Nordeste em alta: mercado imobiliário da região voou no primeiro semestre
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O VGV das principais cidades nordestinas somou R$ 15,8 bilhões no primeiro trimestre deste ano. Foram 8.515 imóveis vendidos nas nove capitais da região, fortalecendo a tendência de que o Nordeste atrai cada vez mais investidores e compradores em busca de oportunidades no mercado imobiliário.
Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) em parceria com a Brain Inteligência Estratégica, durante seminário que debateu os próximos passos do mercado nordestino. As incorporadoras participantes do encontro acreditam que o mercado imobiliário nordestino continuará em expansão nos próximos trimestres
Outro dado que mostra a pujança da região é que cinco capitais nordestinas figuram no ranking de valorização imobiliária do primeiro semestre, segundo levantamento do FipeZap+. Maceió (AL) é o grande destaque e ocupa a liderança nacional, com alta de 8,53% no período.
“O Nordeste, com suas belezas naturais e clima agradável, tem atraído não apenas os moradores da região, mas também investidores de outras partes do Brasil. O mercado imobiliário nordestino tem se mostrado promissor e cheio de oportunidades para investidores e consumidores em busca de um negócio sólido e rentável”, destaca Luiz França, presidente da ABRAINC.
Nordeste acelera e incorporação aproveita embalo
Referência do segmento no Nordeste, a incorporadora Moura Dubeux vem tendo um 2023 positivo. A companhia obteve um VGV de R$ 594 milhões com seus cinco novos empreendimentos lançados no segundo trimestre deste ano, marcando um crescimento de 139,1% em comparação aos três primeiros meses do ano.
No segundo trimestre, foram 1.364 unidades lançadas, o que representa aumento de 5,9% em relação ao mesmo período de 2022.
“O volume das vendas e adesões líquidas no segundo trimestre foi de R$ 350,48 milhões, com incremento de 13,7% na comparação com o mesmo período do ano passado e 7,4% frente aos três meses anteriores”, revela Diego Villar, CEO da companhia.
Além dos lançamentos, a empresa adquiriu sete terrenos, com VGV bruto potencial de R$ 1 bilhão, sendo três deles no Ceará, dois na Bahia, um em Pernambuco e um no Rio Grande do Norte. Com isso, a Moura Dubeux encerrou o trimestre com um total de 62 terrenos, representando um VGV bruto potencial de aproximadamente R$ 8,5 bilhões.
Presente no evento da Abrainc, Villar ressaltou que a Moura Dubeux teve o melhor segundo trimestre de sua história e projeta que a 2023 será o ano com maior volume de vendas da empresa. Ele destacou ainda que o mercado em geral vive nos últimos dois meses uma onda de otimismo maior, com o aumento da confiança de empresários e de consumidores por causa da conjuntura macroeconômica.
Imobiliárias também prosperam
Na Nogueira Corretores de Imóveis, imobiliária de maior VGV da região Nordeste, há previsão de um segundo semestre em ritmo acelerado motivado pela expectativa de novos lançamentos não só na Região Metropolitana do Recife, como também no litoral, atendendo públicos que vão do segmento econômico ao alto padrão.
“O contexto se apresenta ainda mais animador perante as mudanças de programas sociais anunciados pelo governo com alterações nos subsídios federais, baixa de taxa de juros e readequação de faixas de renda que foram atualizadas”, afirma Paula Carolina, Diretora de Relacionamento com o Mercado e Novos Negócios do HUB Nogueira.
Somente no primeiro semestre, a empresa teve um crescimento de vendas de 10% em comparação ao primeiro semestre do ano de 2022, com destaque para os imóveis de segunda moradia (litoral) e primeira moradia (econômico).
Mercado imobiliário da região registra valorização relevante
Enquanto o aumento médio nacional do preço de venda dos imóveis residenciais foi de 2,54% no primeiro semestre, segundo o Índice FipeZap+, Maceió liderou o ranking, com 8,53%. A cidade alagoana também é a capital com maior valorização registrada nos últimos 12 meses (+17,53%).
Também aparecem no top 10 do ranking de valorização no primeiro semestre João Pessoa (PB), na quinta colocação, com alta de 5,16%, Salvador (BA), em sexto, com 4,54%, Fortaleza (CE), na oitava posição, com aceleração de 3,58%, e Recife (PE), em nono lugar, com valorização de 3,55%.
Para o presidente da Brain, Fábio Tadeu Araújo, há boas perspectivas para o mercado imobiliário nordestino nos próximos meses, especialmente por conta da escassez de imóveis residenciais na prateleira. O volume de vendas na região nos últimos três anos tem sido maior que o de lançamentos – entre abril de 2022 e março de 2023, por exemplo, houve 35,7 mil unidades vendidas, contra 31 mil lançadas.
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