Corretores “creators” mostram como conciliar as redes sociais com a venda de imóveis
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Os corretores “creators” são aqueles que possuem participação ativa e relevante nas redes sociais e, por consequência, maior engajamento e influência. Ao disponibilizarem informações valiosas na rede, esses profissionais educam e constroem relacionamentos com clientes em potencial. Assim, também adquirem maior visibilidade e reputação num segmento que, por si só, já é bem concorrido.
No entanto, é necessário ter atenção a um fator importante. Uma vez que o corretor passa boa parte do seu dia a dia dedicado a se tornar influenciador, pode acabar não sobrando mais tempo para o mais importante: ser um corretor de imóveis de verdade, na linha de frente.
A consequência disso é a diminuição expressiva na quantidade de clientes ou seguidores que serão atendidos. E isso pode gerar frustração à medida em que percebem que o corretor creator terceiriza esse atendimento.
Tiago Oliveira, corretor de imóveis de Jaboatão (PE) que possui forte influência nas redes, acrescenta que o corretor que passa a atuar exclusivamente (ou perto disso) nas mídias sociais pode acabar ficando por fora do que está, de fato, acontecendo no mercado. “Afinal, como alguém pode se manter atualizado sobre algo que não pratica mais? Como eu vou falar de atendimento se não atendo mais? Como posso criar conteúdo sobre venda se não vendo mais?”, indaga.
Por isso, é importante lembrar que o imobiliário é muito volátil, assim como vários outros mercados. O panorama muda rápido e é preciso estar envolvido, na prática, para entender o seu desenrolar. “E se passarmos muito tempo afastados do ‘chão de fábrica’, não teremos condições de entender as reais necessidades do mercado”, indica Oliveira.
Dinâmica e contratação para otimizar o tempo
Um caminho para quem deseja conciliar a corretagem com a criação de conteúdo é investir na contratação de pessoas especialistas em cada etapa da produção, com uma dinâmica muito clara de quem faz o quê.
Esses foram os passos escolhidos por Guilherme Wohlke, corretor de imóveis e sócio da Imobille, imobiliária de alto padrão de Balneário Camboriú (SC). Com mais de 30 mil seguidores no Instagram, Wohlke faz o atendimento de cada lead que chega pelos canais digitais. Mas isso só é possível porque, ao longo da operação, ele aposta fortemente em processos, pessoas e ferramentas.
“As pessoas são braços que vão me ajudar em cada uma das atividades operacionais que executo. Eu tenho uma secretária para me ajudar nos agendamentos e questões burocráticas da venda de imóveis. Tenho um fotógrafo para produzir as imagens dos imóveis que estou prospectando. Nas redes, eu tenho quem faz a edição dos reels que eu produzo, um redator para criar os textos, uma pessoa para a parte do design e por aí vai”, explica ele.
Para Wohlke, o segredo é otimizar o próprio tempo para priorizar o que gera mais resultado. E neste caso, ele prefere distribuir as atribuições para pessoas especializadas nessas diferentes áreas. Com cada profissional bem posicionado para exercer o seu papel, sobra mais tempo para que ele possa, de fato, investir no atendimento de leads e na venda de imóveis.
Outra saída é a aposta em corretores parceiros
Outra estratégia para reverter este cenário quando não há mais tempo hábil para fazer todos os atendimentos é buscar o máximo de informações possíveis sobre o que o cliente está procurando para, em seguida, acionar outro corretor para operar o atendimento. Aí entra a importância de trabalhar com um time de confiança ou, ainda, com corretores parceiros.
Quando a saída é passar a bola do atendimento, Oliveira concorda que nutrir uma boa rede de corretores parceiros é o caminho mais efetivo para evitar o desperdício de leads. “Isso pode ser feito pelo compartilhamento de informações sobre os leads. E também ao estabelecer uma rotina de atendimento com eles, de modo a fazer a manutenção dos contatos e estar sempre por dentro do nível de interesse”, ressalta.
Os corretores parceiros podem atuar marcando visita, mandando novas opções de imóveis que atendam ao perfil, acompanhando o andamento da negociação e assim por diante.
E se as redes sociais deixassem de existir?
O corretor Tiago Oliveira termina com uma provocação: o que aconteceria com os corretores da atualidade se as redes sociais deixassem de existir?
“Eu falo sobre os corretores que nunca tiveram contato com clientes a partir de longas trajetórias de visitas e processos de compra. Ou seja, quando não havia tanta tecnologia embarcada. Como seria se o nosso mercado voltasse ao básico? Será que ainda teríamos um número tão grande de corretores?”, questiona o influenciador e corretor de imóveis.
Dessa forma, entende-se que mesmo que as redes sociais sejam canais relevantes e até indispensáveis para a captação de leads, assim como para o aumento da visibilidade e fortalecimento da reputação do profissional, o corretor de imóveis não deve se esquecer de que uma parcela significativa do seu negócio acontece nas ruas.
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