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Opinião

Inflação do aluguel atinge 21%: prepare-se para a nova onda de renegociações

O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), apelidado de “índice do aluguel” ou “inflação do aluguel”, por ser um dos indexadores mais utilizados em contratos de locação, chegou ao patamar de 21% (20,93%, para ser mais precisa) em 12 meses. O indicador está bem acima do índice de inflação oficial do país, o IPCA, projetado para algo em torno de 3,14% ao fim deste ano. 

A alta significa que uma nova onda de renegociações de contratos atingirá as imobiliárias de locação nas próximas semanas. Renegociar será fundamental, pois repassar um reajuste com este peso para o valor dos aluguéis mensais pode resultar em muita dor de cabeça e na perda de diversos inquilinos. 

Com a pandemia do novo Coronavírus, muitas famílias foram surpreendidas pelo desemprego e estão com sua capacidade de pagamento reduzida. Algumas estão até hoje pagando o aluguel do mês mais o saldo negociado do período da pandemia. Inquilinos de imóveis comerciais também merecem atenção. Empresas inteiras permanecem em home office, mas continuam pagando o aluguel dos seus imóveis, mesmo sem utilizá-los. Em casos mais delicados, empresários com receita severamente prejudicada por conta da pandemia. Ou seja, são inquilinos que dificilmente irão aceitar ou suportar tal reajuste. 

De outro lado, há proprietários que também sofreram com a inadimplência ou forneceram descontos nos contratos e podem enxergar no reajuste do IGP-M uma maneira de recuperar seus ganhos. É preciso levar em consideração que, no Brasil, boa parte dos locadores utiliza o repasse do aluguel como principal fonte de renda familiar ou como complemento de aposentadoria, por exemplo. 

No meio disso tudo, estão as imobiliárias, que precisam conciliar os dois lados e chegar em um acordo que seja produtivo para todos. É o momento das imobiliárias assumirem o seu principal papel: intermediadoras de negócios.

Aqui na CUPOLA, acompanhamos e orientamos de perto muitos clientes durante o processo das renegociações de aluguel causadas pela pandemia, quando o volume diário de pedidos de desocupação chegou perto do número que antes era recebido mensalmente.

Para nós, ficou muito claro que os processos de renegociação foram menos traumáticos e desgastantes nas imobiliárias que tomaram dois cuidados: ter um plano de ação muito bem definido e a comunicação baseada em uma metodologia assertiva. Foi o caso da Franciosi Imóveis, que criou um comitê para lidar com as negociações durante a quarentena. 

Nunca uma comunicação assertiva e de qualidade foi tão demandada nas imobiliárias. A pandemia foi um primeiro despertar para essa necessidade e o IGP-M em 21% não será o último acontecimento a demandar essa competência. O conflito está na natureza da locação, não está nas mãos das imobiliárias evitá-lo, mas sim encontrar a melhor forma de lidar com ele.

Nesse sentido, a Comunicação Não-violenta é, sem dúvidas, uma escolha muito acertada. A CNV tem como foco a construção de diálogos e de relacionamentos mais saudáveis e produtivos, criando acordos justos para todas as partes: inquilinos, proprietários e a própria imobiliária, que precisa proteger sua rentabilidade. 

Foi pensando nisso que a CUPOLA preparou um workshop para ajudar você e a sua imobiliária. Será nos dia 10 e 11 de novembro, a partir das 19h.

No primeiro dia, um treinamento ao vivo comigo sobre Comunicação Não-Violenta e uma sugestão de plano de ação para lidar com as renegociações. No segundo dia, uma sessão de tira-dúvidas, quando vou responder perguntas enviadas previamente. Será o momento de você ser específico com assuntos de negociação da sua imobiliária para trabalharmos em cenários reais. 

Os dois dias ficarão gravados para você acessar durante 1 ano, o que possibilita rever o conteúdo e treinar toda a sua equipe. As inscrições já estão disponíveis em cupola.com.br/curso

Essa é a hora de você se preparar.