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Como as imobiliárias encontram bons corretores vindos de outras profissões?

O mercado imobiliário é conhecido por atrair profissionais com atuação em áreas diversas. Uma das principais razões é que, no segmento, é possível obter boas remunerações em um curto espaço de tempo. Mas é claro que o reconhecimento e os altos ganhos não caem de paraquedas: é preciso dedicação, investimento, treinamento e, principalmente, constância para atingir bons resultados. Para compreender como imobiliárias e corretores enxergam esse processo, hoje vamos explorar os dois lados da moeda. Confira! 

O brilho dos olhos nasce do fator financeiro

Na profissão de corretor, os altos ganhos podem realmente chegar rápido. Mas isso não somente é raro, como é mais improvável ainda que aconteça com constância, comenta o diretor comercial da 61 Imóveis, José Marques. “Em qualquer mercado, para se tornar um bom profissional e atingir boa lucratividade é necessário muito estudo, conhecimento e experiência”, diz ele. 

Marques traça um paralelo com o caminho percorrido por um bom advogado. Até chegar ao sucesso profissional, ele deve concluir a faculdade, passar na prova da OAB, adquirir experiência no mercado de trabalho e provavelmente se especializar em alguma área do Direito. “Por que no mercado imobiliário seria diferente?”, questiona. 

É válido lembrar o que pode ser considerado uma alta renda. Dados da Pnad Contínua do IBGE indicam que apenas 5% dos brasileiros têm renda mensal média acima de R$ 10.312; e apenas 0,6% ganham acima de R$ 24.420 por mês. 

No mercado imobiliário, uma renda média mensal média superior a R$ 10 mil é comum para bons corretores, e pode ser alcançada já no 2º ano de carreira, algo que é incomum em outras áreas de atuação. “Já uma renda acima de R$ 24 mil é atingida por corretores de alta performance, que se destacam na profissão e entendemos que com planejamento e trabalho pode ser atingida no 3º ano de carreira”, acredita Marques. 

Na 61 Imóveis, o processo de desenvolvimento do corretor é pensado para que eles tenham renda acima de R$ 10 mil e que se desenvolvam para atingir rapidamente esse segundo patamar. 

“No começo teve tudo, menos dinheiro”, Zé Neto 

José Alves Neto, corretor de imóveis especialista em alto padrão e luxo em Teresina (PI), hoje é um dos profissionais mais renomados e conhecidos na região. Mas nem sempre foi assim. Ele, que sempre trabalhou com vendas, de roupas a carros, deu uma guinada profissional no dia em que, trabalhando numa concessionária de veículos, fechou uma venda para o dono de uma imobiliária. O aperto de mãos veio acompanhado do convite: “Quer ganhar dinheiro de verdade?”. 

“Eu era novo, não tinha muito o que perder, então fui viver a experiência. No começo, teve de tudo: menos dinheiro”, brinca ele. Neto lembra que, de início, teve que se esforçar para entender o funcionamento do mercado imobiliário, que é diferente de todos os outros segmentos de vendas. “No imobiliário, até existem alguns produtos que você vende rápido, mas na maioria dos casos, não tem euforia, é uma compra racional”, explica. 

“O mercado imobiliário tem o poder de transformar vidas”

Neto vê hoje a transição de carreira como a oportunidade de o profissional sair da zona de conforto e investir na oportunidade de obter uma renda maior. Para ele, esse é o ponto de partida para ter novos sonhos e realizações. 

“Eu transformei a minha vida no mercado imobiliário. Sou a prova viva de que é possível. Digo isso porque esse é um dos únicos mercados em que você pode sair de casa liso e voltar com uma comissão que muda a sua vida. E até hoje é assim: eu sigo encarando todas as minhas vendas como algo que pode me transformar para sempre”, diz. 

Com o passar do tempo, Neto se especializou e hoje vende apenas produtos de alto padrão e luxo, segmento em que as comissões de fato podem representar saltos financeiros importantes. “Esse foi o ponto de partida para eu buscar essa mudança. Eu poderia ter conquistado isso com os carros? Acredito que sim. Mas foi ao migrar de carreira que eu identifiquei o desafio, a motivação a mais, a oportunidade de me transformar. E fiz acontecer”. 

Há 10 anos na profissão, Neto se tornou influenciador digital e hoje tem um programa na Band Piauí, o “Rota Imobiliária”, inspirado em produções americanas. O foco de sua carreira se tornou o digital, de modo a se diferenciar das imobiliárias tradicionais da cidade. Além disso, ele atua na venda de imóveis avulsos, na maioria das vezes por meio de gestão exclusiva. 

A “busca” pelos 3 perfis 

É fato que não existe um único perfil de corretores de sucesso. Na 61 imóveis, José Marques ressalta que entre os corretores de melhor performance há homens e mulheres, com idade entre 26 a 65 anos, que vieram do imobiliário ou de outras áreas do mercado. 

Para agregar bons profissionais, ele conta que a imobiliária busca por três perfis: corretores com experiência no mercado imobiliário, que tenham desejo de crescer dentro da estratégia da 61; pessoas mais novas e sem experiência no mercado imobiliário, mas com grande ambição e principalmente vontade de aprender e se desenvolver; ou profissionais mais experientes de outras áreas, que desejam mudar de carreira e estão se recolocando no mercado de trabalho, se “reinventando”. 

Marques ressalta que, embora o mais comum seja a busca pelo primeiro perfil, o que a 61 também faz, é no segundo e no terceiro que a magia acontece. “É nestes perfis que ‘criamos’ um corretor de imóveis do zero. É mais difícil com certeza, mas é onde temos nosso maior resultado”, aponta, ao mostrar que a percepção é confirmada pelos números: 72% da receita da imobiliária em 2022 veio de corretores desses últimos dois perfis. 

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