[257] Ricardo Martins deixa a My Broker

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Na última semana, nenhuma notícia gerou mais repercussão nas redes sociais do mercado do que o anúncio da saída de Ricardo Martins do quadro de sócios da My Broker. Se você está lendo isso e vive neste planeta, com certeza sabe quem é ou ao menos foi impactado por um vídeo de Ricardo Martins nas redes sociais.

Ricardo Martins é um fenômeno. Soube como poucos surfar a onda das redes, foi pioneiro no uso do Tik Tok e criou um estilo próprio copiado por milhares de corretores brasileiros. Um projeto que nasceu com um objetivo claro: ganhar maior participação acionária na My Broker, imobiliária com sede em Goiânia que viu em Ricardo a voz e o rosto capazes de suportar o projeto ousado de desenvolvimento de corretores e crescimento exponencial da empresa.

O anúncio, feito a partir de vídeo previamente gravado e com roteiro milimetricamente calculado, indica que a decisão não vem de agora. O vídeo é apresentado por Ronaldo Dantas, fundador da My Broker. Se Ricardo era a voz, Ronaldo é o cérebro da imobiliária. Líder de uma operação com números que impressionam. A My Broker foi fundada há 14 anos, e nos últimos oito viu seu volume de vendas crescer mais de 6.000%. Em 2023, buscou e conquistou a meta de um imóvel vendido por hora. Em 2024, a expectativa é gerar não um, mas quatro bilhões de reais em VGV.

Desde que se tornou o rosto mais conhecido entre os corretores de imóveis, Ricardo seguiu rumo comum a outros influenciadores: passou a oferecer cursos, ministrar treinamentos e participar de eventos. Isso em meio a uma rotina já bastante consumida pela demanda de produção de conteúdo e presença digital, para manter o pace num algoritmo cada vez mais voraz. Dedicação de tempo, energia e imagem que cobra o seu preço.

Para saber mais sobre este movimento, fique de olho no Imobi Report. Um conteúdo especial vai trazer outros exemplos de corretores influenciadores que pivotaram suas carreiras e o que isso tudo indica para as imobiliárias e para o marketing de influência.

Vendas e Locação

Millennials compõem a geração mais rica da história e casa própria segue sendo um desejo. O “Relatório Anual de Riqueza”, produzido pela consultora imobiliária global Knight Frank, afirma que os millennials – geração de pessoas nascidas entre 1981 e 1996, devem herdar, na próxima década, US$ 90 trilhões em propriedades e ações de familiares. O desafio das imobiliárias é manter-se conectada a este público, em geral, filhos e netos de clientes tradicionais na administração de imóveis. A casa própria segue sendo um foco nos gastos para essa geração, que foi afetada pela crise financeira de 2008 e pela diminuição do poder de compra. Outra tendência apresentada pelo relatório é que os millennials mantêm grande preocupação com questões relacionadas à mudança climática, o que também deve afetar a forma como esse grupo fará seus investimentos.

O trabalho não vem em primeiro lugar. Um debate recorrente sobre essa geração é a forma como encaram o mercado de trabalho. Eles preferem, por exemplo, viajar a ascender na carreira. Além disso, não são tão engajados no ambiente profissional como outras gerações. Recentemente, tem sido utilizado o termo “quiet ambition” (em tradução livre, ambição tranquila), para refletir a rejeição desse grupo à liderança e também à sucessão empresarial. 

Moradias sociais como potencial de investimento. Um decreto da Prefeitura de São Paulo esclareceu as condições para compra, venda e locação das moradias sociais. As unidades podem ser adquiridas e comercializadas por qualquer faixa de renda, mas apenas famílias em situação de vulnerabilidade poderão habitá-las. Além da definição em SP, o Governo Federal, através do Programa Imóvel da Gente, pretende ampliar o repasse de imóveis da união para habitações sociais.

Empresários atribuem resultados positivos de 2023 ao MCMV. O Indicador de Confiança do Setor Imobiliário Residencial, realizado pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias, em parceria com a Deloitte, sugere que Minha Casa, Minha Vida foi o principal responsável pelo aumento nas vendas. A perspectiva para 2024 segue positiva, com possibilidade de ampliação do MCMV para rendas de até R$ 8 mil e liberação do FGTS futuro para compra da casa própria.

A documentação imobiliária é tema relevante, desde a captação até a venda de um imóvel. Esse será o tema da live do Imobi Report de março, que acontece no próximo dia 27, às 11h, com participação de Arthur Thomazi, advogado especialista em Direito Imobiliário, e José Marques, diretor comercial da 61 Imóveis. Nesta semana, também será promovida uma live no canal da CUPOLA no Youtube: “Como Decolar a Estratégia de Parcerias em Lançamentos”. O evento online acontece na quinta-feira (14), às 19h. No bate-papo, Rodrigo  Werneck e Sérgio Langer irão receber dois mentores do Gestão de Vendas e Lançamentos, Felipe Santos, diretor da EBM, e Waldir Chinasso, fundador da Imóveis de Primeira.

CUPOLA Summit. Elisa Rosenthal, diretora do Instituto Mulheres no Imobiliário, e Guilherme Diamante, CEO da SQUAD Realty, confirmaram presença na 3ª edição do CUPOLA Summit, que acontece entre os dias 17 e 18 de maio. No próximo dia 15 (sexta-feira), haverá a divulgação da lista completa dos palestrantes no site do evento. E no dia 4 de abril, às 10h30, será realizada a tradicional live de aquecimento. Reserve a data! 

Formação de corretores. A CUPOLA e o Ibrep estão conduzindo uma pesquisa inédita sobre a formação contínua de corretores no Brasil. O levantamento tem o objetivo de mapear as qualificações oferecidas, identificar carências e compreender o processo de desenvolvimento desses profissionais. A pesquisa é anônima e leva apenas 8 minutos. Participe!

• Em Curitiba, imóveis de alto padrão batem recordes de vendas.
• O potencial das redes sociais na divulgação de imóveis.
• Número de corretores segue em expansão no Paraná

Construção e Incorporação

Ranking INTEC 2024 destaca as maiores construtoras do Brasil. A lista é liderada por Direcional, Pacaembu e Construtora JL. O levantamento deste ano também mostrou um crescimento significativo na área construída em relação a 2023. Foram contabilizados 55.696.187 m² de construção, um aumento de 15,34% na comparação com 2023. Cerca de 70% do volume construído são referentes às obras do programa Minha Casa Minha Vida. Entre os fatores que contribuíram para essa expansão estão a redução dos juros e, consequentemente, das taxas para financiamento imobiliário, a melhora no cenário econômica.

Em São Paulo, pedreiros desistem da profissão. Esses profissionais da construção civil estão insatisfeitos com as condições de trabalho, como a necessidade de acordar muito cedo e as intempéries climáticas a que estão sujeitos. Embora não existam números exatos sobre um déficit no número de pedreiros, dados do Caged mostram uma tendência de retração na construção civil. Em 2010, os trabalhadores na área eram 3,2 milhões. Atualmente, são 2,6 milhões, quase 19% a menos. Especialistas afirmam que os mais jovens não estão interessados no setor e que é necessário buscar soluções que incentivem a atratividade e permanência na área, sob risco de aumento ainda mais expressivo nos custos de construção.

Enquanto o setor de construção civil enfrenta desafios na contratação de mão de obra qualificada, a participação feminina ganha destaque na área, ocupando as mais variadas funções, da alta gestão ao canteiro de obras. Na semana do Dia da Mulher, reportagens também mostram como elas têm ampliado presença em posições de comando no setor imobiliário, trazendo uma nova visão ao mercado.

Receita Federal atualiza regras para tributação em incorporações imobiliárias. Uma nova instrução normativa, divulgada no Diário Oficial da União, trata do Regime Especial de Tributação de Incorporações Imobiliárias (RET-Incorporação). Sob as novas regras, empresas que aderirem ao RET-Incorporação terão uma tributação mensal de 4% sobre as receitas mensais recebidas, consolidando o pagamento unificado de IRPJ, CSLL, PIS/Pasep e Cofins. Em paralelo, a recente Lei nº 14.711, conhecida como Marco Legal das Garantias, introduz alterações significativas nas transações financeiras do mercado imobiliário. A legislação simplifica procedimentos para retomada de garantias em casos de inadimplência.

• CUB em SP atinge R$ 1.959,87, com alta de 2,47% em 12 meses
• Primeiro edifício comercial convertido em residencial no Centro do RJ inicia vendas em abril
• Enquanto as ações da MRV caem após divulgação do balanço do quarto trimestre de 2023, outras construtoras prometem apresentar números animadores

Techs

Modo Avião. Na edição desta semana do podcast, Rodrigo Werneck, CEO da CUPOLA, recebe Gustavo Zanotto, co-host da plataforma de conteúdo Proptalks. Eles falaram sobre os caminhos que a inteligência artificial pode abrir para as imobiliárias. 

Parcerias. A Loft firmou uma parceria comercial com a Zimmermann – uma das líderes do setor imobiliário na capital paulista. A imobiliária, que atua com compra e venda em 30 regiões da Zona Oeste e Zona Sul de São Paulo, aderiu ao Portfólio Único Compartilhado, solução da Loft para oferta de imóveis para venda com exclusividade. 

Inovação contra a inadimplência condominial. O aumento expressivo das dívidas de condomínio tem sido um desafio para síndicos, proprietários e imobiliárias. Em resposta a essa crescente preocupação, a TikPag lançou uma plataforma para facilitar o parcelamento dos débitos, em até 21 vezes.

Em Florianópolis, a startup Seazone, especializada na gestão de imóveis voltados para estadias de curta duração, alcançou crescimento de 100% ao ano desde 2020. A empresa, que faturou R$ 21 milhões em 2022, reforma e administra apartamentos para locação na plataforma Airbnb. Planejando manter o ritmo de expansão, a Seazone concentra esforços em mercados de alta demanda por estadia temporárias.

• Amazon vende casas de R$ 100 mil
• Empresa de aluguel por assinatura registra faturamento de quase R$ 300 mi

Mundo

Demandas ecológicas movimentam o mercado imobiliário. Em reunião da ONU, na França, cerca de 70 países concordaram em desenvolver modelos de construção com baixo impacto ambiental e resistentes a eventos climáticos. O Brasil figura na quarta posição no ranking mundial de construções verdes, conceito da engenharia que busca minimizar danos ambientais durante todo o ciclo de vida do imóvel.

Pirâmides do Egito sob ameaça do desenvolvimento urbano? Crescimento populacional e projetos imobiliários estão promovendo um choque entre a necessidade de progresso e a preservação da história. Enquanto lida com as pressões, o governo local planeja a construção de nova cidade administrativa em pleno deserto.

Ações do New York Community Bancorp (NYCB) caem, sob influência do setor imobiliário.  Os papeis diminuíram mais de 40%, como consequência das vulnerabilidades do setor imobiliário norte-americano, já alertadas por Jerome Powell, presidente do Federal Reserve. 

• Conheça a casa de R$ 5 bilhões.
• Novo projeto de construção futurista na Árabia Saudita

Estamos de olho

Bradesco anuncia novo crédito imobiliário. O modelo é destinado para construtoras com certificação ambiental. Intitulado Plano Empresário Sustentável, a intenção é promover o fomento a empreendimentos verdes.

O Agronegócio impulsiona o mercado imobiliário no Mato Grosso. A demanda crescente por propriedades residenciais e comerciais contrasta com a baixa oferta de imóveis, gerando um cenário de preços em constante elevação. Segundo Marcos Pessoz, do Secovi-MT, essas características tornam o estado competitivo para investidores do setor.

Fundo imobiliário planeja captação bilionária. Com R$ 140 bilhões sob gestão, a Kinea Investimentos anunciou a sexta emissão de cotas do Kinea High Yield CRI (KNHY11), fundo imobiliário dedicado a operações de financiamento imobiliário através de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs). A oferta inicial é de R$ 795 milhões, mas há potencial para atingir R$ 1 bilhão.