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Co-branding imobiliário, estratégia de parceria entre construtoras e marcas de luxo

Você sabe o que é co-branding imobiliário? Esta é uma estratégia de parceria que une construtoras de grifes e marcas de luxo, em que a prioridade é a qualidade dos produtos e experiência do consumidor. 

Diversos empreendimentos lançados no Brasil já contam com assinaturas refinadas. Um dos movimentos mais recentes foi da Mitre Realty, incorporadora com mais de 50 anos e que tem foco na média, alta e altíssima renda. 

A empresa paulistana investiu R$ 10 milhões para arrematar a Daslu, marca de referência no mercado de luxo brasileiro por décadas e conhecida pela venda de produtos importados de primeira linha. O negócio garante à Mitre o direito de uso das 51 marcas pertencentes à Daslu, que vão desde itens para pets até roupas, bolsas, joias e decoração. 

Segundo Fabricio Mitre, CEO da construtora, o objetivo da compra é fortalecer e complementar o posicionamento no mercado de altíssimo padrão, tendo um selo capaz de gerar identificação e maior percepção de exclusividade a estes imóveis. 

“Queremos oferecer diferenciais inéditos em empreendimentos de altíssimo padrão, mercado em que almejamos ser líderes em São Paulo, trazendo uma experiência de lifestyle única, muito mais completa e abrangente. Com isso, os clientes poderão usufruir de produtos, serviços e experiências únicos, revolucionando o jeito de morar com qualidade”, destaca.

O que é o co-branding imobiliário?

A junção de marcas de diferentes setores para formulação de um produto, no universo do marketing, é conhecida como co-branding.

“É uma estratégia que une empreendimentos com outras marcas de diferentes segmentos para promover ou conceber um novo produto. Uma ideia que já se consolidou no mercado internacional e ganha força nacionalmente. Este modelo se encaixa na categoria do luxo high-end e oferece a oportunidade de o consumidor habitar uma residência com design, serviço e o glamour de marcas que ele veste, dirige e aprecia”, detalha Fábio de Almeida Vasconcelos, founder e CEO da Fav360 Propaganda, empresa com 30 anos de atuação e focada no mercado imobiliário. 

No Brasil, entre os projetos em desenvolvimento que apostam no co-branding de luxo, a maior parte está em São Paulo. São empreendimentos como o Milano Lifestyle By Versace Home (Lavvi e Cyrela), V3rso Jardins Tailored by Emiliano (You, Inc), Tonino Lamborghini Apartments San Paolo (Gafisa) e Fasano Itaim (Even). 

Há também iniciativas em outras praças como o Tree Haus Porsche Consulting (Cyrela), em Porto Alegre (RS); e o Yachthouse By Pininfarina (Pasqualotto & GT), em Balneário Camboriú (SC). A metragens das unidades varia bastante, entre studios de luxo e coberturas de amplo espaço.

Na visão de Rodrigo Werneck, CEO e estrategista-chefe da CUPOLA, o grande racional por trás destas ações de co-branding está relacionado a audiências e comunidades. “Quando você se associa a marcas como estas, você conversa com uma audiência muito qualificada. Construir audiência está cada vez mais caro, é uma competição cada vez mais acirrada. Por meio do co-branding, isso acontece de forma quase automática, transferindo uma série de valores e atributos para o produto”. 

Produtos são exclusivos e cobiçados

A exclusividade é a grande responsável pelo avanço deste perfil de projeto. Robinson Silva, diretor-gerente do GRI Real Estate, um clube global que reúne grandes players do setor imobiliário, aponta que a prática já colhe bons frutos no mercado externo.

“O segmento imobiliário residencial voltado ao público de alta renda requer cada vez mais diferenciação nos projetos. Em Miami, vemos diversos empreendimentos que levam assinaturas de marcas de luxo como Armani, Porsche, Fendi e Aston Martin. Em Dubai, há outros empreendimentos atrelados a marcas como Bvlgari, Armani e mais recentemente o lançamento com a marca Cavalli. Isso para não falar de Abu Dhabi, que também anunciou o lançamento do The Louvre Abu Dhabi Residences, um projeto atrelado ao famoso museu do Louvre”, ressalta.

Segundo Robinson, uma pesquisa realizada pelo GRI no primeiro trimestre mostra que o segmento residencial ainda é o mais atrativo na opinião dos membros brasileiros do clube. Ou seja, há grande apetite da parte do empresariado, seja incorporadoras ou investidores, em continuar apostando em projetos residenciais.

“Este tipo de empreendimento possui um apelo de exclusividade, escassez e diferenciação perante os demais. Este perfil de projeto imobiliário pode apresentar uma curva menor de vendas em seu lançamento. Em, 2019 houve o lançamento de um empreendimento residencial de alto padrão atrelado a uma bandeira hoteleira de luxo no bairro Itaim Bibi, em São Paulo. As últimas unidades de venda obtiveram médias de valores que representavam o dobro do preço do metro quadrado naquele momento na região”, finaliza.

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