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Imobi Report

#093 Cresce número de imóveis com certificações de saúde e bem-estar

Quem não gostaria de morar, estudar ou trabalhar em um ambiente que promova saúde e aumente a imunidade? Se esta já era uma demanda observada pelo mercado imobiliário, com a pandemia ela se intensificou. Para garantir bem-estar para seus clientes, incorporadoras passaram a aderir a certificações de saúde e sustentabilidade. Essa semana, no Imobi, trazemos uma reportagem com relatos de uma empresa certificadora, o Healthy Building Certificate, responsável pelo selo Casa Saudável, e três incorporadoras que certificam seus empreendimentos: AG7, Bait e Trisul.

Destacamos um comentário de Andressa Gulin, sócia da AG7 Realty e uma das primeiras médicas da América Latina certificadas como embaixadora Fitwel, selo internacional de saúde e bem-estar na moradia: “Encaramos as certificações de saúde como um princípio de desenvolvimento de produto que garante benefícios para os clientes. Nosso cliente não busca a certificação por si só, ele busca um lugar que possa morar com qualidade de vida. A chancela vem para garantir isso. Quando um cliente mora em um imóvel certificado, ele sabe que vai poder viver com qualidade, em um ambiente de saudável”.

No Estadão, reportagem traz novos produtos que garantem maior higiene e segurança para imóveis e condomínios, como lâmpadas ultravioletas e adesivos antivirais que inativam o coronavírus e podem ser colados em maçanetas ou elevadores, por exemplo.

Já a Época traduziu uma reportagem do New York Times com algumas das novas tecnologias de conforto e bem-estar em imóveis. A Thyssenkrupp, famosa indústria de elevadores, por exemplo, passou a instalar sistemas que purificam o ar nos seus elevadores, além de opções de tratamento com luz ultravioleta e peróxido de hidrogênio. A reportagem também aponta que a busca por tecnologias sem contato para destrancar portas, como chaveiros ou smartphones, cresceu. As vendas da Latch, empresa que oferece esse serviço, aumentaram em 50% no terceiro trimestre, comparadas ao mesmo período do ano passado.

Incorporadoras

Sem dúvida, um dos assuntos mais comentados no mercado, na semana passada, foi a aprovação da Medida Provisória que cria o Casa Verde e Amarela pelo Senado. Para quem ainda está em dúvida em relação às diferenças entre o novo programa e o Minha Casa Minha Vida, o G1 publicou uma matéria com infográficos que comparam as faixas de renda e as taxas de juros dos programas. Já o portal Smartus ouviu representantes de incorporadoras para sentir qual foi a recepção do mercado em relação ao Casa Verde e Amarela. O G1 também explica que as operações de crédito dentro do programa serão realizadas pelo banco digital Caixa Tem, que deve ser autorizado pelo Banco Central nos próximos seis meses. 

O jornal O Globo, por sua vez, lembra que ainda existem mais de 100 mil moradias inacabadas do Minha Casa Minha Vida e o programa só será extinto quando todas elas forem entregues, mesmo com a criação do Casa Verde e Amarela. A aceleração das contratações do MCMV, aliada à queda da taxa de juros, aliás, é um dos fatores que mais tem animado a construção civil neste ano de 2020. 

Outro assunto que deu o que falar na semana foi o anúncio da criação da Sensia, subsidiária da MRV. Com isso, uma das principais incorporadoras do MCMV pretende ampliar sua oferta, atendendo consumidores de classe média, com renda de até R$ 11 mil. Só em 2021, a expectativa é de que a Sensia obtenha lucro de R$ 500 milhões em vendas. Até 2025, a MRV pretende alcançar um VGV de R$ 17 bilhões, com uma média de 80 mil apartamentos por ano. 

A novidade repercutiu em todo o Brasil e diversos veículos de imprensa publicaram análises diversificadas sobre o assunto. Para o Money Times, com estratégia renovada, a MRV terá portfólio consistente e manterá resultados acima da média. A Istoé Dinheiro mostra que, com essa estratégia, a incorporadora pode elevar sua presença para até 95% da população brasileira. Já o Valor mostra que o desafio da companhia será crescer em São Paulo

Também nesta última semana, o Cade aprovou a compra do Hotel Fasano pela Gafisa. Com isso, a incorporadora pretende diversificar suas atividades no mercado imobiliário, por meio de ativos vocacionados à geração de renda por aluguel.

Em entrevista exclusiva à Exame, Ricardo Pajero, CEO da área comercial da MAC, contou os ousados planos da incorporadora para 2021. Com aposta em plantas inteligentes e espaços integrados, a companhia tem como meta um crescimento de 20% para o ano que vem.

A tendência de um grande volume de IPOs deve se manter em 2021, como aponta matéria publicada no Estadão. No entanto, a maioria das empresas que deve considerar a abertura de capital no próximo ano é de tecnologia e e-commerce. Para as incorporadoras, o panorama é tímido. No balanço de 2020, só 11 das 25 empresas que ingressaram na Bolsa tiveram desempenho positivo. Entre as principais perdas, estão Moura Dubeux, Mitre Realty e Lavvi. A exceção é a Cury, que acumula alta de 15% desde a estreia, em setembro. 

O governo federal lançou uma espécie de fast track para realização de obras de “baixo risco urbanístico”. No caso dos grandes empreendimentos, a aposta para agilizar a entrega é em tecnologia. E é aí que entra o Building Information Modeling (BIM), tecnologia que se tornou prioridade para 70% das incorporadoras, como aponta matéria publicada pelo Estadão. 

Para o consumidor final, será que vale mais a pena investir em imóveis físicos ou fundos imobiliários? Matéria publicada na Exame traz essa reflexão e algumas informações para ajudar os clientes na hora de decidir. Vale a pena dar uma olhada para observar o que os especialistas falam sobre o assunto e sugerem para os investidores. 

Imobiliárias

No Diário do Rio, uma reportagem conta sobre o elefante branco do mercado imobiliário local: os apartamentos térreos. São imóveis há tempos disponíveis para venda ou locação, muitas vezes parados por falta de manutenção, desinteresse por conta de segurança ou valor incompatível.

Um levantamento da Serasa Experian demonstrou que o público com até 35 anos é o que destina maior fatia do orçamento para financiamento imobiliário. Também são pontuais: 86% pagam suas parcelas em dia.

Na Veja, uma longa reportagem explica aos leitores quais circunstâncias levaram o mercado de compra e venda de imóveis a aquecer mesmo durante a crise sanitária.

Já a alta vacância nos imóveis comerciais, que fez com que os proprietários baixassem os valores de seus aluguéis, levou novos empreendedores a adiantar o lançamento de seus negócios. Porém, especialistas entrevistados pela Folha de S. Paulo analisam a importância de levar outros fatores em consideração, além do aluguel baixo. 

Ainda sobre locação, na prévia de dezembro, o IGP-M começou a desacelerar. A alta foi de 1,28%, segundo a FGV, sendo que no último mês o avanço havia sido de 2,67%. No Globo, ainda discute-se como a alta do índice reflete no mercado imobiliário. A resposta segue a linha da negociação e diálogo entre inquilino, imobiliária e proprietário.

A captação de imóveis é uma das principais dores de qualquer imobiliária, seja ela especializada em vendas ou locação. No Imobi, entrevistamos Diego Moeller, CCO e fundador da Captei. Diego traz dicas de como tornar esse processo mais efetivo: avalie sua carteira; esteja a par da situação do mercado; ofereça opções adequadas ao perfil do cliente; diversifique a forma de captação e faça uma boa gestão dos imóveis já captados.

O rascunho de um projeto de lei, que circula no Ministério da Economia, prevê a cobrança de uma taxa sobre a valorização de imóveis declarados no Imposto de Renda. Segundo o texto, que foi obtido pela Crusoé, são dois novos regimes: de atualização voluntária do valor de imóveis declarados, por valor inferior ao valor de mercado, conforme a legislação tributária em vigor (com taxa de 4% sobre a atualização do valor); e de declaração voluntária de bens imóveis de origem lícita, localizados no país, não declarados ou declarados com omissão ou incorreção em relação a dados essenciais (com taxa de 15% sobre o valor declarado por bem).

Além do produto, foco na jornada do cliente. É nisso que acredita a Brasil Brokers, tradicional empresa do mercado imobiliário brasileiro. Foi também o que a motivou a lançar as startups Credimorar e Desenrola. Entrevistamos Guilherme Blumer, diretor de Transformação Digital da Brasil Brokers, sobre este movimento de inovação e como outros players do mercado podem o fazer. Destacamos: “Você não precisa ter tudo no seu negócio, não precisa construir uma Amazon para o seu processo. Dentro da cadeia de valor do consumidor, tem elos que não necessariamente precisam ser feitos por você, pela sua companhia. Mas por parceiros que consigam entregar um nível de qualidade de serviço que não prejudique o seu negócio”.

Techs

Uma recente decisão do Tribunal da Justiça de São Paulo multou uma empresa em R$ 20 mil por usar o nome de uma concorrente no Google Ads. O ato foi considerado “concorrência parasitária”, pois usa o prestígio de marcas de terceiros para atrair clientes e ainda gera confusão no consumidor. Aline Pavezi, líder de mídia da CUPOLA, fala sobre essa prática ainda comum de mercado e porque evitá-la, em sua coluna no Imobi.

A CrediHome atingiu um bilhão de reais em financiamentos contratados pela fintech. Segundo Bruno Gama, presidente da startup, um dos fatores que acelerou os negócios foi a licença do Banco Central para oferecer crédito por meio de recursos próprios.

O IPO do Airbnb saiu mesmo do papel – e saiu muito bem. O valor de mercado supera os 100 bilhões de dólares, ou seja, ultrapassa o valor do Marriott e Hilton (duas gigantes hoteleiras), juntos. Na mesma semana, o Airbnb lançou uma instituição de caridade que “permitirá que os anfitriões do Airbnb ofereçam estadias gratuitas e com desconto para pessoas afetadas por emergências, incluindo desastres naturais e a pandemia de Covid-19”.

Mundo

Graças ao boom imobiliário impulsionado pela pandemia, os proprietários de imóveis estão 1 trilhão de dólares mais ricos nos Estados Unidos. De acordo com o portal CNBC, proprietários de casas com hipotecas, que representam cerca de 63% de todas as propriedades, viram seu patrimônio líquido aumentar 10,8% em relação ao ano passado, com média de 17 mil dólares de lucro para cada proprietário. 

A situação do mercado imobiliário em Nova York, entretanto, segue estagnada, como já mostramos outras vezes aqui no Imobi. Ainda assim, há quem diga que as transações recentes têm muito a ensinar sobre o que esperar para 2021. Novos investimentos no Brooklyn e mesmo em Manhattan mostram que o setor não está completamente parado. 

O que esperar de 2021 nos EUA? O Realtor fez uma lista com os dez mercados mais promissores nos Estados Unidos para o ano que vem. Para eles, o setor imobiliário deve crescer principalmente nas cidades de Sacramento (Califórnia), San Jose (Califórnia), Charlotte (Carolina do Norte), Boise Idaho), Seatlle (Washington), Phoenix (Arizona), Harrisburg (Pensilvânia), Oxnard (Califórnia), Denver (Colorado) e Riversidade (Califórnia).

Estamos de Olho

No UOL, uma repórter compara a busca de imóveis pelo QuintoAndar com o Tinder: aquela primeira paixonite por fotos, a ansiedade para marcar ou não um encontro presencial e a efemeridade da relação (seja esta com um flerte ou com um corretor). Vale a leitura.

Se você estiver passeando pelas ruas de São Paulo, notar um imóvel todo em “pele de vidro” e automaticamente considerá-lo comercial, pode ser que esteja errado. Empreendimentos mistos estão fazendo uso de fachadas todas de vidro espelhado para apartamentos residenciais, oferecendo vista livre e boa iluminação com privacidade.

Com as férias de verão se aproximando, uma solução para os viajantes são os motorhomes. E se você não pode adquirir uma casa sobre rodas, por que não alugar? A Fifty Motorhome e a Vandão RV Motorhome, empresas de São Paulo, registraram aumento de quase 70% na procura em 2020. Há modelos para todas as famílias: com cozinha, ar-condicionado, TV, água quente, mais de um banheiro e inclusive opções com até três camas de casal. Na Veja, quatro famílias contam suas experiências turísticas nas estradas.

E se você perdeu, na sexta-feira saiu o mais recente episódio do nosso podcast. O Semana Imobi comenta as notícias mais acessadas na curadoria do Imobi. Acesse, siga e receba notificações dos próximos episódios.