Inteligência artificial para imobiliárias: saiba como você pode colocar IA em prática agora na sua imobiliária

O mercado imobiliário no metaverso está crescendo. É realmente uma ideia tão louca?
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O mercado imobiliário no metaverso está crescendo. É realmente uma ideia tão louca?

04 fev 2022
Gustavo Zanotto
Gustavo Zanotto
6 min
O mercado imobiliário no metaverso está crescendo. É realmente uma ideia tão louca?

Resumo

Gustavo Zanotto fala sobre o metaverso e como ele está se tornando uma realidade dentro do mercado imobiliário e perspectivas para o futuro.

Investir muitos milhares (ou mesmo milhões) de dólares para comprar “terras” fictícias em um mundo virtual parece ser uma ideia absurda e fora de contexto. Mas nos últimos meses, vimos investimentos significativos em terrenos e imóveis virtuais dentro do metaverso. 

A PwC está entre as mais recentes a mergulhar neste novo mundo, tendo comprado imóveis no The Sandbox, um mundo de jogos virtuais, por um valor não revelado. Uma pessoa comprou recentemente um terreno virtual no Snoopverse – um mundo virtual que o rapper Snoop Dogg está desenvolvendo dentro do The Sandbox – por US$ 450.000 (cerca de £ 332.500).

Enquanto isso, o Grupo Metaverse, empresa imobiliária focada na economia do metaverso, teria comprado um terreno na Decentraland, outra plataforma virtual, por US$ 2,43 milhões. Números incríveis e inimagináveis para muito de nós, pessoas do mundo real, que podem acontecer em uma transação imobiliária que acontece no mundo dos bits e bites.

Vamos atualizar o que é o “metaverso”. Você provavelmente ouviu muito o termo quando o Facebook mudou a marca para Meta em outubro de 2021. Outras empresas, como Nike e Microsoft, também anunciaram que lançarão produtos e serviços nesse espaço virtual. E a lista não para por ai, Ralph Lauren, Itaú, Vans, Fortnite com seus espetáculos e shows de pessoas reais abrindo novos cenários para o jogo e as famosas “skins”do game patrocinados por Gucci e Balenciaga por exemplo. 

O metaverso descreve uma visão de um mundo virtual 3D conectado, onde os mundos real e digital são integrados usando tecnologias como realidade virtual (VR) e realidade aumentada (AR). Esse ambiente imersivo será acessível por meio de fones de ouvido VR, óculos AR e aplicativos para smartphones. O Facebook já lançou seu modelo de óculos inteligente junto a RayBan, buscando ser aquilo que o Google Glass não teve tempo de ser, uma central de mídia acoplada a um smartphone. Sem contar também que temos um modelo de óculos de realidade virtual do próprio Facebook, o Oculus Quest, feito para acessar inciativas de metaverso que teve um estrondoso pico de busca na semana de 09 a 15 de janeiro de 2022, superando em mais de 40% o volume de busca de seu pico anterior que foi em 31 de outubro a 6 de novembro. Todos querem acessar o metaverso de um jeito ou de outro.

E como seria um mundo no metaverso? Os usuários se encontrarão e se comunicarão como avatares digitais, explorarão novas áreas e criarão conteúdo. A ideia é que o metaverso se desenvolva para se tornar um espaço virtual colaborativo onde podemos socializar, brincar, trabalhar e aprender. E vender imóveis, e vender terra, e sermos profissionais imobiliários do metaverso. Sério isso? Bastante sério, acompanhe até o fim este artigo e você vai se surpreender com esta possibilidade.

Já existem vários metaversos – por exemplo, em plataformas de jogos virtuais como The Sandbox e mundos virtuais como Decentraland. Da mesma forma que um site faz parte da rede mundial 2D mais ampla, os metaversos individuais formarão um metaverso maior e conectado. É importante ressaltar que, assim como no mundo real, é e cada vez mais será possível comprar coisas no metaverso – inclusive imóveis.

E por incrível que possa parecer a expressão no Google “how to buy a land in metaverse” (como comprar terrenos no metaverso) teve uma explosão repentina em buscas nos EUA, Canadá e Reino Unido, segundo o Google Trends – ferramenta de mapeamento de tendências web.


Terra virtual como um NFT

As transações no mundo virtual geralmente são monetizadas usando criptomoedas. Além das criptomoedas, os tokens não fungíveis (NFTs) são o principal método para monetizar e trocar valor dentro do metaverso.

Um NFT é um ativo digital exclusivo. Embora os NFTs sejam principalmente itens de arte digital (como vídeos, imagens, músicas ou objetos 3D), uma variedade de ativos pode constituir um NFT – incluindo imóveis virtuais. Em plataformas como a OpenSea, onde as pessoas vão comprar e negociar NFTs, agora existem terrenos, ou até casas virtuais.

Para garantir que os imóveis digitais tenham valor, a oferta é limitada – um conceito em economia chamado “valor de escassez”. Por exemplo, a Decentraland é composta de 90.000 peças ou “parcelas” de terra, cada uma com cerca de 15m2 x 15m2.

E, assim como acontece no mundo real, no metaverso temos exemplos em que o valor dos imóveis virtuais está subindo e subindo e subindo. Em junho de 2021, um fundo de investimento imobiliário digital chamado Republic Realm gastou o equivalente a mais de US$ 900.000 para comprar um NFT representando um terreno na Decentraland. De acordo com o DappRadar , um site que rastreia dados de vendas de NFT, foi a compra mais cara de terrenos NFT na história da Decentraland.

Porém, em novembro de 2021, o Grupo Metaverse comprou seu terreno na Decentraland por US$ 2,4 milhões . O tamanho desta compra em dinheiro foi bem maior mas, em pedaço de terra foi realmente menor do que o anterior – 116 lotes de terra em comparação com 259 comprados pelo Republic Realm.

Estes são apenas alguns casos de possibilidades encontradas pelo imobiliário neste novo mundo que começa a popular nossas mentes e nossas mesas de trabalho nos últimos meses. 


O futuro do imobiliário do metaverso

Incentivos financeiros à parte, você pode estar se perguntando o que empresas e indivíduos realmente farão com suas terras virtuais.

Embora investidores e empresas estejam dominando esse espaço no momento, nem todos os imóveis do metaverso custarão milhões. Mas o que a posse de um terreno virtual poderia oferecer a você? Se você comprar uma propriedade física no mundo real, o resultado é tangível – um lugar para morar, para se orgulhar, para receber familiares e amigos.

Embora a propriedade virtual não forneça abrigo físico, existem alguns paralelos. Ao comprar imóveis virtuais, você pode comprar um terreno para construir. Ou você pode escolher uma casa já construída que você goste. 

Você pode torná-lo seu com vários objetos (digitais), decorar do seu jeito. Você pode convidar outras pessoas a visitar seu mundo metaverso, dar uma festa, e depois fazer negócio, por que não com seu imóvel virtual.

Se parece completamente absurdo, devemos lembrar que as pessoas tinham dúvidas sobre o potencial significado da internet e, em seguida, das mídias sociais. Os estudiosos da tecnologia e da inovação – me incluo neste grupo – preveem que o metaverso amadurecerá em uma economia totalmente funcional nos próximos anos, proporcionando uma experiência digital síncrona tão entrelaçada em nossas vidas quanto o e-mail e as redes sociais estão agora.

Portanto, a visão de um mundo totalmente virtual, baseado em relações “frias e pouco tangíveis” no médio prazo será aceita por todos e de alguma forma incorporada na indústria imobiliária como mais um ativo a ser negociado.

Eu sei que tudo isso pode parecer estranho, mas, tem uma visão por trás de tudo isso e logo iremos observar o futuro do imobiliário no futuro das conexões em máquinas, o fator humano continua sendo importante nas transações imobiliárias, porém, as transações imobiliárias podem não estar, somente, mais no tangível.

Vejo você com seu avatar em breve em um dos muitos mundos do metaverso.

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