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[143] A vez dos minis: cresce interesse por pequenos terrenos e imóveis

Com o crescimento das cidades, é natural que os espaços comecem a se esgotar. Apesar de vivermos em um país de proporções continentais, grandes cidades brasileiras já vivem situação de forte adensamento em algumas regiões específicas. Com mais pessoas morando e trabalhando nestes espaços, cresce a demanda local e também acelera a corrida por lotes. Nesta semana, diversas notícias veiculadas pela imprensa abordam o tema

Reportagem do Estadão evidencia a busca por miniterrenos em São Paulo. A capital é uma das principais cidades afetadas por essa situação, em especial nos bairros com infraestrutura de transporte. Guilherme Rezende, diretor da Rezende Empreendimentos, afirma: “não deixamos de fazer projetos de grandes empreendimentos, mas queríamos diversificar. O primeiro motivo de olhar para terrenos menores é diluir os riscos nesse momento pandêmico. Ao invés de fazer um investimento em um único empreendimento de 100 milhões de VGV, temos optado por comprar dois terrenos de 50 milhões de reais”.

Já a Trip traz um conteúdo mais crítico sobre os mini-apartamentos, comparando os pequenos imóveis com aluguéis superfaturados com cortiços de 100 anos atrás.

O fenômeno chegou há poucos anos no Brasil, mas já é bem comum em outros países, especialmente na Ásia. No Japão, por exemplo, a Ikea lançou o protótipo do projeto Tiny Homes: um apartamento de 9,9 metros quadrados que pode ser alugado por apenas 99 ienes (o equivalente a R$ 4,90). O primeiro apartamento foi instalado no distrito de Shinjuku, em Tóquio, região onde os preços de locação estão estimados a partir de 49 mil ienes (cerca de R$ 2,4 mil na cotação atual).

Incorporadoras

A construção civil está apresentando ótimos resultados no PIB de 2021. No terceiro trimestre, o crescimento foi de 3,9% sobre o trimestre anterior e 10,9% comparado ao mesmo período do ano passado. Segundo Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção do FGV Ibre, o resultado aproxima o setor de um crescimento de 8% neste ano. Já para o próximo, a expectativa é um crescimento em torno de 2% no PIB de 2022. 

Na última semana, aconteceu o evento Expectativas do Mercado Imobiliário para 2022, realizado pela consultoria Brain. Entre os participantes, Eduardo Fisher, copresidente da MRV&Co afirmou que pode haver um encolhimento do mercado imobiliário de baixa renda em 2022 e 2023. A falta de demanda não é o problema, mas sim o crédito e a renda da população. Apesar de mais desafiador, Fisher também destacou que a MRV espera crescer no próximo ano, considerando que concorrentes de menor porte deixarão de atuar em um cenário de custos mais pressionados.

Já no final de semana, a Plano&Plano lançou cinco empreendimentos simultaneamente, todos enquadrados no Casa Verde e Amarela. Com 1.600 unidades, somando mais de R$ 360 milhões em VGV, os imóveis estão localizados no centro e nas zonas sul e leste de São Paulo.

Imobiliárias

O IGP-M tirou o pé do acelerador em novembro. A alta ficou em 0,02%, abaixo do esperado pelo mercado. Com isso, a inflação acumulada no período de 12 meses recuou de 21,73% para 17,89%. A CNN usou valores médios para simular as cidades com maior custo de aluguel no Brasil, apontando como top 4 São Paulo, Recife, Brasília e Rio de Janeiro.

Falando em acelerar, a virada do ano está chegando e a correria já tomou conta da rotina de muita gente. Com tanta coisa pra fazer, a compra de uma casa ainda é prioridade? Para 43% dos brasileiros, sim. O percentual, consolidado em pesquisa fechada pelo FipeZap em novembro, é 5 pontos menor do que o do mesmo período do ano passado. O estudo é bem detalhado e traz outros pontos interessantes sobre a percepção do consumidor: a parcela de entrevistados que veem o valor dos imóveis como “altos ou muito altos” saltou de 59% para 74%.

A experiência do cliente nos sites imobiliários vai além do próprio site e está totalmente ligada à imobiliária importar-se com o cliente – ou não se importar. Quem defende essa ideia é Luiz Garcia, diretor executivo da RocketImob, plataforma de marketing, automação e comunicação especializada no mercado imobiliário. Em entrevista ao Imobi, ele comenta o cenário dos sites imobiliários, da transformação digital no setor e a trajetória da RocketImob.

E quais são os atributos mais procurados nos imóveis pelos clientes de locação? Uma pesquisa do Imovelweb mostra que o apartamento com três dormitórios é o queridinho, com destaque em todas as praças pesquisadas.

Quais são os atributos essenciais de um bom consultor de locação? Carla Meggiato e Nayane Régis, recordistas de contratos de aluguel nas imobiliárias Casarão Imóveis e Marc Negócios Imobiliários, respectivamente, revelam no Imobi os segredos de um atendimento eficiente.

Recessão técnica no Brasil e o luxo tá como? Com 129% de aumento no volume de vendas na capital paulista em 2021. Na cidade, 13 edifícios cobram mais de R$ 60 mil por metro quadrado. Outro bom exemplo é Goiânia, que viu o segmento disparar no primeiro semestre. As vendas tiveram alta de 122%.

O mercado de alto padrão seguem aquecido, superando a oscilação da economia. Para qualificar vendas neste mercado, o Imobi Report está promovendo a Jornada do Corretor Alto Padrão. O primeiro conteúdo já está no ar e traz as dicas da corretora Tathiana Sette, que triplicou suas vendas durante a pandemia usando o digital. Inscreva-se e acompanhe os próximos conteúdos, que trarão Ettore Netto, Fernanda Cunha de Athayde, Carolina Gardon e Carlos Ferreirinha.

Passar o bastão de uma geração para outra é um momento delicado na história de uma empresa familiar. A edição dessa semana do Imobi Aluguel mostra os caminhos para uma companhia do setor imobiliário preparar a transição de poder, o que envolve planejamento jurídico, tributário e comercial. Mas, antes de tudo, é preciso diálogo e transparência entre fundador e herdeiros para que o processo seja harmônico e sem traumas. Falamos com empresas especializadas em planejamento sucessório e com imobiliárias que venceram (ou estão vivendo) esse desafio. 

Para assinar o Imobi Aluguel, clique aqui. Você pode experimentar gratuitamente – se não quiser manter o plano, devolvemos o valor. Além dos relatórios semanais sobre o mercado de locação, o assinante também tem acesso a um grupo de WhatsApp exclusivo, criado para debater a gestão do aluguel.

Techs

Com objetivo de atuar em todo o Nordeste brasileiro até 2023, a startup cearense 7Cantos chegou, recentemente, em Salvador (BA). Com mais de 2 mil imóveis cadastrados, a proptech busca desburocratizar o processo de locação de imóveis residenciais de forma online e rápida.

Quem também está explorando novos terrenos é a Creditú, fintech latina de crédito imobiliário. Com operações no Chile, Peru e México, a startup chega ao Brasil após um aporte de R$ 100 milhões pelo Grupo AVLA. O CEO do grupo, Ignacio Álamos, explica: “Chegamos ao mercado brasileiro com o objetivo principal de atender um segmento pouco atendido, como trabalhadores autônomos, vendedores, empresários, jovens etc, seja por não possuírem o valor mínimo de entrada exigido pelos grandes bancos ou por não terem uma renda 100% formal”. Inicialmente as linhas de financiamento oferecidas serão de até 90% do valor do imóvel, com prazo de até 35 anos e taxas a partir de 0,53% + IPCA.

No Rio Grande do Sul, foi inaugurado o Tijolo Innovation Hub, ecossistema dedicado à construção civil e ao mercado imobiliário. À frente do projeto, está a An Lab Brasil, além de 22 empresas mantenedoras, como a Auxiliadora Predial e a ZM Construtora.

Mundo

Se o mercado de luxo está focado em gerar experiências diferenciadas ao cliente, uma cobertura disponível em Chicago abusa e entrega a sensação de tocar o céu. Localizado no 89° andar, o valor do imóvel também está nas alturas: cerca de R$ 169 milhões, a residência mais cara à venda em Illinois.

E o Natal está chegando – terreno fértil para as reprises de filmes que se passam nesta época do ano. De olho nisto, foi colocada à disposição no Airbnb a mansão do filme Esqueceram de Mim, clássico dos anos 1990 estrelado por Macaulay Culkin. Mas se você não é tão fã da época do ano e se identifica mais com o Grinch, a caverna do personagem também pode ser alugada.

Estamos de olho

Após segurar as taxas de juros do financiamento imobiliário pela maior parte do ano, a Caixa se rendeu e, silenciosamente, fez alguns ajustes. A taxa corrigida pela TR aumentou de 7% a 8% ao ano para 8% a 8,99% ao ano. Segundo apuração do Estadão, o ajuste apareceu no site da Caixa a partir de 23 de novembro. A linha atrelada ao IPCA subiu a taxa mínima de 3,55% para 3,95% ao ano. Mas a modalidade de financiamento com taxa fixa foi a que mais avançou, saindo de 8,25% a 9,75% para 9,75% a 10,75% ao ano.

Na última terça, em evento da CBIC, Pedro Guimarães insistiu na tese de que o banco não pretende aumentar os juros nos próximos meses, mesmo se a Selic continuar em alta. “O mercado já precificou uma necessidade de aumento de juros no curto prazo, por isso não esperamos mais aumentos, e a partir de agora a inflação começa a ceder (…) Tivemos que fazer um pequeno ajuste, não dava para cobrar a mesma coisa, mas o impacto foi relativamente pequeno, porque fizemos uma margem menor para a Caixa”, afirmou.

Não importa a cidade em que você mora, é difícil transitar algumas quadras sem ver um outdoor de lançamento imobiliário. Depois de alguns anos focado em mídia digital, o setor retoma sua atenção para a mídia offline e cresce o investimento em mídia out of home. O Imobi Report buscou especialistas para entender que tipo de campanhas funcionam melhor no formato do outdoor, quais são as boas práticas do formato, além de trazer um case da GVI, que fez uso dos outdoors em uma campanha simples, mas criativa e assertiva.

Para ouvir: no Semana Imobi, Michel do Prado, Denis Levati e Rodrigo Arend comentam as notícias mais lidas do Imobi Report, como o novo perfil dos corretores de imóveis, alto padrão e condomínios sustentáveis. Já no Vem pra Mesa, Sergio Langer recebe o corretor de imóveis Emanoel Paier.