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[190] Inadimplência bate novo recorde e deixa imobiliário em alerta

Apesar do arrefecimento da inflação e dos juros, um índice que impacta diretamente na operação das imobiliárias não para de subir. A inadimplência geral bateu recorde em outubro e agora atinge 30,3% da população brasileira.

Este é o maior índice da série histórica iniciada em 2010, segundo dados da CNC, Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. Em 12 meses, a alta foi de 4,7 pontos percentuais. Em outubro do ano passado, o total de inadimplentes era de 25,6%.

Imobi Report mostra como a disparada do endividamento afeta a operação de imobiliárias de todo o Brasil. Além de aumentar o risco de não recebimento de aluguéis, a inadimplência atrapalha a aprovação de financiamentos e a contratação de garantias locatícias, impactando negativamente as operações.

Vale ressaltar que o crédito consignado, formato em alta no país, prioriza a segurança dos bancos ao permitir o recebimento direto na fonte de renda do tomador. Sem garantias sólidas em caso de inadimplência, os demais agentes envolvidos neste modelo de negócio ficam de mãos vazias, favorecendo a formação de uma bola de neve.

A falta de pagamento já havia sido assunto no fim de outubro, quando o STJ definiu que o inadimplente não tem direito a reembolso de parcelas do imóvel já pagas antes da perda do bem. Ao mesmo tempo em que é considerada positiva para o mercado imobiliário, a decisão também representa mais um fator de risco para o cliente que vive um cenário de queda na renda.

Por ora, a qualificação dos clientes aprovados é o melhor caminho para manter o caixa das empresas saudável. Algumas seguradoras consultadas pelo Imobi Report relatam que o uso de critérios mais rígidos vem gerando resultados positivos. Por outro lado, a estratégia faz cair ainda mais o percentual de brasileiros com acesso à moradia.

Imobiliárias

Fuja das fake news sobre as novas regras do STF para ordens de remoção e despejos. O Imobi Report conversou com especialistas para explicar o que muda com a volta dos despejos, após um ano e meio de suspensão em virtude da pandemia, e com a instalação das comissões de conflitos fundiários para ocupações coletivas.

Investimento seguro para proteger patrimônio, com tendência de valorização a longo prazo. Confira no Imobi Report alguns hacks de vendas que podem facilitar negociações neste período pós-eleições.

Olha o argumento de venda aí. O preço dos imóveis manteve aceleração e subiu 0,59% em outubro, valor acima da inflação para o período. Os dados são do Índice FipeZap+, que monitora o valor anunciado de imóveis em 50 cidades brasileiras.

Orgulho e euforia para comprar, insegurança financeira para deixar o negócio de lado. Um estudo da Brain ajuda a mostrar como as emoções fazem parte da jornada de compra e venda de imóveis. A pesquisa revela, inclusive, que a ansiedade eleitoral mexeu com os consumidores e desacelerou negócios.

Compradores estão deixando as grandes cidades em busca de conforto e segurança. O movimento ganhou força na pandemia e impulsionou o segmento de condomínios fechados, que também oferecem mais privacidade e contato com a natureza.

O que faz uma imobiliária laboratório? No episódio desta semana do podcast Modo Avião, Rodrigo Werneck, CEO e estrategista-chefe da CUPOLA, entrevista Alice Borges, sócia e consultora na CUPOLAB. Ela compartilha alguns dos aprendizados da imobiliária em seus três anos de existência e os poderosos insights usados para alavancar o resultado dos clientes da CUPOLA.

Caio Lobo, engenheiro e produtor de conteúdo sobre incorporação imobiliária, é o convidado desta semana do Semana Imobi. No podcast, apresentado por Michel do Prado, Lobo fala sobre os impactos da eleição de Lula como presidente do Brasil, o investimento em imóveis e as perspectivas para o mercado imobiliário em 2023.

A disputa entre marketplaces e startups de tecnologia para conquistar as imobiliárias e oferecer diferentes soluções na jornada de locação. As “esteiras digitais” são o tema da semana do podcast Imobi Aluguel, que tem como convidado Guilherme Ribeiro, head nacional da Desenrola e coordenador do grupo de trabalho de Portais Imobiliários do Secovi de São Paulo.

Já o Imobi Aluguel desta semana aborda o uso de dados para aprimorar o atendimento ao cliente da imobiliária. Afinal, mais importante que coletar dados é saber filtrá-los e em seguida usá-los na prática, de preferência para garantir ao consumidor a melhor experiência possível. Clique aqui para assinar a mais importante série sobre locação do mercado imobiliário brasileiro.

O outbound ainda vive? Após nos aprofundarmos sobre a temática para entender como as estratégias de outbound marketing vêm sendo vistas e aplicadas no contexto do mercado imobiliário, trouxemos na edição desta semana do Imobi Vendas os principais insights e argumentos coletados.

O encantamento de clientes e como aplicar isso no dia a dia do mercado imobiliário. Este é o tema do podcast Vem Pra Mesa desta semana, em que Sergio Langer recebe Gabriel Villarreal, especialista em metodologia de excelência Disney. Fazem parte do papo temas como marca, liderança, cultura, atendimento e inovação.

Incorporadoras

A construção civil deve crescer quase o dobro do esperado para o ano. A projeção da CBIC, que era de 3,5% de crescimento em 2022, foi corrigida para 6%. Segundo o órgão, a revisão se deve ao forte ritmo do segundo semestre, impulsionado pela estabilidade no custo dos insumos. Se confirmado o aumento, este será o segundo ano consecutivo de alta superior à economia nacional, o que não acontecia desde 2012/2013. No ano passado, a elevação foi de 9,7%.

A febre dos studios pode estar no fim? Já começam a aparecer na capital paulista os primeiros sinais de descompasso entre a oferta e a demanda por esses imóveis. Segundo levantamento do ZAP+ feito a pedido do Estadão, entre o primeiro trimestre de 2019 (antes da pandemia) e o terceiro trimestre deste ano, a procura para a compra de apartamentos do tipo studio (até 30 m²) e imóveis com um dormitório (até 50 m²) caiu 52%, enquanto a oferta aumentou 55% no mesmo período.

Uma política econômica que permita a redução da taxa Selic, estimule a competição entre fabricantes de matérias-primas e ajude a manter um fluxo regular de investimentos é a demanda da indústria da construção civil para o novo mandato do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Desde a eleição e com a perspectiva de retorno do “Minha Casa, Minha Vida”, os investidores brasileiros não perderam tempo e encheram o carrinho de compras com as ações de construtoras populares.

O outro lado da moeda. Um quinto das construtoras que atuam no Casa Verde e Amarela suspendeu os lançamentos ou saiu do programa do governo federal por não conseguir viabilizar novos projetos, por conta da pressão inflacionária. Havia 791 empresas ligadas às contratações em 2021, montante que recuou para 635 em 2022, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento Regional.

As incorporadoras Patrimar e Performance firmaram um memorando de entendimento para investir, conjuntamente, R$ 350 milhões a R$ 400 milhões na criação de uma empresa de prédios residenciais para locação no Rio de Janeiro. Será a primeira grande operação do tipo na cidade. Em São Paulo, já existem vários pesos-pesados em expansão no segmento.

A pandemia provocou uma mudança no estilo de vida não apenas para os clientes de condomínios fechados de altíssima renda. Segundo loteadores ouvidos pelo Estadão, famílias com renda total a partir de R$ 8 mil e que já tinham imóvel próprio também foram atrás de mais conforto, espaço e contato com o verde. E passaram a buscar um segundo imóvel em locais com infraestrutura de área urbana, mas com elementos rurais, como espaços arborizados e hortas comunitárias.

A maioria das incorporadoras focadas em alto padrão costuma se concentrar nas zonas Sul e Oeste de São Paulo. Em entrevista ao Valor, o sócio da A|W Realty, Cláudio Carvalho, ressalta que a empresa tem planos de sair do óbvio e levar bons produtos de alto padrão às regiões da cidade que têm demanda não atendida. Ele ressalta que há localidades nas zonas Leste e Norte com bom poder aquisitivo e renda per capita alta que, de forma geral, não despertaram o apetite das empresas.

O conceito de ressignificação chegou à arquitetura brasileira. Escritórios renomados investem cada vez mais na incorporação de seus projetos e ampliam a participação no segmento de alto valor agregado. Com arrojados projetos de design, tecnologia, segurança e sustentabilidade, os arquitetos buscam maior protagonismo na transformação urbana e na discussão sobre as novas formas de morar.

No Espírito Santo, os imóveis rendem mais que investimentos tradicionais. Pesquisa divulgada pela Ademi-ES analisou imóveis residenciais nos principais bairros das duas maiores cidades capixabas (Vitória e Vila Velha) nos últimos 10 anos e mostrou valorização imobiliária consistente e superior a aplicações financeiras. Outro destaque fica para o mercado de imóveis de luxo no Estado, que tem registrado alta desde 2020.

Techs

Vem regularização por aí? A Comissão Europeia vai propor um arcabouço legal simples para regular a Airbnb e outras empresas de aluguel de residências para curta temporada, informou a Reuters. De acordo com o projeto, as empresas do setor terão que fornecer dados sobre o uso da plataforma por seus clientes e o número de estadias deles para as autoridades nacionais.

Como monetizar o metaverso? Para Daniela Oliveira, head de inovação da Cyrela, essa foi uma das discussões mais produtivas do Web Summit, um dos maiores festivais de inovação do mundo. A executiva também comenta à Época Negócios temas como a crise do venture capital, o crescimento das cleantechs e as aplicações do blockchain.

Toda incorporadora que procura se modernizar e otimizar resultados para se destacar no mercado precisa de uma boa solução tecnológica para tornar seus processos mais ágeis e assertivos. Para te ajudar nesta questão, o Imobi Report listou 5 dicas na hora de escolher o melhor aplicativo para as suas vendas de imóveis.

Startups nigerianas estão surgindo para fornecer soluções para complicações que há anos envolvem o sistema de aluguel do país. Uma delas é a SmallSmall, que dá aos locatários acesso a pagamentos mensais de aluguel e oferece aos proprietários uma maneira de avaliar os inquilinos, aumentar sua renda e gerenciar propriedades. A plataforma levantou US$ 3 milhões em financiamento inicial.

Mundo

Estouro imobiliário no Brasil? Mapeamento da UBS Global Real Estate mostra que atualmente, pelo menos nove cidades do mundo têm risco iminente de bolha imobiliária. São elas: Toronto, Frankfurt, Zurique, Munique, Hong Kong, Vancouver, Amsterdã, Tel Aviv e Tóquio. São Paulo foi a única cidade brasileira analisada pelo relatório e, apesar do mercado estar valorizado, não há risco iminente de bolha.

O sonho de esquiar nos Alpes está (cada vez) mais caro. Hotéis e apartamentos de férias suíços estão aumentando seus preços em cerca de 5% neste inverno, diante dos custos mais altos de eletricidade, gás e petróleo. Os passes para a prática de esqui também devem subir em valor semelhante.

Que tal morar em apartamentos de bilionários por um preço mais baixo? Um hotel de Manhattan foi recentemente reformado e agora oferece a possibilidade de morar na Billionaire’s Row (Av. dos Bilionários, na tradução literal) sem pagar preços exorbitantes. As vendas dos 99 apartamentos do ONE11 Residences, em NY, começaram em meados de outubro. Os valores variam entre US$ 1,3 milhão a US$ 14 milhões.

Ou em uma lavanderia? Também em Nova York, uma lavanderia antiga foi transformada em um apartamento com aluguel de R$ 9,4 mil. Com cerca de 75 m², o local, recheado de objetos e apetrechos curiosos, ficou conhecido como “o apartamento mais estranho de Nova York” nas redes sociais.

Estamos de Olho

O que esperar dos próximos 4 anos para o imobiliário? Um dos pilares dos governos anteriores do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva foi a habitação popular. Com a volta do petista ao poder, o mercado imobiliário analisa o impacto na atual política de juros e nos programas habitacionais populares. Quanto à Selic, a expectativa para 2023 é decifrar quando o Banco Central passará a reduzir a taxa básica de juros, que estagnou mas segue em patamar elevado.

As empresas de logística e as indústrias ultrapassaram as varejistas de comércio eletrônico como principais demandantes de espaços nos galpões localizados nos eixos de rodovias para armazenagem e distribuição de mercadorias. O fenômeno foi observado pela consultoria imobiliária Newmark e sugere uma inflexão em termos de demanda. A explosão das vendas pela internet nos últimos dois anos e o avanço das varejistas vinham sendo o principal motor para o crescimento do mercado imobiliário de galpões.

Decisões dos tribunais superiores envolvendo o ITBI causam insegurança jurídica em transações imobiliárias. Um exemplo atual é o processo no qual o STJ havia definido a forma de cálculo do ITBI, que sofreu novo revés e agora será remetido para análise do STF. A decisão poderá interferir diretamente nas operações de compra e venda e nos planejamentos sucessórios e patrimoniais envolvendo bens imóveis.

O debate sobre igualdade de gênero vem ganhando força no mercado imobiliário. Algumas construtoras já oferecem programas para incentivar a inclusão de mulheres nos canteiros de obras. Na Tenda, por exemplo, elas já representam 29% do quadro de funcionários em cargos de nível operacional e do alto escalão. Já a TGD, de Porto Alegre, conta com 80% de mulheres no quadro de engenheiros e técnicos.