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Segmento de galpões logísticos mantém vacância baixa e boas perspectivas

O setor de galpões logísticos vive um momento positivo e segue em transformação no Brasil. Depois de uma fase marcada por locações do e-commerce, os segmentos tradicionais voltaram a ocupar maior espaço. Ao mesmo tempo, a vacância registra queda.

Centro econômico do País, o estado de São Paulo apresentou números recentes que ajudam a descrever melhor esse cenário. No segundo trimestre de 2023, o Estado mais populoso do Brasil registrou uma vacância de 10%, o que é considerado um bom resultado. Os segmentos de alimentos, veículos, transporte e logística foram os que mais se destacaram no período.

Apenas as regiões de Embu, Piracicaba e Vale do Paraíba apresentaram uma taxa de vacância acima de 15%. Os dados são da Colliers, empresa global em serviços imobiliários e administração de investimentos. 

“O estado de São Paulo possui 55% de todo inventário logístico no Brasil. Neste trimestre, vimos que ele continuou sendo destaque, sobretudo nas locações. Três das cinco maiores locações registradas entre abril e junho de 2023 ocorreram no estado. Se considerarmos o semestre, vemos que mais de 1,2 milhões de m² foram locados apenas em São Paulo”, destaca Ricardo Betancourt, executive chairman da Colliers.

De acordo com o executivo, a taxa de vacância permaneceu em níveis saudáveis e deve encerrar o ano nesse ritmo. 

SP tem espaço para mais crescimento dos galpões logísticos

A pesquisa revela ainda que a absorção bruta (diferença entre as áreas locadas e devolvidas) entre abril e junho de 2023 foi de 425 mil m² e que Jundiaí foi responsável por 28% do inventário locado, seguido por Cajamar (19%) e São Paulo (15%).

Enquanto isso, o inventário entregue no período acrescentou 106 mil m² ao portfólio já existente. As novas entregas se concentram nas regiões de Barueri, Grande ABC e São Paulo.

Atualmente, existem mais de 1,2 mil m² em construção no estado de São Paulo. A região de Guarulhos é a que conta com o maior percentual desse número, sendo de 41%, seguido por Cajamar, com 24%.

A projeção de lançamento e entrega de projetos nos próximos anos é de aproximadamente 8 mil m². Campinas deve receber 25% deste inventário previsto, seguido por Cajamar e Jundiaí, ambos com 13%.

No Brasil, perspectivas também são otimistas para o segmento

Os próximos meses devem contar com aumento de preços e oferta em estabilidade no segmento de galpões logísticos. A projeção é das empresas que atuam no setor e foi apontada em relatório voltado ao segmento publicado pelo GRI Club no mês de julho.

De acordo com o documento, o setor logístico e industrial está reagindo com rapidez às tendências macroeconômicas. Desse modo, absorção bruta estimada é de 4,5 milhões de m² até dezembro. A vacância pode encerrar o ano em 14%, o que ainda é considerado um patamar positivo. 

Além disso, apuração também indica que a taxa de vacância está abaixo de 10% em diferentes estados, o que abre espaço para mais avanços. Como resultado, a perspectiva de entrada de capital estrangeiro no País anima os investidores, que estão de olho na descentralização do parque logístico brasileiro.