Mesmo sob juros altos, 2025 confirma força do mercado imobiliário e prepara virada para novo ano
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O ano de 2025 foi marcado por um cenário desafiador para o mercado imobiliário brasileiro. A taxa Selic no maior patamar da última década pressionou o crédito, reduziu o poder de compra e exigiu uma capacidade de adaptação constante das empresas do setor. Ainda assim, o mercado fechou o ano em alta, demonstrando mais uma vez a resiliência que caracteriza o setor imobiliário.
Dois fatores foram determinantes para esse desempenho. O primeiro foi a força do programa Minha Casa, Minha Vida, que hoje responde por cerca de metade das vendas de novos empreendimentos no país. Com subsídios federais, estaduais e municipais, além de juros muito abaixo das demais linhas, o MCMV ampliou o acesso à moradia mesmo em um ambiente de crédito restrito.
O segundo fator foi a performance dos imóveis usados, especialmente até R$ 500 mil, que ganharam competitividade diante do alto custo dos lançamentos. O cliente percebeu que, pelo mesmo valor, tinha mais metragem, possibilidade de mudança imediata e, muitas vezes, unidades já mobiliadas.
No campo da locação, o movimento foi semelhante. As exigências maiores na aprovação de crédito, o aumento da entrada, que chegou a 30% em boa parte do ano para imóveis médios e de alto padrão, e a dificuldade de muitos compradores em compor renda impulsionaram a demanda por aluguel. Também cresceu a busca por studios, que atraíram investidores interessados em renda mensal e locação por temporada.
Houve, porém, um descompasso relevante ao longo do ano. O segundo trimestre registrou queda nas vendas e aumento nos lançamentos. Com isso, o estoque nacional cresceu e algumas construtoras passaram a trabalhar com descontos para evitar acúmulo de unidades. Esse estoque mais robusto é um ponto de atenção para 2026, especialmente nos segmentos médio e alto.
Para as imobiliárias, 2025 exigiu preparo. Enfrentamos aumento de custos operacionais, desde salários até aluguéis comerciais, ao mesmo tempo em que precisávamos manter a competitividade num ambiente de crédito difícil. Isso acelerou investimentos em tecnologia, revisão de processos internos e, principalmente, capacitação profissional. O cliente de hoje é mais exigente e bem informado, e só equipes preparadas conseguem oferecer a consultoria que ele espera.
Olhando para 2026, a expectativa é de um cenário mais favorável. A possível queda da Selic para algo próximo de 12% deve destravar o mercado de médio e alto padrão. Com juros menores, as parcelas ficam mais acessíveis e muitos investidores migram recursos da renda fixa para o imobiliário, em busca de valorização e renda de locação. Da mesma forma, as incorporadoras devem retomar lançamentos com mais apetite, impulsionadas pela redução dos custos financeiros.
A principal lição de 2025 é clara: o mercado imobiliário brasileiro continua forte, mas exige estratégia, eficiência e inovação. As empresas que se prepararem – com preços competitivos, projetos alinhados ao perfil do comprador e equipes qualificadas – estarão melhor posicionadas para aproveitar o próximo ciclo de expansão.
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