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A verdadeira discussão por trás das cidades inteligentes

Num país onde o déficit habitacional é alto, mesmo em regiões de forte desenvolvimento, os projetos imobiliários precisam contemplar algo que vai muito além da infraestrutura. Junto com a moradia, a comunidade que ali se forma precisa desenvolver o senso de pertencimento. 

As cidades inteligentes partem do conceito de tecnologia para mudar a vida das pessoas, mas em que nível essa tecnologia realmente chega em quem precisa desse empoderamento? De que forma esse impacto pode ser positivamente transformador? 

Para chegarmos a essa resposta, é preciso voltar algumas casas para debatermos o ponto de partida das cidades inteligentes. 

A Planet nasceu com o desafio ousado de reduzir o déficit habitacional no mundo e, para isso, projetamos e construímos cidades inteligentes do zero, como a Smart City Laguna, no Ceará, nosso primeiro projeto que hoje posso dizer que é um sucesso. 

E são algumas características que fazem dessa uma cidade inteligente, como espaços públicos comunitários, feitos para que os moradores sintam que seus lares ultrapassam os muros de casa. 

Isso estimula o contato com a vizinhança, fortalece a comunidade que ali se forma e reforça a segurança. Para amarrar tudo isso, as vias públicas são monitoradas por câmeras, um exemplo de solução inteligente onde a tecnologia está presente de forma acessível e democrática. 

Infraestrutura de alto padrão, tecnologia que agiliza e facilita o dia a dia, ruas pensadas na mobilidade urbana, áreas verdes, inovação social e moradias acessíveis à maioria das classes sociais são outras características que estão presentes nas cidades inteligentes. 

Quando chegamos ao fim dessa lista, somos levados a pensar que temos todos os ingredientes que precisamos à mão, mas é aí que topamos no principal desafio, e posso dizer que a discussão mais importante por trás de uma smart city: criar o senso de pertencimento na cabeça das pessoas. 

A comunidade precisa compreender que, antes de tudo, toda aquela estrutura e soluções inteligentes a ela pertencem, senão, o projeto não terá alcançado seu principal objetivo: empoderar pessoas para desenvolver comunidades e cidades inteiras. 

Nesse sentido, não podemos falar somente em desenvolver soluções inteligentes, tampouco apenas conseguir o financiamento com o banco, mas sim mudar nas pessoas o pensamento de que elas nascem sem o direito de mudar. 

E é aí que nós da Planet ultrapassamos a estrutura física e entramos na inovação social. O time de gestores sociais em cada projeto acompanha os moradores e a comunidade como um todo nessa nova jornada que é chegar no “eu posso, eu tenho direito de sonhar” para, enfim, chegar ao senso de pertencimento. 

Perceba que isso vai muito além da estrutura física. É somente quando se tem tudo isso que cada pessoa, começando pela criança, cria para si o conceito de: eu sonho, eu posso fazer, eu mudo a minha vida.

Dessa forma, nosso projeto imobiliário constrói as smart cities, e seus moradores são capazes de criar sociedades inteligentes. E esse é o verdadeiro poder transformador de projetos desse tipo.  

Sobre Susanna Marchionni:

Susanna é a CEO da Planet Smart City no Brasil e co-fundou a empresa em 2015, ao lado de Giovanni Savio, CEO Global. Ela tem 27 anos de experiência no setor imobiliário e é a força motriz da empresa no Brasil, liderando a disseminação do conceito de cidade inteligente inclusiva no país. Susanna é responsável pela expansão da empresa no Brasil nos próximos anos.

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Susanna Marchionni

Susanna é a CEO da Planet Smart City no Brasil e co-fundou a empresa em 2015, ao lado de Giovanni Savio, CEO Global. Ela tem 27 anos de experiência no setor imobiliário e é a força motriz da empresa no Brasil, liderando a disseminação do conceito de cidade inteligente inclusiva no país. Susanna é responsável pela expansão da empresa no Brasil nos próximos anos.

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