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Healthy Buildings: o que são e quais os critérios que o definem

Profissionais da saúde e do mercado imobiliário estudam como os edifícios interferem na qualidade de vida de seus moradores. De acordo com a organização For Health, da Universidade de Harvard, nove critérios definem um prédio saudável. Confira quais são eles.

“Refúgio”, lugar que oferece paz, tranquilidade e sossego; o local escolhido para fugir ou se livrar de um perigo. Essa é a definição literal do local onde vivemos se considerarmos os dias de hoje. Desde 2020, quando as pessoas passaram a ficar mais tempo em casa, os espaços ganharam ainda mais a conotação de refúgio e os olhares se voltaram para um tema que já está presente na arquitetura e na construção: os healthy buildings.

A partir de pesquisas ao redor do mundo, profissionais da saúde e do mercado imobiliário estudam sobre como os edifícios interferem na qualidade de vida de seus moradores. De acordo com a Dra. Andressa Gulin, médica e head de Inovação da AG7, saúde não se faz dentro de hospitais ou consultórios médicos. “Saúde é o resultado do que acontece no dia a dia das pessoas, influenciada pela forma como elas se comportam, onde e como vivem”. Para ela, é imprescindível pensar a saudabilidade a partir das moradias. “Os healthy buildings passam a ter um protagonismo muito grande no cenário das cidades”, cita. Na AG7, os projetos são desenvolvidos a partir de conceitos de saúde, bem-estar e equilíbrio. A incorporadora lançou o AGE360, o primeiro Wellness Building do Brasil, certificado como o residencial com a maior pontuação do mundo pelo selo Fitwel e que está sendo construído com base nos critérios de construções saudáveis.

A organização For Health, que pertence à Universidade de Harvard, em Londres, concentra diversos estudos sobre o impacto das construções saudáveis no bem-estar de uma população. Entre estes está o que define noves critérios que devem nortear os projetos construtivos para serem denominados “prédios saudáveis. Confira quais são eles e o motivo de cada critério:

1 – Ventilação:

Ambientes ventilados permitem a troca de ar com o exterior, reduzem os odores dentro do imóvel e evitam a contaminação por dióxido de carbono. Um espaço bem ventilado também contribui para a redução de doenças respiratórias provocadas por ácaros, mofo e umidade, por exemplo. Quesito essencial para um prédio saudável.

2 – Qualidade do ar:

A escolha dos materiais que serão utilizados tanto na construção quanto na habitação é essencial para manter a qualidade do ar nos edifícios saudáveis. O objetivo aqui é limitar a entrada de gases poluentes, orgânicos ou químicos, manter o nível de umidade entre 30% e 60% e garantir ar fresco e limpo pelo maior tempo possível dentro das habitações.

3 – Conforto térmico dentro dos ambientes:

Um quarto que pega pouco sol e fica frio ou uma sala abafada pelo calor externo reduzem a qualidade de vida. Para proporcionar conforto térmico, é preciso investir em materiais e processos construtivos que ofereçam equilíbrio da temperatura em todos os momentos do dia.

4 – Nível de umidade nos ambientes:

A umidade pode provocar doenças respiratórias, danificar móveis e objetos e até a própria construção. Este critério de construções saudáveis visa evitar que a umidade interfira na rotina dos moradores. Os pontos devem ser identificados e sanados ainda durante a construção. 

5 – Contaminação:

Quem já entrou em um espaço mais fechado e começou a espirrar, sentir dificuldade para respirar ou outro desconforto físico? Os healthy buildings são concebidos para evitar o acúmulo de poeira, ácaros, insetos e outras pragas transmissoras de doenças. É preciso investir em métodos de vedação e planejar os espaços para que não haja acúmulo de água, ar poluído e lixo, por exemplo.

6 – Segurança:

Dentro do planejamento para uma construção saudável, vários pontos definem o nível de segurança dos ocupantes. Iluminação comum adequada, entradas monitoradas, saídas de emergência bem posicionadas e escadas acessíveis são alguns desses pontos. Sentir-se seguro também faz parte da qualidade de vida e a segurança proporciona a sensação de enxergar a casa como um verdadeiro refúgio.

7 – Qualidade da água:

Nos edifícios saudáveis, o monitoramento da qualidade da água é realizado periodicamente. E para garantir que a água utilizada pelos moradores seja livre de contaminações, também é fundamental investir em materiais não-contaminantes a partir do processo construtivo. 

8 – Isolamento acústico:

Alguns barulhos são inevitáveis, afinal, enquanto você está em casa, a vida acontece do lado de fora. Mas há como minimizar o impacto sonoro que vem da rua e dos imóveis vizinhos. A partir desse critério, as construções saudáveis são feitas com materiais que promovem maior conforto acústico. Do concreto utilizado em pisos e paredes à vedação de portas e janelas, do posicionamento de encanamentos e elevadores à distribuição dos ambientes, tudo deve ser planejado para oferecer espaços de descanso e concentração aos moradores.

9 – Vistas e iluminação natural:

Ter um cenário para contemplar sem sair de casa não deve ser privilégio. As vistas livres das janelas são importantes para descansar o globo ocular – quanto mais longe você enxerga, mais seus olhos relaxam. Um healthy building é projetado para também oferecer iluminação natural pelo maior tempo possível durante o dia. Além de ser saudável para morar, é ambientalmente positivo, já que reduz o consumo de energia elétrica.