais e também locações flexíveis tem contribuído para um cenário ainda melhor. Em empreendimentos que permitem locações de curta e média temporada, há opções de produtos imobiliários que ultrapassam a média de rendimento do aluguel, que, em Curitiba, varia de 0,4% a 0,6%. Em alguns casos, a rentabilidade alcança 1,25% ao mês. Em resumo, os principais desafios para 2025 estão associados aos juros. Em 2024, passamos o ano com juros altos e expectativa de redução da Selic. Para o ano de 2025, a probabilidade de elevação é maior. Ou seja, houve uma inversão da curva de juros, o que pode fazer com que a população acredite que vale a pena deixar o dinheiro aplicado. Mas, não à toa, o mercado imobiliário continua sendo visto pelos brasileiros como uma moeda segura. Como a tendência é que os valores dos imóveis e locações continuem subindo mais do que a inflação, 2025 representa um momento favorável para esse tipo de investimento. Em diferentes contextos econômicos, imóvel, a longo prazo, valoriza bem mais do que dinheiro no banco.

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