Opinião

Como o mercado imobiliário transformou meu sonho de empreender

Venho de uma família para quem a formação acadêmica era necessária para se ter uma profissão. Ou seja, o pensamento era de que eu teria que me formar na área na qual iria me aposentar. Porém, desde cedo, sempre tive uma veia empreendedora. Lembro que dos 8 aos 10 anos, durante minhas férias, vendia geladinho (eu chamo de sacolé). Achava o máximo ter meu próprio negócio, juntar meu dinheirinho para comprar besteiras nas férias.

Depois, passei a fazer adesivos para vender na escola. Em seguida, juntava os meninos da rua para ir de casa em casa oferecendo lavagem do carro. E, assim, foi minha vida até os 18 anos, quando comecei a trabalhar de maneira formal em um hotel de Curitiba e a cursar a faculdade de História. No entanto, o sonho de lecionar se chocou com a realidade do ensino no Brasil e acabou com aquela fantasia que eu tinha sobre ser professor. Acabei mudando para o curso no qual me formei, Relações Públicas.

Em 2006, entretanto, minha vida mudou completamente. Minha primeira filha estava prestes a nascer e eu estava trabalhando na área comercial, ciente de que talvez não atuasse na minha área de formação, o que me dava uma sensação de derrota muito grande. Foi quando me chamaram para trabalhar na assessoria de imprensa da antiga ALL, na época a maior empresa com base ferroviária da América Latina. Costumo dizer que a ALL foi a minha grande universidade. Lá, aprendi muito do que sou como profissional hoje. 

Atuei ainda em grandes companhias, como a GVT, e realizei o sonho de trabalhar no meu clube de coração, o Athletico Paranaense. Mas, foi voltando a empreender, em 2012, que vi na pele como é tocar um negócio. Foi nesse momento que as dificuldades e a aceitação do “não” constante me fortaleceram. Afinal, ganhar é fácil, mas perder, assumir a derrota e se levantar pro próximo round é o que diferencia este daquele profissional. 

Empreendi de 2012 a 2017, em vários segmentos. De agência de comunicação a Táxi Pet, sempre em busca de novos negócios, pois acreditava que ali estava minha felicidade plena. Essa busca por satisfação profissional não saía dos meus pensamentos. Porém, com a necessidade de estabilidade financeira, desisti de buscar essa felicidade que tentava encontrar empreendendo e decidi ter a “segurança” de um emprego formal. Afinal, o bem estar da minha família, especialmente das minhas filhas, é muito mais importante do que qualquer satisfação profissional minha. 

Em 2018, recebi o convite para uma entrevista na CUPOLA, para o cargo de atendimento publicitário. No meio do caminho para entrevista, pensei por inúmeras vezes em desistir, confesso. Afinal, não era minha zona de conforto trabalhar nessa área.  Mas pensei: “Cara, você precisa recomeçar a vida novamente e uma nova função pode ser importante para isso. Então, deixa o medo e o preconceito de lado e vai. Afinal, se deu frio na barriga, é porque a coisa é boa”. 

Quando iniciei na CUPOLA, a agência tinha cerca de 25 funcionários e atendia clientes de diversos setores. Como novato, eu tinha apenas uma pequena conta do imobiliário – as demais eram de outros segmentos. Mas, ver a agência focar cada vez mais no setor e ir deixando de atender outros segmentos começou a me dar muita sede de atuar no mercado imobiliário. Foi quando comecei a pedir para ter clientes mais relevantes. E fui atendido. Até que passei a atender somente os clientes imobiliários.

No entanto, nem tudo são flores. Quando estava quase completando um ano de CUPOLA, tive problemas particulares que afetaram meu rendimento e, principalmente, meu emocional. Mas, fui convidado a criar, em conjunto com o RH e minha liderança direta, um plano de ação para melhoria, tanto pessoal quanto profissional. Então, mudei novamente. Mudei de mentalidade. Mudei de atitude. Mas, principalmente, mudei de visão de negócio. 

Nesse meio tempo, tivemos uma reunião geral da CUPOLA, em que se falou sobre o papel social que temos por trabalharmos com a realização do sonho de todos, que é o lar. Isso fez com que aquele cara idealista que tinha feito faculdade de História e nunca se importou com mudanças fosse resgatado. Vi ali que a minha tão buscada satisfação pessoal e profissional não passava por qualquer faculdade, mas por acreditar em algo que possa ser relevante para o mundo e ajudar as pessoas a ter uma vida mais digna e melhor.

Em outubro de 2019, recebi outro convite muito importante e que significaria mudar novamente de área, mas dentro da própria agência, integrando a estruturação de um projeto que digo que é um filho, que é a CUPOLAB, a imobiliária laboratório da CUPOLA. 

A CUPOLAB reforçou em mim o senso de propósito, de respeito ao sonho do próximo, de transparência na tomada de decisão, mas, principalmente, de sensibilidade com a realidade em que vivemos e de lutar diariamente para que, de alguma forma, ela seja modificada. Então, hoje, eu não cogito fazer outra coisa da minha vida que não seja relacionado ao mercado imobiliário. Foi onde encontrei a felicidade plena e minha satisfação profissional que jamais nenhum canudo universitário me dará. 

No mercado imobiliário, encontrei pessoas inspiradoras, ideias fantásticas, inovações constantes, ambiente de mudanças contínuas e sonhos, muitos sonhos. Por isso, hoje, amanhã e depois, quero fazer parte das inovações e mudanças do mercado imobiliário.

Bruno Filgueiras

Consultor de Relacionamento da CUPOLA e Consultor e Estrategista em Captação da CUPOLAB. Relações Públicas, especialista em Marketing, com mais de 15 anos de experiência na área de Comunicação Corporativa e Gestão de Crises.