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500 construtechs e proptechs do mercado imobiliário brasileiro

Quando em um evento sobre digital, expressões em inglês são váriasBlockchain, omnichannel, leads, iBuyer, artificial intelligence, startups, mindfullness. Essas foram só algumas das palavras e expressões gringas que ouvimos no Expo Fórum Digitalks 2019, cujo conceito era we’re under construction (ou estamos em construção, em tradução livre). O evento, que celebrou 10 edições, trouxe pela primeira vez o palco Digital Real Estate Brazil, que debateu a digitalização do nosso mercado.

iBuyer é tendência e está chegando no Brasil. O Baguete fez um resumo sobre o que é preciso saber sobre o assunto e qual o principal player no cenário brasileiro, segundo o portal, atualmente: a Loft.

O sistema de blockchain e as criptomoedas estão em expansão. Havia, inclusive, outros dois palcos exclusivos para discutir os temas e suas aplicações. A startup Lunes, por exemplo, lançou a plataforma de blockchain Truth. Com validade jurídica, dá a possibilidade de assinatura e armazenamento de documentos digitais para pessoas físicas e empresas.

A velocidade das mudanças nos hábitos de consumo faz com que as relações entre players mude. Concorrentes tornam-se parceiros. Negócios aparentemente não relacionados passam a ser concorrentes (hi, Amazon!). Fornecedores viram clientes e, enquanto isso, construtechs proptechs estão aí para desenvolver tecnologias disruptivas que podem ser agregadas para dentro dos mais diferentes negócios. Inclusive, a Terrace Ventures, aceleradora de construtechs e proptechs, produziu um mapa com 500 startups nacionais da construção civil e mercado imobiliário. Vale o clique.

O cliente segue mais exigente e user experience é lei. É preciso um bom atendimento, ágil e que se enquadre nas demandas da pessoa. Explorar a digitalização vai além de conversas por WhatsApp, passando por tours digitais 360º, novas formas de financiamento e assinatura de documentos virtual. 

O mercado imobiliário e a construção civil, setores ainda marcados pelo conservadorismo, devem se atualizar e abraçar a tecnologia, a digitalização e a inovação. Além disso, sugerimos melhorar o inglês ASAP – as soon as possible. Uma dica é o Duolingo, app que facilita o aprendizado do Inglês, largamente usado no Brasil. Entre o público AA, em algumas cidades brasileiras, chega a ser tão utilizado quanto o Uber.

TRENDS

A Box Office é uma sala de reunião em um caixa móvel. Com Wi-Fi, sofás e ar-condicionado, as salas estão espalhadas por shoppings e centros comerciais de São Paulo. Para utilizar, o usuário deve baixar um app, reservar e pagar um valor variável conforme o tempo de uso.

A LGPD não entrou em vigor ainda, mas o cuidado com dados pessoais de clientes já é pauta em tribunais. Uma juíza de São Paulo puniu e determinou que a Cyrela não pode repassar dados de seus clientes para terceiros sem que sejam autorizados previamente.

Millennials são a geração mais disposta a pagar mais por itens de sustentabilidade em suas residências. É isso que aponta a pesquisa de vida sustentável da AMLI. Porém, segundo uma pesquisa da RENTCafé, apesar de aceitarem pagar mais, edifícios sustentáveis ainda saem do orçamento da maioria dos interessados. 

Como as mudanças climáticas podem afetar o mercado imobiliário? É esta pergunta que algumas companhias estão fazendo mundo afora. É preciso levar em consideração o aumento do nível do mar em cidades litorâneas, além de ciclones e terremotos, mudanças de temperatura drásticas que exigem conforto térmico, entre outros fatores que deverão afetar o clima e o mercado imobiliário nos próximos anos.

A Folha lançou o próprio buscador de imóveis novos à venda. Por enquanto, são imóveis localizados em São Paulo e região metropolitana. Este não é o primeiro veículo tradicional de imprensa a mirar o imobiliário. Aqui no Imobi, já falamos sobre o Jornal Extra, que lançou um assistente virtual de compras de imóveis, e o Estadão, com a plataforma Seu Imóvel, ambos lançados em maio.

Para ouvir: o episódio mais recente do Imobi Cast, podcast do Grupo ZAP, com a participação de Rodrigo Werneck, CEO da CUPOLA, já está disponível no Spotify e na Apple.

CONSTRUÇÃO CIVIL

Julho de 2019 foi o melhor mês para a construção civil dos últimos seis anos, segundo a CNI, que avaliou o nível de atividade e empregabilidade. Apesar disso, o setor acumula 20 trimestres de queda. Desde o 1º trimestre de 2014, a construção civil já encolheu 31%, de acordo com dados da FGV.

A inflação da construção civil recuou 0,34% em agosto, taxa menor comparada a julho, que foi de 0,91%. Os dados também são da FGV.

O governo brasileiro está avaliando a possibilidade de oferecer taxas menores para financiamentos pelo programa Minha Casa Minha Vida. A mudança seria para as famílias com renda bruta de R$ 7 mil.

Falando no MCMV, obras de 1,9 mil imóveis no Espírito Santo podem parar devido ao atraso no repasse de R$ 13 milhões para as construtoras do Estado.

VENDAS

A CAIXA pretende lançar uma nova linha de crédito até o fim do Governo Bolsonaro. “Da mesma maneira que estamos oferecendo (linha de crédito com correção por) TR e IPCA, o objetivo é até o final do governo, daqui três anos e meio, mudar e oferecer uma taxa sem correção nenhuma”, disse Pedro Guimarães, presidente do banco, para o EXTRA.

Em entrevista para o Jornal da Manhã, o presidente do Secovi, Basílio Jafet, comentou sobre o novo crédito imobiliário indexado pelo IPCA. Por enquanto, a modalidade vale apenas para novos contratos, mas se os bancos privados aderirem, existe a possibilidade de fazer portabilidade. “Se isso acontecer, vai gerar uma competitividade boa. É um mercado colocando oportunidades para todos. Nos EUA a portabilidade é comum e qualquer baixa de juros causa uma tremenda movimentação no mercado imobiliário”, completa.

Cresceu 22,9% a venda de imóveis residenciais no segundo trimestre de 2019, comparado ao primeiro trimestre do ano. Em relação ao mesmo período de 2018, o aumento foi de 16%. Os dados são da CBIC, que mostra também um aumento de 11,8% no número de lançamentos.

A pesquisa feita pelo Índice FipeZap Comercial mostra que, em julho, caiu 0,3% o valor médio de venda dos imóveis comerciais. Em 12 meses, a queda foi de 2,99%.

No Rio de Janeiro, um de cada cinco contratos de venda de imóvel não é fechado por erros na documentação. Confira a matéria completa no O Globo.

E na Bahia, o consórcio imobiliário responde por 26% das vendas de imóveis. A taxa é levemente superior à média nacional, que é de 24,1%. Os dados são da Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio (Abac).

INVESTIMENTO

“Se tiver interesse na compra, compre agora, porque está barato”, afirma Ricardo Teixeira, coordenador do MBA de gestão financeira da FGV para a InfoMoney. A apreensão do analista é de que as incorporadoras possam aumentar o valor dos imóveis, com a expectativa de retomada da economia. Para Marcelo Hannud, especialista imobiliário da XP, é baixa a probabilidade de isso acontecer. “O incorporador já sabe que, se especular, no fim, vai sobrar estoque e ele vai ter que vender com desconto, até abaixo do preço de custo”.

A Urbe.me, plataforma de crowdfunding em imóveis, começou a pagar os lucros de seu primeiro empreendimento com rodada completa de investimentos. Com as obras iniciadas em 2016, investidores tiveram lucros equivalentes a 18,7% ao ano.

Uma pesquisa do GRI com investidores de FIIs apontou o otimismo dos investidores: 86,5% dos participantes acreditam que os fundos imobiliários deverão ter um melhor desempenho nos próximos meses.

A BitPay, gerenciadora de pagamentos em criptomoedas americanas, dobrou seu faturamento relacionado ao mercado imobiliário em relação a 2018. Só neste ano, já foram mais de 5 milhões de dólares.

MUNDO

Nos Estados Unidos, a venda de imóveis usados em julho teve um aumento de 2,5% comparado ao mês anterior. Em compensação, as vendas de lançamentos caíram 12,8% no período.

O portal imobiliário chinês Juwai fechou várias parcerias com empresas dos EUA para disponibilizar empreendimentos para chineses interessados em investir no mercado americano.

Além de congelar os aluguéis por cinco anos, Berlim está avaliando impor teto nos valores de locação por metro quadrado. Os valores propostos mudam por região e idade do imóvel, mas não passam de 7,97 euros.

Colecionar casas onde seus ídolos moraram: este é o novo hobby de fãs milionários. A Rolling Stone conta a história de pessoas que, depois de comprar roupas e instrumentos tocados por seu ídolos, compram propriedades onde eles moraram. Apesar da tendência, o rancho Neverland, de Michael Jackson, já desvalorizou mais de 70 milhões de dólares desde que foi colocado à venda – e ainda não foi adquirido.

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