Uma experiência realista do imóvel: dois cases inspiradores de open house
Resumo
O open house é uma estratégia de venda de imóveis imersiva e pouco utilizada no Brasil. Conheça 2 cases de sucesso e se inspire.
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Mais do que uma simples visita, a experiência de o cliente passar um dia morando naquele que pode se tornar o seu futuro imóvel. Estamos falando do open house, um modelo de vendas pouco usual no Brasil que consiste na abertura da casa à venda para que potenciais compradores possam conhecê-la de maneira mais intimista.
Ainda que o plantão de vendas com o apartamento decorado seja uma estratégia interessante e com similaridades, o open house funciona de forma mais imersiva. Neste primeiro contato, tudo está praticamente intocado. Afinal, o decorado do plantão é preparado por um designer de interiores e pode até fazer lembrar uma loja bonita e organizada. No open house, por outro lado, existem elementos que aproximam o cliente de uma experiência mais realista.
Para mostrar essa estratégia de vendas na prática, o Imobi Report traz dois cases que merecem atenção: um em Balneário Camboriú (SC) e outro no bairro Vila Madalena, em São Paulo (SP).
1. Uma venda que gerou outras quatro
Conhecida como a “Dubai brasileira”, Balneário Camboriú (SC) é muito frequentada por pessoas de localidades distantes, que vão pouco para lá. Era o caso de um construtor do Paraná que tinha um apartamento na Av. Atlântica, uma das mais luxuosas da cidade.
“O apartamento não estava sendo usado e, em uma conversa por telefone, expliquei a especialidade da minha imobiliária e falei sobre como eu me dedicaria à venda do apartamento dele se tivesse a oportunidade de uma exclusividade combinada ao open house”, conta Larissa Koller, diretora e fundadora da Meu Frente Mar, imobiliária de alto padrão de Balneário Camboriú.
Larissa conta que o open house foi a oportunidade mais adequada para apresentar o apartamento dele tanto para os colegas corretores como também aos clientes finais. “Na Meu Frente Mar, acreditamos que essa é uma força-tarefa em que os clientes podem, previamente, experienciar o imóvel de uma maneira diferente, imersiva e completa”, disse ela ao Imobi Report.
O negócio, fechado antes do prazo previsto, foi tão bem-sucedido que acabou estimulando novas vendas. “O vendedor do imóvel ficou tão satisfeito com a experiência que me ofereceu a exclusividade de 4 unidades em um empreendimento da construtora dele aqui em Balneário Camboriú. Foi muito gratificante esse reconhecimento! E veja só: até hoje ele me indica clientes amigos, sendo que nunca nos conhecemos pessoalmente”, conta a empresária.
Koller ressalta que a estratégia do open house trouxe grande visibilidade ao imóvel, não só de clientes da imobiliária como também de parceiros. “Esse case é especial porque coletamos feedbacks muito positivos em cada uma das visitas obtidas. O cliente gostou do compromisso, do diferencial. Ele teve mais do que uma proposta para um imóvel em plena Av. Atlântica e inclusive pode escolher por aquela de melhor valor”, finaliza ela.
2. Uma evolução do open house na Vila Madalena, em São Paulo (SP)
Outro case interessante e que é praticamente uma evolução do open house é o da “casa do 8”, apresentado pela Graziella Labate, proprietária da Graziella dos Imóveis, boutique imobiliária com foco nos bairros mais cobiçados de São Paulo (SP) que tem sede no bairros dos Jardins.
A “casa do 8”, como foi carinhosamente apelidado o imóvel, estava parada na “prateleira das imobiliárias” havia mais de dois anos. Era um imóvel avaliado em R$ 13,6 milhões localizado na Vila Madalena, bairro que historicamente não tem uma procura por imóveis de ticket tão elevado.
“Foi uma espécie de evolução do open house. Isso porque além do trabalho no imóvel em si, criamos um perfil no Instagram e fomos mostrando o dia a dia nele e nas áreas comuns do prédio, seus entornos, envolvemos o lifestyle, geramos curiosidades e cenas de impacto sobre ele. Criamos um grande apelo visual em um imóvel que, de fato, era único. Combinamos as estratégias e, assim, ele foi transformado em um objeto de desejo”, detalhou ela.
O case fez parte da palestra de Graziella no evento IC Alto Padrão, realizado pelo Imobi Report em setembro.
Ela reforça como o trabalho deu certo também graças à criatividade da corretora, que colocou toda a sua energia no projeto. “Ela convenceu por meio de gatilhos mentais e teve uma incrível mudança de narrativa, combinando o open house com o trabalho nas redes. E assim recebemos a proposta em 61 dias, tempo abaixo da média (geralmente de 90 dias), principalmente se for levado em consideração o seu ticket elevado”, finaliza.
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