O desafio de um estudante sem renda para manter seu aluguel em dia durante a pandemia
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Ano novo, vida nova: Vinícios Oliveira, de 27 anos, começou 2020 como calouro do curso de Informática no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia. O campus do curso fica em Jacobina, cidade a cerca de 150km de distância de sua cidade natal, Santaluz. Escolheu com carinho sua nova casa, dando prioridade para um quintal, com espaço para criar suas próprias plantas, gatos e cachorros.
Em pouco tempo, Vinícios conseguiu um estágio na sua área. Em contrato com a prefeitura local, o estudante fazia a manutenção dos computadores das escolas municipais da cidade. Até que o novo coronavírus chegou. “Estou morando lá só faz três meses. As aulas começaram faz pouco tempo, aí procurei, aluguei e logo depois aconteceu a pandemia”, conta. Vinícios diz “lá” pois as escolas pararam, todos os contratos com estagiários foram suspensos e a sua renda foi zerada da noite para o dia. A exemplo de milhões de pessoas no Brasil e no mundo.
Com isso, permanecer em Jacobina pareceu impossível. Ele morava sozinho na cidade e custeava todas as suas despesas com a bolsa do estágio: aluguel, internet, luz, água, alimentação, vida social. Assim, voltou para a casa da mãe em Santaluz. A internet, cancelou o contrato. As plantas, trouxe na mala. Nem deu tempo de adotar os bichinhos. “Se eu ficasse lá, ia ter muito mais gastos”.
O aluguel, entretanto, Vinícios conseguiu pagar com uma ajuda providencial. O estudante baiano é uma das pessoas que contou com o Auxílio Emergencial do Governo Federal para pagar seu aluguel. Ele faz questão de manter seu aluguel em Jacobina, com a esperança que suas aulas e seu trabalho voltem em breve.
Para não abrir mão do imóvel, Vinícios deu prioridade para as contas relacionadas à moradia. “Fiz a solicitação do auxílio justamente porque estava precisando pagar meu aluguel, contas de água e energia. Até negociei com o proprietário do meu imóvel, que deu uma boa reduzida no valor. Chegamos no mínimo para não prejudicar nenhuma das partes. Ainda acabei atrasando algumas semanas, mas, depois que recebi o auxílio, consegui pagar”, explica.
A mãe, funcionária pública, trabalha na secretaria de educação de Santaluz e não teve o pagamento suspenso. É ela quem está segurando as pontas em casa, sozinha. Na cidade de nascença, moram em uma das casas pertencentes à avó. “Até uns dias desses, morávamos de aluguel, mas a minha vó tem casas na cidade e aluga para muitas pessoas. Aí ela cedeu essa casa para nós morarmos”, diz.
Enquanto isso, aproveitando seu tempo livre, ajuda mais jovens a conseguirem o Auxílio Emergencial através de um grupo no Facebook. “Gosto bastante de ajudar os outros, pois já tive do outro lado. Acho que é obrigação do Estado, nesse momento, dar um apoio para a população, que não pode trabalhar por causa da pandemia. Sei que o governo dá a ferramenta, divulga, mas nem todo mundo tem a mesma facilidade com a informação e com a tecnologia para receber o valor que lhe é devido. Temos que nos cuidar e cuidar do próximo”, comenta, em recado que vale para todos.
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