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[125] Resultado do segundo trimestre supera expectativas do setor imobiliário

Embalado pelo aumento da demanda e das vendas, principalmente por imóveis de médio e alto padrão, o Indicador de Confiança do setor imobiliário superou as expectativas do setor imobiliário para o segundo trimestre deste ano. Este índice é organizado pela Deloitte, em parceria com a Abrainc, a partir de entrevistas com 50 construtoras e incorporadoras. Para os próximos 12 meses, há expectativa de forte alta nos preços dos imóveis, em todos os segmentos, acompanhada de aumento nas vendas. 

O otimismo do setor é confirmado por outro índice, que atingiu seu nível mais alto desde 2014. O Índice de Confiança na Construção, medido pela FGV, atingiu entre junho e julho 95,7 pontos, numa escala que vai de zero a 200.

O ponto de atenção nesta onda positiva, novamente, está no preço dos materiais de construção. Ao mesmo tempo em que sinalizam para uma valorização no preço futuro dos imóveis, os insumos mais caros representam um desafio para fechar as contas das obras lançadas e em andamento.

Incorporadoras

A Yuni retomou os lançamentos e está com metas ousadas. A previsão é atingir R$ 1,4 bilhão em vendas, maior valor desde 2014. A empresa, de 25 anos, vinha apostando em uma política mais conservadora. Em 2020, foram apenas dois empreendimentos apresentados.

Falando em negócios bilionários, um empreendimento de luxo em São Paulo está com vendas em ritmo acelerado. O Parque Global, às margens do Rio Pinheiros, ultrapassou a marca de R$ 1 bilhão em vendas. O espaço vai reunir residencial, shopping e um centro de inovação em educação e saúde. O projeto é da Benx Incorporadora, do grupo Bueno Netto, e da Related.

O investimento em imóveis é tentador, principalmente em momentos de mercado aquecido. Mas, e os fundos imobiliários? Eles podem fazer frente aos imóveis físicos em rentabilidade? É este o debate que propôs o Econoweek, do UOL, que criou um guia rápido para comparar cada modalidade.

Alguns dados dos primeiros meses do ano e que foram publicados agora: no primeiro trimestre, a Caixa registrou a contratação de R$ 65,4 bilhões em crédito imobiliário, o que representa um crescimento 36% acima do concedido no mesmo período de 2020.

Sabemos bem que a pandemia provocou dificuldades para as pessoas manterem as contas em dia. Porém, se esta dívida é de financiamento imobiliário, existem alternativas para evitar uma bola de neve. A saber: renegociação com o banco, o uso do FGTS para amortizar a dívida ou mesmo a portabilidade do financiamento para instituições com juros menores.

A pandemia também trouxe à tona o debate sobre o futuro das moradias e, consequentemente, sobre o espaço urbano no Brasil. Faz parte do novo momento imobiliário a preferência por casas mais abertas e com mais espaços ao ar livre. A desocupação de espaços comerciais no centro das cidades também está gerando iniciativas, como programas das prefeituras de Rio e SP para estimular o retrofit e o adensamento populacional.

Outro tema que vem ganhando campo no setor é a logística reversa. Uma parceria foi fechada para que a Placo colete os resíduos de gesso das obras da Trisul. O material será reaproveitado na produção de placas para drywall. Apesar de sustentável, a operação terá prejuízo financeiro inicialmente, situação que deve ser superada à medida que a coleta ganhar escala. 

Imobiliárias

Em 27 de agosto, comemora-se Dia do Corretor de Imóveis. Para homenagear esses profissionais, o Imobi convidou corretores de todo o país para compartilharem suas histórias ao longo deste mês. No primeiro texto, trazemos Sol Pires, corretora de alto padrão em Recife (PB). Sol é índia da Tribo dos Yanomamis e, no Imobi, conta mais sobre sua experiência profissional e sua vida entre a realidade da aldeia e de seus clientes. Confira!

Já ouviu falar em luxury wellness? Tendência no mercado imobiliário de alto padrão, é a busca por alto nível de conforto e conveniência de forma a auxiliar na saúde e bem-estar dos moradores. Cristiano Cruz, fundador e CEO da One Imóveis de Luxo, assina um artigo no Imobi Report sobre o tema.

Dados do índiceFipeZap indicam que o aluguel residencial médio no Brasil teve alta acumulada de 0,77% no primeiro semestre. Nos últimos 12 meses, a alta acumulada foi ainda menor, de 0,11%. As capitais com o metro quadrado médio mais alto na locação são São Paulo, Brasília, Recife e Rio de Janeiro.

Falando em aluguel, reportagem do UOL levanta uma pergunta: as novas modalidades de locação por assinatura, com serviços inclusos, vale a pena? Contando os cases de Nomah, Housi e Casai (figurinhas conhecidas aqui no Imobi), especialistas apontam que vai de cada cliente. Na hora de optar por uma locação, o inquilino precisa colocar na ponta do lápis os gastos que tem em um aluguel “tradicional” e os que terá em um contrato que inclua outros serviços, como luz, internet, água e até limpeza.

Em Florianópolis, Bewiki captou R$ 100 milhões para oferecer uma locação facilitada, como os players citados acima. Além da capital catarinense, a proptech já anunciou planos de atuar em Porto Alegre e Rio de Janeiro.

A modalidade, que busca trazer facilidade para os inquilinos, também foi uma alternativa para empresas na hotelaria. Em maio, o setor de turismo brasileiro registrou uma alta no faturamento de 47,5%, comparado ao mesmo período em 2020, segundo a Fecomércio-SP. Para especialistas, um dos grandes fatores foi exatamente o crescimento do mercado de aluguel por temporada.

Com o aquecimento deste mercado, proprietários voltam a olhar para a locação por temporada, por meio de plataformas como o Airbnb. Mas essa modalidade de aluguel continua sendo desafiadora para os condomínios. Reportagem traz estratégias que prédios estão adotando para evitar conflitos, como aumentar o número de câmeras de segurança, delimitação de horário para entrada e saída, reforma de portarias (para implantação de acessos por tags e senhas) e até assinatura de termos de responsabilidade e obrigatoriedade de informar a listagem de hóspedes e duração da locação.

No Imobi Aluguel desta semana, o tema é a expansão territorial. Com os avanços oferecidos pela tecnologia, imobiliárias tradicionais de locação ganharam possibilidades de conquistar novos territórios. Porém, entrar numa cidade nova exige esforços de estudo de área, contratação e treinamento de equipes, investimentos em marketing e altas doses de resiliência até consolidar a operação. Destrinchamos os prós e contras e relatamos os ensinamentos de imobiliárias que exploraram novos ares.

Primeiro relatório de inteligência do país focado em locação, o Imobi Aluguel é publicado todas as quartas-feiras pelo Imobi Report. O conteúdo semanal traz um tema principal, uma entrevista exclusiva em áudio, uma seleção de notícias ligadas ao segmento e indicadores atualizados. Clique aqui para obter acesso à edição desta quarta-feira (4) de forma gratuita.

Techs

Celebrando o Mês do Corretor de Imóveis, a CredPago lançou uma promoção para premiar os profissionais que operam com a garantia de locação CredPago. Para cada contrato ativado durante o período da campanha, o corretor recebe um número da sorte para concorrer a R$ 85 mil em prêmios. Mais informações no site.

Falando em CredPago, Sandro Westphal, sócio fundador e presidente, conta os planos da empresa após a junção com a Loft para a Exame. Há expectativa de que o total de contratos de garantia de locação subam dos atuais 130 mil para 280 mil ao fim de 2022. As empresas também devem acelerar as frentes de home equity, crédito com imóvel em garantia, e financiamento residencial. 

O grupo educacional Ânima entrou no mercado imobiliário e pretende investir R$ 800 milhões. Mais especificamente no setor de moradia estudantil, o grupo fechou acordo com a gestora de recursos imobiliários VBI Real Estate e com a Uliving, que administrará os imóveis. Está prevista a construção de até 15 prédios residenciais até 2028.

Ainda no tema universitários, a 4Student, plataforma de aluguel de imóveis com foco em estudantes, fechou uma parceria com a Coliiv, empresa que promove “match” entre moradores de imóveis compartilhados. 

Até Will Smith e Jay-Z estão investindo no mercado imobiliário. A Landis Technologies, startup americana, atua como “rent-to-own” e recebeu um aporte de US$ 165 milhões de um grupo de investidores que inclui a gravadora Roc Nation, do rapper Jay-Z, e a empresa de investimentos Dreamers VC, do ator Will Smith, além da Sequoia Capital. A Landis atende a potenciais proprietários de imóveis que não têm dinheiro para comprar um imóvel naquele momento. Funciona assim: a empresa compra uma casa e a aluga ao cliente até que ele possa se qualificar para um financiamento. O cliente vai pagando o aluguel e poderá recomprar o imóvel até dois anos após a aquisição inicial. 

Mundo

Morar além do Atlântico: sonho para muitos, realidade para outros muitos! Em Portugal, cerca de 80 vistos foram concedidos por dia para brasileiros no último semestre. Um chamariz importante é o Golden Visa: quem adquire um imóvel no país tem direito à cidadania portuguesa.

Já nos Estados Unidos, destaque para a retração nas vendas em junho. O balanço daquele mês mostra que as transações residenciais tiveram queda de 6,6%. Por outro lado, novos investimentos devem aterrissar em solo americano. Afastados desde o início da pandemia, os investidores estrangeiros devem voltar a investir no mercado imobiliário do país.

A valorização dos imóveis é sentida em todo o mundo. O crescimento médio foi de 7,3%, efeito de uma verdadeira corrida por espaço – que ganhou muita importância em tempos de home office. Com moradias valendo mais, os aluguéis também sobem, o que é um ponto crítico em tempos de crise. Milhões de americanos correm o risco de serem despejados, já que expirou no final de julho uma moratória que protegia moradores com aluguel atrasado. Estima-se que 10 milhões de pessoas estão com o aluguel em atraso nos EUA.

Estamos de olho

Mais de 120 imobiliárias de todo o Brasil já foram transformadas pelo Aluguel Master. O treinamento mais completo e imersivo para imobiliárias de aluguel está chegando na sua quarta edição e você ainda pode participar. Com metodologia exclusiva, ajuda imobiliárias a se organizarem e melhorarem sua rentabilidade. Faça sua inscrição e seja o próximo case de sucesso.

61% das mulheres do mercado imobiliário já enfrentaram assédio sexual ou moral enquanto trabalhavam. Esse foi o dado que Fernando Willrich, recém eleito presidente do Creci-SC, trouxe para contar que o conselho vai criar um programa de orientação e um canal de denúncia exclusivo para as mulheres vítimas de assédio ou outras violências, no exercício da profissão. 

Na última semana falamos sobre o impacto do trabalho remoto no mercado imobiliário. Essa semana o assunto continua em pauta na imprensa. No jornal O Tempo, reportagem traz o exemplo de empresas de vários setores que estão adotando um escritório híbrido. C&A, Mondelez, BRF (dona das marcas Sadia e Perdigão), Amaro e Vitacon são algumas das empresas citadas.

No fim de semana, o mercado imobiliário brasileiro perdeu uma grande inspiração, Anderson Trinca. A equipe do Imobi Report deixa aqui nossos sentimentos para a família e amigos de Anderson, que sempre teve o propósito de melhorar o mercado através de capacitação e muito conteúdo para os corretores de imóveis. Recomendamos o episódio número 99 do Vem pra mesa, podcast de Sergio Langer, em homenagem ao Anderson Trinca.

Na última edição do Semana Imobi, trouxemos algumas novidades no formato do nosso podcast. Confira e, se quiser, deixe seu comentário. Tem alguma sugestão? Estamos de olho e somos todos ouvidos.

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