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[243] Imobiliário copia o varejo e vai se rendendo à Black Friday

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A Black Friday, que acontece nessa semana, é muito atrelada ao varejo e parte do mercado imobiliário entende que a abordagem ainda não vingou plenamente no setor. Os “descontos black”, porém, têm sim apelo em parte do público consumidor de imóveis e muita gente está faturando com a data dentro do segmento.

O cliente em geral está mais disposto a abrir o bolso nesta data: 75% dos consumidores possuem intenção de comprar na Black Friday, segundo pesquisa da MField, especializada em marketing de influência. Enquanto isso, 62% dos varejistas esperam vender mais do que na campanha do ano passado.

Entre as imobiliárias que embarcam com sucesso nessa onda está a JBA, de Curitiba, que fez sua primeira campanha em 2019 e teve incremento de 8% no faturamento, em comparação com o período de atividades normais. Em 2023, com vantagens na compra e na locação, a expectativa da empresa é de faturar 15% a mais. 

Outros bons exemplos de campanhas da Black Friday imobiliária são os da sergipana Cohab Premium, que anunciou descontos de até 40% e o pagamento de contas como água, luz e IPTU; e o da gaúcha Guarida, que oferece cupons, descontos de até 50% ou até 2 meses de aluguel gratuito. E não para por aí: muitas incorporadoras, construtoras e proptechs também apostam fichas na data.

“Descontos são sempre bem-vindos para os clientes. Atraem e motivam novos compradores a aproveitarem as ofertas e investirem na aquisição pretendida que, muitas vezes, é adiada”, resume o CEO da JBA, Ilso Gonçalves. Como é a abordagem da sua empresa e como estão os negócios em sua praça?

No Imobi Report, confira um conteúdo sobre um nicho que tem ofertas de sobra na Black Friday: os imóveis de leilão. Eles chamam atenção pelos preços e pela oportunidade de lucrar, porém, assim como alguns descontos de black que vemos por aí, é preciso ficar atento e pesquisar se de fato são atrativos. Conheça as oportunidades que estão rolando e as dicas de um especialista para entender melhor esse segmento.

Vendas e Locação

IPCA e IGP-M comendo poeira. A alta do aluguel no Brasil chegou a 16% em 12 meses, com destaque, entre as capitais, para Goiânia (35,15%), Florianópolis (29,45%) e Rio de Janeiro (20,06%). Em rentabilidade de aluguel, estão no topo Santos (SP), Praia Grande (SP) e Recife (PE).

Em São Paulo, a locação registrou recorde de alta. No bairro da Lapa, a valorização superou os 33%, de acordo com dados do QuintoAndar. Na Faria Lima, que é um universo à parte, há escritórios anunciados por R$ 400 o metro quadrado.

Porém, há margem disponível para barganha na capital paulista. A diferença entre o preço anunciado e o valor de fechamento foi de 17,37% entre outubro e novembro, segundo dados do Índice Preço Real EXAME-Loft. 

Os desafios e oportunidades do mercado imobiliário brasileiro e as tendências imperdíveis do cenário internacional são os temas da conversa entre Rodrigo Werneck, CEO e estrategista-chefe da CUPOLA, e Gustavo Favaron, CEO do 8 Capital Group, no podcast Modo Avião. A holding tem em seu portfólio o GRI Club, comunidade imobiliária que reúne executivos de mais de 100 países. Favaron mostra como o cenário global deve afetar o setor imobiliário em nosso país.

Mesmo com a queda da taxa de juros, alguns desafios permanecem de pé. Afinal, a trajetória de redução demora um pouco para chegar ao financiamento de imóveis, o que costuma provocar questionamentos por parte de clientes. Pode haver reação negativa especialmente na hora de realizar simulações.

Para o corretor ter alta performance no atendimento e encaminhar o fechamento de negócios, é preciso clareza sobre todo o leque de informações do imóvel, mas com foco no que é realmente mais importante. Confira no Imobi Report quatro características que podem mudar o jogo na hora de fechar uma compra.

Imobi Aluguel desta semana aborda os impactos esperados com a reforma tributária sobre a atividade de locação de imóveis e discute o regime de tributação mais apropriado neste momento. Já o Imobi Vendas traz um “guia” com tudo o que o corretor precisa saber sobre a permuta no mercado imobiliário, após um aprofundado bate-papo com advogados especialistas.

Construção e Incorporação

As incorporadoras do segmento econômico foram mais uma vez o destaque da temporada de balanços, que se encerrou na última semana. Para Ygor Altero, analista da XP, Cury e Direcional foram as empresas que chamaram mais a atenção por conseguirem elevar margem, especialmente a REF (margem das obras em andamento).

Apesar da alta nas vendas, o lucro encolheu para boa parte das envolvidas. As nove maiores incorporadoras do segmento que já divulgaram seus balanços (Cyrela, Eztec, Gafisa, Helbor, Lavvi, Mitre, Moura Dubeux, Trisul e Tecnisa) tiveram lucro conjunto de R$ 365,7 milhões no terceiro trimestre de 2023, o que representa queda de 16% em relação ao mesmo período de 2022.

VGV da construção avança, registrando crescimento de 5,47% no terceiro trimestre de 2023, na comparação com igual período de 2022. O total corresponde à soma de R$ 7 bilhões. Outro indicador positivo para o setor foi a queda de 36,68% nos distratos. 

Nem tudo são flores. Por outro lado, o setor enfrenta falta de mão de obra qualificada, especialmente de mestres de obra, pedreiros, eletricistas, carpinteiros e engenheiros. O problema atinge 7 a cada 10 construtoras. Se em 2010 a construção civil tinha 3,2 milhões de empregados diretos no país e mais de 10 milhões em toda a cadeia, hoje, mesmo em um momento de alta demanda, conta com 2,7 milhões de trabalhadores. 

A cerca de 100 km da capital paulista, condomínios atraem uma clientela interessada em se desconectar da cidade grande e se aproximar da natureza. Mas o luxo tem seu preço. As casas chegam a custar até R$ 300 milhões e há terrenos de até R$ 5 mil o m2, conforme levantamento da MBRAS. Esses refúgios, localizados em cidades como Porto Feliz, Itupeva e Itu, ganharam destaque na pandemia.

Techs

Na última semana, a WeWork anunciou pedido de recuperação judicial nos EUA. A empresa, que já chegou a ser avaliada por US$ 47 bilhões, agora é negociada por menos de US$ 100 milhões. Alguém intimamente ligado à empresa, no entanto, não sofreu com essa queda: Adam Neumann, fundador e ex-CEO da WeWork. Confira também no Imobi Report as lições que o assunto pode ensinar ao mercado. 

A CondoConta, fintech que se propõe a ser um banco digital para quem administra condomínios, acaba de levantar R$ 72,3 milhões em uma rodada série A. A captação foi responsável por satisfazer um desejo dos fundadores de incluir na base de acionistas nomes que tivessem o setor imobiliário no DNA: a Syn, que nasceu da Cyrela, de Elie Horn, e a TerraCotta Ventures.

O Airbnb anunciou que adquiriu a GamePlanner.AI, uma startup de 12 pessoas, por uma quantia não divulgada, em meio à rápida adoção de inteligência artificial. A GamePlanner.AI foi co-fundada por Adam Cheyer, que também foi um dos fundadores da assistente de voz Siri, da Apple.

Empoderamento das mulheres. Junto com o reposicionamento estratégico, a Apê11, marca do Santander no mercado imobiliário, está atuando para impulsionar o empreendedorismo feminino num setor com tradicional presença masculina. Confira mais detalhes no Imobi Report

Mundo

O bairro mais legal do mundo existe e fica em Medellín, na Colômbia. Pelo menos é o que diz o ranking da empresa Time Out, que entrevistou 12 mil pessoas e estabeleceu a lista. Além da cena cultural, a proximidade com a natureza e atividades ligadas ao bem-estar fazem a diferença em favor de Laureles, bairro construído por operários e que hoje abriga a vida noturna de Medellín. 

A China pretende fornecer pelo menos 1 trilhão de yuans (US$ 137 bilhões) de financiamento de baixo custo para projetos de urbanização e programas de moradia popular. O Banco Popular da China injetaria os fundos por meio de bancos públicos. 

Estamos de olho

Chegou a hora das casas tokenizadas. A startup Ribus anunciou o lançamento do primeiro condomínio tokenizado de casas multipropriedade no Brasil. As casas do condomínio Viverde, no Rio de Janeiro, poderão ser compradas inteiras da forma tradicional ou por mês de uso no ano, na forma de tokens.

E de dar adeus ao papel. O presidente da Caixa, Carlos Vieira, afirmou à Exame que uma das metas de sua gestão será conceder crédito habitacional de maneira digital, sem a necessidade de apresentação de papéis nas agências. Segundo ele, várias fintechs fazem esse processo de maneira digitalizada e estão em conversa com o banco público.