[147] Selic pode ser o grande desafio do mercado imobiliário em 2022
Resumo
Em destaque no Imobi de hoje, um dos grandes desafios do mercado imobiliário em 2022: a volta da alta da taxa Selic. Confira no Imobi.
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O faturamento da construção civil teve alta de 7,6% em 2021, o melhor resultado em dez anos, segundo a CBIC. Por outro lado, dados levantados pelo Estadão apontam que as incorporadoras listadas na B3 tiveram queda acumulada de 31,1%. Fatores como o valor alto dos insumos da construção e a alta de juros desvalorizam as ações e indicam um cenário mais difícil para o mercado imobiliário em 2022. A projeção dos economistas do Banco Central, por exemplo, é de que a Selic feche o ano com 11,75%, mas temos um ano eleitoral pela frente.
Um reportagem da Folha de S. Paulo, publicada em dezembro, trouxe o comparativo do impacto da Selic no financiamento imobiliário de alguns bancos: no Santander, a taxa mais baixa passou de 6,99% no início do ano para 8,99% ao final de 2021. No Bradesco a taxa foi de 6,7% para 8,5; no Itaú de 6,9% para 8,3%; na Caixa 6,25% para 8,99% e, por fim, no Banco do Brasil, 6,55% para 7,58%. Para Alberto Ajzental, coordenador do curso de Desenvolvimento de Negócios Imobiliários da FGV, o aumento em até 2 pontos percentuais observado nas taxas levou cerca de 2 milhões de famílias a perderam condições de assumir um financiamento imobiliário ao longo do ano.
Já o Valor Econômico analisou o impacto dos juros sobre as incorporadoras e identificou que Tecnisa, EZTec e Tenda chegaram ao fim de 2021 sem cumprir o VGV que pretendiam lançar. Muitos dos lançamentos foram adiados ou revisitados pois o setor começa a atuar de forma mais cautelosa.
Hora das parcerias. No início do ano, a MRV anunciou duas: com a Carbig, concessionária mineira com atuação nacional, para que os clientes da incorporadora possam utilizar o valor da venda de seu carro ou moto na compra de um apartamento; e um acordo de investimentos com a canadense Brookfield Asset Management, para venda de empreendimentos da Luggo.
Imobiliárias
O ano de 2021 registrou a maior alta no preço dos imóveis dos últimos sete anos. Segundo o FipeZap, o ano passado totalizou aumento de 5,29%, número que ficou abaixo da inflação do período.
Já a inflação dos aluguéis fechou 2021 com alta de 17,78% no acumulado de 12 meses. A alta do IGP-M em dezembro foi de 0,87% O resultado foi menor do que os 23,14% registrados no acumulado de 2020.
E tem indicador novo vindo aí. A FGVvai publicar todo mês um índice que aponta a variação do custo do aluguel. A pesquisa vai contemplar dados de administradoras de imóveis de quatro capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. A primeira edição sai já nesta terça-feira.
Ainda falando de índices do aluguel, os fundos imobiliários indicam ter abandonado de vez o IGP-M como indexador de reajuste. A mudança, principalmente para o IPCA, se mostrou um caminho sem volta especialmente após o resultado do IGP-M de maio passado, no qual o acumulado de 12 meses bateu os 37%.
O valor convidativo dos FIIs em dezembro fez a procura por investimentos disparar. Com descontos na faixa de 20%, a compra acelerou e representou um salto de 8,8% no Ifix, o Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários.
No Imobi Aluguel desta semana revelamos que imobiliárias, corretores e consumidores de todo o Brasil terão à disposição, ainda neste começo de 2022, um novo portal de anúncios de imóveis. Ele será gratuito, com abrangência nacional e sem fins lucrativos. Conversamos com o responsável pela implantação do website sobre suas funcionalidades e os desafios para a geração de tráfego – e leads – mesmo sem grandes recursos de marketing.
Para saber mais, assine o Imobi Aluguel, primeiro e único conteúdo do mercado imobiliário brasileiro dedicado exclusivamente à locação. O conteúdo é publicado semanalmente e produzido com a expertise dos especialistas do Imobi Report.
Techs
No apagar das luzes de 2021, duas aquisições chamaram a atenção do mercado imobiliário brasileiro. A Loft anunciou a compra do portal 123i e o QuintoAndar comunicou a aquisição das operações imobiliárias do grupo Navent, dono de diversos players latinos e, entre eles, o portal Imovelweb.
Rodrigo Werneck, CEO da CUPOLA, publicou um artigo no Imobi Report explicando como as duas aquisições sinalizam um passo importante dos unicórnios: a busca pela geração de leads.
A Cinco Incubadora abriu inscrições para o 4º batch do FUNDAÇÃO, programa de pré-incubação da aceleradora com foco em novos negócios. Serão 4 semanas de conteúdo online e gratuito que têm como intuito qualificar as startups para incubação na Cinco. Não é necessário ter um MVP, mas é pré-requisito que o negócio seja dedicado à construção civil ou mercado imobiliário, e que envolva uso de tecnologia. As inscrições vão até o dia 31 de janeiro e estão abertas no site.
Em Miami, um imóvel será vendido presencialmente e “virtualmente”. A One Sotheby’s International Realty, em parceria com a Voxel Architects e Gabe Sierra, desenvolveu uma mansão “MetaReal”. Ou seja, a oferta inclui uma casa no mundo real e uma versão virtual, dentro do metaverso The Sandbox. O imóvel físico será construído em um terreno de 4 mil m², com sete quartos e nove banheiros. Já a propriedade virtual deverá refletir exatamente a mesma casa. Para o fundador da Meta Residence, Sierra, “a versão virtual da casa no metaverso servirá como uma extensão do imóvel do mundo real, permitindo ao comprador hospedar reuniões, eventos e festas em casa com convidados de todo o mundo”. Ambas serão leiloadas ainda neste ano.
O metaverso será tema quente neste ano. A BBC traz um artigo analisando porque as pessoas consideram vantajoso investir nesse novo “cenário”. Destacamos: “Embora a propriedade virtual não forneça abrigo físico, existem alguns paralelos. Ao comprar um imóvel virtual, você pode comprar um terreno para construir. Ou você pode escolher uma casa já construída de que goste. Você pode decorá-la com vários objetos (digitais). Você pode convidar pessoas e visitar as casas virtuais de outros também. Essa visão está um pouco distante. Mas se isso tudo parece completamente absurdo, devemos lembrar que antigamente as pessoas tinham dúvidas sobre o significado potencial da internet. Os tecnólogos preveem que o metaverso amadurecerá e se tornará uma economia totalmente funcional nos próximos anos, proporcionando uma experiência digital em sincronia e tão entrelaçada em nossas vidas quanto o e-mail e as redes sociais estão agora”.
Estamos de olho
Selic e juros elevados, preço alto dos insumos, inflação nos aluguéis, unicórnios e metaverso: esses foram só alguns dos temas tratados nesta edição, que você acaba de ler. E também serão alguns dos temas abordados no ICXP, evento exclusivo do Imobi Report. O ICXP é a primeira conferência nacional promovida pelo Imobi e que se propõe a reunir todas as tribos do mercado imobiliário: corretores, líderes de imobiliárias e incorporadoras, fornecedores, investidores e players de tecnologia. Palestras, painéis, feira de negócios e muito networking te esperam em março, em Curitiba. Aproveite a oportunidade de abrir o primeiro trimestre de 2022 com chave de ouro. Garanta seu ingresso.
Na Forbes, o corretor Ryan Serhant lista 5 lições que aprendeu em 2021. A primeira é que bons corretores de imóveis não “esperam” um bom mercado – eles o criam. Em segundo lugar, invista em branding e faça da sua marca, sua primeira ferramenta. O terceiro ponto foi aprender a delegar; em quarto lugar, entenda que um “não” agora, pode significar um “sim” depois, quando o atendimento é bem-feito e seu cliente se sente mais seguro para fechar aquela compra. Por fim, não pare de investir: “invista todos os anos em branding, marketing, aplicativos, cursos, expandindo sua equipe e talvez até mesmo começando sua própria imobiliária. Continue canalizando seu excesso de renda de volta para o negócio, se quiser vê-lo crescer”. Na íntegra, em inglês.
Já que a bola do alto padrão foi levantada pela presença de Ryan Serhant em nossa newsletter, vamos falar de algo que faz a cabeça dos clientes mais exigentes: o wellness, que é o bem-estar. Este tema deixou de ser tendência e é uma realidade no alto padrão, segmento em que a qualidade de vida é uma prioridade. É por isso que a busca por diferenciais de wellness vai de vento em popa – a procura por imóveis com selo de construção saudável disparou no ano passado. Na edição desta semana do Imobi Alto Padrão, você descobre como tangibilizar o bem-estar para alavancar negócios.
Para acessar este conteúdo e também conferir as quatro primeiras edições do Imobi Alto Padrão, clique aqui.
Em tempos de home office, o locatário que trabalha num imóvel residencial pode, de alguma forma, infringir o contrato de locação? Em seu artigo para o Imobi, Jacques Bushatsky faz uma análise do termo residir e os significados que ele recebe nos dias de hoje – detalhando que, no novo morar, vamos muito além do “dormir e descansar”.
E a décima edição do ranking Great Place to Work teve entre seus destaques a Agência CUPOLA, que é a casa do Imobi Report. A CUPOLA ficou em primeiro lugar na relação de médias empresas entre as melhores agências de comunicação para se trabalhar no Brasil. “Nosso negócio é humano intensivo. A gente entendeu que o que as pessoas queriam era um projeto de carreira, perspectivas de desenvolvimento, reconhecimento, respeito e serem ouvidas”, afirma Rodrigo Werneck, CEO da CUPOLA.
Tudo certo! Continue acompanhando os nossos conteúdos.
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